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Tag: Guest Post

12.03.14

Guest Post: Gordofobia é realidade!

Um leitor me enviou um link de uma matéria por ter se chocado e acreditar que eu precisava ver, ao clicar no link (aqui) eu pude ver mais um caso de Gordofobia na nossa sociedade. Fui buscar mais informações daquela gorda linda que foi impedida de trabalhar, como ela tem uma trajetória muito interessante, eu a pedi que fizesse este Guest Post para que vocês possam conhecer melhor que é a Bruna a mais nova vítima da Gordofobia e da Hipocrisia de nosso país. 

Bruna Giorgiani

E eis que a maior ironia que jamais pensei viver me ocorre neste Março de 2014. Eu que, desde o ano passado venho pesquisando e escrevendo um projeto de pesquisa sobre gordofobia, eu que tenho tentando entender como o discurso médico adestra os corpos com suas verdades que, a maior parte das pessoas sabe serem fugazes e, mesmo assim, por momentos breves, as tornam verdades absolutas (posso listar aqui uma série de falas da ciência e da medicina ao longo desse século XX e que foram alteradas com o tempo), eu que tenho tentado me livrar do estigma sobre meu corpo, agora sou confrontada com ele novamente e de um modo que jamais pensei.

Sou gorda desde sempre, nasci gorda e cresci gorda. Durante a adolescência tive momentos realmente complicados em que me achava um lixo, desprezível. Via minhas lindas e magras amigas vivendo seus romances enquanto eu idealizava os meus, sem coragem de assumi-los, pois ser gorda era desprezível.

Bruna Giorgiani 1

Mudei minha relação com meu corpo quando adentrei o ensino superior e passei a ser admirada, principalmente por minha inteligência e desenvoltura, mas também por meus dotes físicos. Foi o primeiro momento em que me senti uma mulher bonita, senti que mesmo gorda eu era interessante.

No último ano tenho levantado dados e suscitado uma pesquisa de mestrado sobre GORDOFOBIA. Escolhi o tema muito antes da repercussão da simpática Perséfone na novela. A escolha se deu pelo fato de ter visto o termo aflorando dentro da luta feminista, na qual sou engajada, e achei que ele merecia um tratamento especial, visto que no meio acadêmico ele ainda não existe.

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Frente a todo o exposto, eis a minha história no momento. Passei no concurso de professores do Estado de São Paulo, escolhi meu cargo e fui nomeada, porém no momento de minha perícia médica, ainda que meus exames demonstrassem uma boa saúde, fui reprovada por ser obesa mórbida. Meu IMC é de 40,4 e está situado na última escala do índice. Segundo esse simples cálculo, que iguala todos os corpos negando suas estruturas musculares e ósseas, sou incapaz para o serviço público que, ironicamente já presto para esse mesmo Estado que me negou o cargo e na mesma carreira. E eu, que estava então entrando em harmonia com minhas formas, estava aprendendo a fugir da opressão que essa sociedade me impõe, agora não sirvo nem mais para ser professora, uma carreira feita quase que exclusivamente do trabalho intelectual, intelecto que vai muito bem, obrigada, uma vez que por muitas vezes comprovei ao Estado ser conhecedora dos conteúdos que ensino e que me deram o segundo lugar na minha diretoria de ensino.

O quanto fiquei abalada por isso? Muito, demais. Estudei tanto sobre gordofobia e hoje sinto na pele uma enorme discriminação. O preconceito da não contratação por ser obesa afeta minha vida funcional e minha carreira, afeta minha estima e meu bolso.

Encerro esse texto afirmando minha luta, continuarei a estudar o tema, continuarei na briga por minha vaga e, acima de tudo, continuarei na luta contra a gordofobia que vivemos. Luto por mim, luto por todas nós mulheres grandes.

Bruna Giorjiani de Arruda

 

26.11.13

Guest Post: Gorda? Sim! Velha? NÃO!

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Chega de nos auto-enganarmos nos chamando de ”gordinhas”, somos GORDAS, e isso não nos torna pessoas piores e nem mais velhas!
Eu tenho 18 anos e sofro para encontrar roupas do meu agrado que entrem em mim.

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Geralmente fico umas duas ou três horas dentro da Renner ou da C&A procurando blusas ou vestidos, até achar umas 5 peças que goste e caibam.Mas calças? Nem pensar! Preciso de calças com strech para que entrem nas minhas coxas imensas. (Bom, vou deixar claro que eu não estou feliz com meu corpo, QUERO MUDAR, mas por questão de eu me sentir mal comigo mesma, e não pelos outros.).

