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Tag: empoderamento

08.03.23

Dia das Mulheres! Eu ainda quero muito mais!

Nós mulheres somos as maiores vítimas da pressão estética, onde nosso corpo e nossa aparência nunca é suficiente.
Não é uma guerra onde nós mulheres queremos ser mais que os homens, como muitos pensam, a gente só está mesmo EXAUSTA de ter que ser cada dia mais em TUDO, pra ganhar o mínimo de reconhecimento.
E aí um dia que nasceu da LUTA de MULHERES, se transforma em algo totalmente comercial onde praticamente todas as empresas acreditam que uma % de desconto é a melhor forma de homenagem.

Sinceramente? Se a gente já sabe que não quer flores, não é desconto que vai fazer a gente se sentir melhor por ter nascido mulher, né?
Em um mundo em que toda a sociedade lutasse por direitos para nós mulheres, as empresas hoje estariam estampando estatísticas salarias, estatísticas de desemprego, números de feminicídios e outras coisas que provavam o quanto ser mulher em 2023 ainda é difícil demais.
Mas não, a sociedade ainda acha que flores, bombons e descontos é o que merecemos (queremos).

Eu quero muito mais que isso!
Eu quero que cada vez mais mulheres:
Alcancem sua autonomia financeira;
Consigam sair da informalidade em seus trabalhos e empreendimento;
Saibam que cada corpo é único e reconheçam seu valor do jeitinho que são;
Consigam dividir o trabalho doméstico;
Possam ter cada vez mais direitos assegurados,
Sejam valorizadas e motivadas por pessoas próximas sempre;
Que se sintam a cada dia mais representada e inspiradas por outras mulheres;
Que possam ter segurança e liberdade;
Que tenham ainda vontade de sorrir e agradecer as flores, os bombons e os descontos!

Sabendo já o que queremos e o que não queremos, vale sempre lembrar que hoje é dia de comemorar a nossa existência e a nossa voz, em uma sociedade que nos nega direitos básicos, existir e buscar um mundo melhor é Resistência!

25.11.20

Dia da Não Violência Contra a Mulher

É estranho saber que precisamos de uma data internacional, para lembrar os homens e as pessoas em geral, que não é certo bater em mulher. Vocês não acham? Hoje 25/11 é o Dia da Não Violência Contra a Mulher e precisamos muito usar essa data para a conscientização.

Sou privilegiada em nunca ter enfrentado violência física em relacionamentos, nem mesmo ter presenciado nenhum ato assim, desde muito nova eu sempre soube que isso era muito errado e inadequado em um relacionamento.

Lembro que o episódio mais próximo disso que precisei vivenciar foi “resgatar” minha irmã após ela ter sido agredida, mesmo já tendo passado muitos anos foi um dos dias pesados que já vivi, demorei um bom tempo pra me recuperar daquele baque.

Ontem uma das mulheres que eu mais admiro e torço nesse mercado plus size, expôs que já sofreu agressão de um ex namorado, e eu sofri novamente, eu a acho tão PERFEITA que é inadmissível que ela tenha sigo agredida por quem ela amava.

Muitas vezes, nós mulheres, somos ensinadas a acreditar que só apanha quem quer ou que é só terminar, mas a realidade não é bem assim. São muitos fatores que levam mulheres a conviver com seus agressores e não se libertarem dessas situações imediatamente, não cabe a mim julgá-las, só cabe a mim amparar e empoderar para que elas se sintam cada vez mais capazes de se libertarem.

 Violência Contra a Mulher

Mesmo sendo uma MULHER MARAVILHA a violência acontece, seja ela física ou emocional, é muito mais comum que imaginamos.

Os índices de violência contra mulheres é desesperador, muitas mulheres são “obrigadas” a viverem na violência por falta de forças em denunciar.
Bater, xingar, humilhar e até minar a autoestima de mulheres é violência doméstica, e ninguém precisa viver uma vida com alguém assim.
Essa realidade precisa mudar, espero que todas vocês que vivem isso hoje em dia, consigam se livrar destes relacionamentos abusivos.
Que um dia as estatísticas mudem e que tenhamos todas as Mulheres LIVRES. ❤

Para denunciar casos de violência disquem 180.

22.08.18

Projeto “Quem são as pessoas gordas?” – Conclusão

Para fechar esse projeto é importante resumir o que foi aprendido com ele. Primeiro, quero falar um pouco sobre o perfil de quem participou do projeto. Foram 14 pessoas ao todo, 2 homens e 12 mulheres, com idades entre 18 e 51 anos. Nove moram no eixo Rio-SP; maioria heterossexual e com ensino superior completo. Sobre posicionamento político, ninguém se declarou de direita, mas nem todos se definiam como esquerda, alguns não tinham posicionamento político.

(Da esq para dir: Ana Carolina Medina, Ernani Branco, Júlia Conedera)

Quanto à questão alimentação, mesmo nesse pequeno grupo, a diversidade apresentada é muito grande. Existem pessoas com a alimentação desregulada, vegetarianos, pessoas que não podem comer glúten e derivados do leite, aqueles que evitam gordura e frituras, viciados em doces e vegetarianos.
Ao serem questionados sobre estado civil, oito responderam que estão em algum tipo de relacionamento, seja namoro, noivado ou casamento e sete são solteiros. Dentre os solteiros, existem os que tiveram diversos relacionamentos e os que ainda não tiveram o primeiro relacionamento sério.