Geralmente compro calças em uma lojinha do centro de Porto Alegre, que se chama Rossi, ou algo assim.

Mas e o resto do vestuário? Roupas bonitas e jovens são muito difíceis de encontrar.

Tem uma loja aqui em POA que é a Mulher Bonita que tem peças para todas as idades. Minha mãe compra as roupas dela lá e me levou um dia junto, e eu encontrei VÁRIAS roupas lindas para mim. Para quem se interessou, aqui está o site da loja.

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Outra coisa que falta é inspiração. Faltam meninas gordas no mundo da moda, nas revistas teen, no tumblr, no weheartit, vestindo coisas que qualquer adolescente e/ou mulher queiram vestir.

Eu olho meninas magras em qualquer rede de comunicação com um look interessante e me da vontade de ser magra também para poder vesti-lo. Mas e se tivessem meninas e mulheres gordas em todas essas redes, com looks invejáveis, que ficassem bonitos tanto em gordas quanto em magras? Isso iria mudar a mente de todos. Ninguém iria querer emagrecer para vestir alguma coisa, ou engordar, as pessoas só iriam querer usar a tal roupa.

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Se as mulheres, especialmente as adolescentes que passam por problemas com o peso – como eu – se dessem conta que existe sim lugares com roupas bonitas para todos os tamanhos, e que não precisar ter vergonha de vestir-se de uma forma mais ousada só por estar com um peso ”errado”, a dificuldade de achar roupas iria acabar, pois a necessidade de emagrecer para compra-las também. Agora você está se pergunta o por quê? Simples, os fabricantes de roupas veriam que o mercado para gordas – e principalmente adolescentes gordas – está em expansão, e a produção de modelos plus size para jovens iria crescer consideravelmente.

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Eu apoio que cada um deve mudar o seu corpo até ficar satisfeito consigo mesmo, mas também apoio que cada corpo é bonito do seu jeito na sua própria medida de gordura. Então, independente se seu IMC está certo, acima, ou abaixo do peso ideal, vista-se de um jeito lindo! Tire fotos e inspire outras pessoas.

 

 * Não deixem de conhecer o blog da Luiza é só clicar aqui

21.10.13

Guest Post: O Bullying e a minha Superação

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Vocês assistiram ao Globo Repórter na última sexta? A pauta era Bullying e o povo de casa me indicou assistir, mas eu realmente não largo o PC pela TV, mas para minha surpresa uma das entrevistadas era uma fofa do meu face e eu nem sabia. Quando assisti ao vídeo aqui, achei surpreendente ver uma pessoa “comum” falar sobre suas dores em rede nacional com um tom claro de superação. Na mesma hora pedir para que ela escrevesse um guest post contando como foi para ela essa experiência, ela prontamente atendeu ao meu pedido e deixo com vocês agora um pouquinho do que representou esse dia para a Reginalda, aproveitem também conhecer o blog da fofa clicando aqui.

Não foi muito fácil falar disso, mas foi algo que aconteceu me fez muito mal, mas que eu superei e aprendi com isso a respeitar as outras pessoas, pois aprendi cedo como dói ser desrespeitada e tratada como diferente quando você se sente totalmente normal.

O convite chegou através de um amigo jornalista me perguntando se eu aceitava falar da minha história e se poderia passar meu telefone para a produção do Globo Repórter, eu disse que sim no ato, mas na minha cabeça seria apenas uma ligação regada de algumas perguntas, mas logo após as perguntas veio a que me gelou “Quando podemos gravar com você?”, Oi? Gravar? Foi isso que minha mente projetou. Disse que pensaria em um momento bom e desliguei com frio na barriga.

Eu não tenho medo de falar em público, pois já fiz teatro, mas aquilo não era um personagem era a minha vida real. Mas eu decidi enfrentar as câmeras e falar, por dois motivos, para mostrar às pessoas que esse tipo de atitude machuca e mostrar aquelas crianças e pessoas que fizeram tudo àquilo comigo que eu não cai, eu segui em frente e me tornei uma pessoa feliz e de muitos amigos verdadeiros que nunca, jamais questionaram o meu peso.

Eu cheguei a ler no facebook da data da exibição do programa a seguinte frase.

“O mundo era mais divertido quando o bullying era só uma zueira de colégio e o politicamente correto não era tão frequente… Só acho !”

Mas em alguns casos o bullying nunca foi apenas uma zoeira de colégio, em vários casos o bullying era uma maldade dia após dia onde a pessoa hostilizada se sentia um alienígena porque o apontavam como fora do padrão. Graças a Deus hoje é possível pedir ajuda, na minha época de colégio se meus pais fossem na delegacia dar queixa, no mínimo o delegado ia os mandar procurar o que fazer, se reclamavam para os pais dos agressores achavam besteira, alias seus filhos SEMPRE estavam só brincando, muitas vezes meu pai tinha que ir à porta do colégio e chamar a atenção dos meninos que faziam essas coisas pessoalmente, mas o sossego não durava muito tempo claro. O jeito era enfrenta-los, muitas vezes se pegar de tapa com eles, até quando fui crescendo e comecei a ignorar e eles começaram a parar.

Então a solução é você não se sentir diferente e ignorar esse tipo de pessoa.

O resultado da entrevista foi bom, muitas pessoas me disseram pelo facebook que passaram pelo mesmo, outras me adicionaram porque se identificaram com o que aconteceu comigo e até pessoas me pararam na rua para dar os parabéns pela minha postura e a minha coragem em falar e mostrar que tudo é superável quando acreditamos em nós mesmos.

Eu fiquei abismada com a quantidade de pessoas que eu nunca vi na vida e que vieram me parabenizar. Pode ter sido difícil tomar coragem de falar para as câmeras de uma emissora que atinge milhões de famílias, mas valeu a pena.

Eu digo para mim todos os dias que sou linda, competente, determinada, feliz, sortuda e amada, pela minha família, pelos meus amigos, pelo meu namorado e principalmente por mim mesma.

 

09.09.13

Guest Post: Medida Certa ou Incerta?

Na semana passada vários blogs e sites abordaram sobre a presença das Divas Plus Size no programa Medida Certa, embora eu tenha uma opinião a respeito delas estarem no programa, eu não quis trazer para o blog o #mimimi se elas eram vilãs ou mocinhas. Como eu tenho as leitoras mais lindas, eu convidei o Cezar Vicente Jr, que é Nutricionista para falar um pouco sobe os efeitos do Medida Certa em quem participa e também na sociedade como um todo. O texto é longo, mas extremamente esclarecedor, espero que vocês curtam tanto quanto eu. <3

Os reality shows sempre fazem sucesso, em especial aqueles que se focam sobre o peso, como o americano The Biggest Loser (que teve uma versão brasileira, mas que não vingou) e o Medida Certa (e sua versão infantil, Medidinha Certa). Existem muitos pontos que me incomodam nesses programas, em especial no Medida Certa, e vou tentar resumir alguns. O primeiro ponto pra mim é sem dúvida o fato de ser focado no peso. Quando se foca no peso assume-se que o objetivo da mudança é o peso, no caso, a perda de peso. E isso me leva a algumas questões:

Questão ‘A’: Alguém consegue mudar diretamente o peso?

Questão ‘B’: Existem apenas formas saudáveis de perder peso?

 Questão ‘C’: Todo mundo que tenta perder peso, consegue?

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Considerações sobre as questões.

A) Não, o peso não é um comportamento, portanto não consegue ser mudado diretamente. Conseguimos atuar diretamente sobre os nossos comportamentos, por exemplo, escovar os dentes após as refeições, tomar mais água, etc.

B) Existem muitas formas utilizadas popularmente para se perder peso (não estou me referindo à efetividade) e, diga-se de passagem, as mais perigosas são as mais usadas: cortar grupos alimentares, usar medicações para queimar gordura, fazer jejuns, fazer dietas restritivas, fumar, usar shakes substitutos de refeições, vomitar, usar laxantes, usar diuréticos, chás emagrecedores, etc. A lista é longa!