(Da esquerda para direita: Karla Muzy, Rafael Kiyan, Marina Bonadio)

E em relação a exercícios físicos? A grande maioria os pratica com frequência ou praticava por muito tempo até serem impedida por alguma razão (normalmente a falta de tempo). Dentre as atividades físicas que foram citadas estão: caminhada, yoga, pilates, remo, dança, lutas, dentre outros.
Sobre a relação da pessoa com o próprio corpo, a maioria ainda vive na dualidade entre se amar e não estar satisfeito com a sua imagem. Ninguém se disse totalmente insatisfeito mas teve quem falou que está completamente feliz com o corpo que tem.

(Da esquerda para direita: Raquel Fernandes, Rosane da Silva, Yáskara Kelli)

A militância foi algo interessante de se observar. Por mais que a maioria faça parte de grupos online que falam do combate à gordobia, praticamente nenhum deles fazia parte da militância fora do ambiente online. A única exceção foi uma acadêmica que faz pesquisa de pós-doutorado na temática do corpo gordo e moda plus size. Essas não são necessariamente questões da militância, mas é um projeto que faz parte da necessidade de estudar e mudar a realidade em que a gente vive quando se trata de pessoas gordas.

(Da esquerda para direita: Renata Guimarães e Tatiane Gimenes)

 

Por Renata Grota – Voz das Gordas

04.07.18

Projeto “Quem são as pessoas gordas?”

Gordofobia é um conceito que começou a ser discutido há muito pouco tempo, por isso ele ainda causa algumas confusões em quem não o conhece direito (e até em quem o estuda). O fato de essa opressão começar a ter sido discutida na internet aumentou seu alcance, mas também aumentou certos preconceitos em relação a isso. Além das pessoas que duvidam da existência da gordofobia (classificando-a desde pós-modernismo até mimimi), muitas simplesmente fazem piadas com quem luta contra ela.

Um dos conceitos mais errados sobre a gordofobia é aquele em que se fala que todas as pessoas gordas são iguais e, normalmente, isso é colocado de forma pejorativa. Por isso, quis realizar esse projeto, para mostrar o quão falsa é essa afirmação. Assim como qualquer outro grupo, pessoas gordas são diferentes entre si. Elas vêm de diferentes lugares, são de todas as idades, orientações sexuais e classes sociais.

Para realizar esse projeto, entrei em contato com pessoas de dois grupos em que participo – Baleia e Gordofobia Não –  além de anunciar no twitter e no facebook do Voz das Gordas. Quis retratar as peculiaridades de cada uma dessas pessoas. É importante retratar que como os entrevistados vieram desses grupos anti-gordofobia já existe certo perfil entre os entrevistados, mas, na vida real, as diferenças entre as pessoas gordas são ainda mais marcantes.

 

Para mostrar o resultado dessa pesquisa quis focar em pontos nos quais persiste o estereótipo da pessoa gorda: estado civil, exercícios físicos, alimentação, etc. É importante ressaltar que o estereótipo não é algo errado. Não existe o gordo certo e o gordo errado, existem pessoas que tem hábitos e vidas diferentes.

Não existe problema nenhum em ser uma pessoa gorda e estar solteira, o seu status de relacionamento não é da conta de ninguém. Da mesma forma, aqueles que se alimentam bem e fazem exercícios físicos não são melhores ou piores do que os que não fazem. Então, a partir da próxima postagem vamos mostrar, através de fotos e depoimentos, que é impossível nos classificar de uma só forma.

 

07.06.18

Guest Post – SOMOS SEM RÓTULOS

Quando vi a Thalita Arruda compartilhando em seu Instagram fotos dela com sua amiga (magra) vestidas no mesmo estilo eu já amei de cara, sabendo da veia bloguística dela eu já a convidei logo para trazermos as fotos aqui para o blog e ela prontamente aceitou. <3

Confiram abaixo as fotos e também um pouquinho sobre elas e o projeto que as motivaram a fazer o ensaio “Somos sem Rótulos”.

 

Marília e eu somos amigas desde que me entendo por gente, ela sempre magérrima, alta, cabelão longo e “TOTALMENTE DENTRO DOS PADRÕES”.
Eu, sempre a gorda. A amiga de Marília gorda, a gorda da turma, a gorda do rolê, a “FORA DOS PADRÕES”…
Confesso que houve um tempo em que isso me incomodou um pouco, mas nunca deixei transparecer, achava que se eu externasse isso, as pessoas achariam que eu era realmente gorda! Vê que viagem (risos). Embora por vezes isso acontecesse, eu sempre fui muito bem resolvida com meu tamanho e com a minha beleza e pra mim, o “PADRÃO” é aquele em que cada ser humano se sente bem.
Sempre fui muito ligada a moda e Marília e eu sempre tivemos gostos parecidos (iguais), consequentemente, por inúmeras vezes saímos com a mesma roupa, ou muito parecidas.

O projeto Somos Sem Rótulos é da Débora Fernandes e assim que eu vi a primeira foto sendo postada, liguei a minha história e começamos a nutrir o desejo de expandir esse projeto tão lindo, que vem mostrando que a moda é sim para todo mundo e que não importa o seu tamanho, altura, peso ou cor da pele, o que realmente importa é o que somos de dentro pra fora!
O fotógrafo Tácio Arruda topou entrar nessa conosco e não poderia ser outra pessoa, pois ele consegue captar a energia, o que estamos sentindo e o verdadeiro significado de cada momento. A felicidade que sentimos cada vez que compartilhamos uma das fotos, e que as pessoas vem no direct compartilhar um pouquinho de suas histórias, não tem tamanho.
O nosso objetivo é levar encorajamento e empoderamento para cada mulher/pessoa que possa ser alcançada por nós., afinal, SOMOS SEM RÓTULO!