C) Esse é o grande ‘X’ da questão. É considerada uma perda de peso efetiva quem perde peso e consegue manter por até 5 anos esse peso. Estudos mostram que é mais possível se curar de alguns tipos de câncer do que “fica na medida certa” quando já se tem um peso elevado. E isso não é culpa da pessoa! Com o grande foco no peso, algumas das indústrias mais poderosas do mundo – farmacêutica e alimentícia – viram um grande potencial e investimento: o emagrecimento. Oras, imagine que vc compra um produto para um determinado fim, mas que não funciona, ou funciona por um curto prazo, e que no rótulo vem escrito que se não funcionar a culpa é sua! Ou você não usou direito, ou foi o tempo que usou que foi curto, ou não teve força de vontade de usar o produto. E se, por acaso, você achar que esse produto não presta, em breve surgirá outro com uma embalagem diferente, mas ainda dizendo que a culpa é sua se der certo. Você compra porque todo mundo diz que você precisa alcançar aquele determinado fim e que só você não conseguiu. Além de um mercado inesgotável e altamente rentável (afinal, quem hoje não quer perder alguns quilinhos?) ele ajuda a colocar a culpa na própria pessoa o que ajuda a fortalecer algo chamado ‘estigma do peso’ (ou ‘estigma da obesidade’) onde diversas características são associadas, erroneamente e quase que automaticamente, às pessoas com maior peso. Alguns exemplos são: preguiça falta de força de vontade, gula, descuido, etc. Esse é um dos principais motivos para que as pessoas procurem desesperadamente ‘transformar’ seus corpos.

Como se não bastasse isso, todos os profissionais da saúde aprenderam que grande maioria dos problemas de saúde são causados por excesso de peso (em muitos casos independente do peso da pessoa). “Esses dias fui ao médico dizer que estava com uma dor no pescoço e eu nem havia terminado de falar e ele me mandou emagrecer (…) depois estava com uma dor na barriga e fui a outro médico que me disse a mesma coisa… Sabe, sinto como se eu não fosse mais uma pessoa, mas como se eu fosse apenas um peso, um número… Lembro-me daquela história que gordo não tem nome. Ao invés de as outras pessoas se referirem aos gordos pelo nome, elas o chamam ‘gordo’.” – relato de uma paciente em conversa com nutricionista. Vamos refletir: as pessoas que tem dificuldades com o seu peso vão procurar o profissional da saúde que sempre dá uma orientação inovadora: emagreça (algumas vezes essa etapa é pulada). Ouvem diariamente que deveriam ter força de vontade, fechar a boca, deixarem de ser preguiçosas… Com isso elas se tornam alvo fácil da indústria do emagrecimento. Consequentemente elas não perdem, voltam a ganham peso em algum tempo. A pessoa se sente culpada por isso. Como é difícil para as pessoas que não estão ‘na medida certa’ viverem nesse planeta! Por isso acho necessário deixar alguns pontos esclarecidos: O nosso corpo não é uma massinha de modelar, portanto não podemos deixar ele do jeito que quisermos. O nosso corpo não é uma peça de madeira que precisa ser esculpida para ficar melhor. O nosso corpo não é o que nós somos, ele é apenas uma parte do que nós temos – somos muito mais do que o nosso corpo. O nosso corpo não precisa ser consertado para melhorar a nossa auto-estima. O nosso corpo não deve ser maltratado, mas sim cuidado! O nosso corpo não precisa estar dentro de padrões para nos gostarmos! A forma do nosso corpo não é o resumo do nosso estado de saúde! A palavra mais citada quando o assunto é peso é ‘alimentação’. Graças à grande mídia e alguns fatos históricos, todas as pessoas do universo automaticamente pensam em peso quando se fala em alimentação. Dentro desse pensamento a alimentação tem apenas 2 funções específicas: engordar e emagrecer.

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E nessa visão simplista a saúde é “controlar o peso”. A comida não é uma modeladora corporal também. Sim, ela é muito importante e não há como viver longe dela! Ela é importante para manter nossas funções biológicas do corpo adequadas, para podermos comer um delicioso bolo recheado em uma festa de aniversário, para podermos fazer aquela receita da vó e achar que vai sair igual (mesmo sem nunca sair), para podermos tomar um chá quentinho quando estamos gripados, para convidar aquela pessoa amada para um jantar romântico, para reunir amigos em casa e querer tentar fazer com as próprias mãos um quitute gostoso para todos… A comida é incrível e imprescindível! Internacionalmente alguns movimentos trabalham na mesma direção destas críticas. Um dos meus favoritos é chamado de Healthy At Every Size® (algo como “Saudável em Todos os Tamanhos”). HAES® é um tipo de abordagem para promoção da saúde baseada em 3 pilares: auto-aceitação corporal, comer normal, e atividades físicas prazerosas. Ou seja, que é possível cuidar da saúde de uma maneira não-militar e que entende que existem pessoas de todos os tamanhos e formas.

Pra finalizar, apenas uma reflexão: se existe a uma “medida certa” automaticamente existe uma “medida errada”, quer dizer que se eu não estou nessa tal medida correta o meu corpo está errado. Sinceramente, não acho que existam corpos certos e errados, acredito em DIVERSIDADE, alguns corpos não devem entrar em extinção.

Cezar Vicente Jr

02.09.13

Guest Post: Todo Gordo é Infeliz…

Infeliz é quem perde tempo falando bobagens

Tenho um horror de pensar no tempo que essa gente se desprende pra tentar colocar o gordo no fundo do poço, acho que existiriam bem mais pessoas felizes se resolvessem focar no desapego estético e ser feliz com o que a vida tem de bom, viver 24h no ar tentando enfiar de todo o jeito na cabeça da sociedade que gordo não tem nada de bom pra oferecer.

Eu acordei bem hoje, acordei feliz, e infelizmente liguei a televisão e fui obrigada a ouvir essa sequencia de infelicidades ditas no programa Encontros da Fátima Bernardes. Ouvi um ainda gordo que já agi como ex gordo criticando e inferiorizando os gordos dizendo que nenhum gordo é feliz que isso é mentira e blablablá esse papo de gente que nem sabe de fato o que é felicidade, então tenho que ouvir uma jovem linda que nem gorda é só porque não pesa 40kg disse que o maior medo da vida dela é a balança ( nossa como assim, meu maior medo na vida é de viver só de perder minha família, de não ter como me sustentar), em seguida um psicanalista que diz que tudo é por sexo e vaidade que todo gordo quer emagrecer por sexo pra poder fazer sexo, como assim o que é isso, gordo não faz sexo?

Preconceito

Mas não satisfeitos me levam um ex gordo que perdeu 62kg e diz que emagreceu porque tomou vergonha na cara, ei pera ai eu sou gorda e tenho muita, mas muita vergonha na cara mesmo eu não roubo, não mato e não me drogo, sou descente, trabalho, estudo, trato as pessoas bem, tenho dignidade, responsabilidade, amor próprio e amor pelo próximo, acho que isso significa muito ou deveria significar, será que eu como gorda define que sou mal caráter só pro ser gorda? Porque na logica do ex gordo perder 62kg deixou ele uma pessoa com vergonha na cara que antes ele não tinha… para aumentar a ideia de humilhação me colocam coletes com peso na pessoa pra demonstrar como é ruim andar, subir escadas enfim viver com peso….

Tudo se foca em vaidade, em ser alguém que o outro espera que você seja essa gente nunca soube e nunca vai saber o que é a felicidade, não admito ouvir ninguém mesmo sendo gordo dizer que todo gordo é infeliz, eu sou feliz sim porque minha felicidade não depende do meu peso e ainda que dependesse eu continuaria sendo feliz, não tenho medo de mim nem do que eu sou.

Se ele o ainda gordo que pensa ser ex gordo é infeliz e foi lá batalhar a cirurgia dele pra se sentir em com ele mesmo, ótimo que ele arrume um jeito de ser menos amargo e desgostoso com a vida, mas nunca generalize essa ideia de todo gordo é infeliz e mente que é feliz. Ao espaço com essa conversa mole, sou feliz sim, sou GORDA SIM, e acho de fato que é isso que mais incomoda o mundo, tanta gente magra que jura que isso é o ápice da felicidade e ainda assim não consegue se sentir bem, nunca vai admitir que uma gorda saia por ai esbanjando felicidade, se sentindo linda e feliz.

Esse é o verdadeiro incomodo do magro e do gordo mal amado, ver a felicidade de gente como eu e outras tantas, andar por ai de cabeça erguida, sorrindo, bem vestida, amando e sendo amada, é isso que dói no intimo dessa gente que não se acredita e quer fazer todo mundo se sentir tão inferior quanto eles. Pra toda essa gente eu só quero dizer em bom tom.

SOU GORDA, NÃO SOU CHEINHA E NEM ROLIÇA SOU GORDA E SOU FELIZ.

Bjo da Gorda Milly Costa

Blog A Gorda Revolucionária 

Fanpage Manequim G3

Grupo O Peso do Preconceito

 

A Milly hoje me pediu espaço para postar um texto aqui no blog, eu estava também assistindo ao programa e assino em baixo de tudo que ela descreve. Eu sou Gorda e Sou Feliz, felicidade não pode ser medida em balança, se por acaso fosse seríamos mais felizes afinal pesamos mais hahaha. *___*