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Categoria: Verdadeira Beleza

27.01.10

Como ser gorda

Minhas filhas, vocês que estão aí morrendo de lipoescultura, enchendo a cara de sibutramina, fazendo carta pra “Ana e Mia”, recusando a sobremesa, fedendo a vômito, estragando a patela nas horas de exercício, dando dinheiro pras piranhas dos shakes, pras revistas de dieta, minhas amigas. Vejam bem. É difícil não conseguir entrar numa calça 38. Ou 40. Ou 44. Quando é 46, é dramático. Mas vem cá. E daí?

Quando “as amigas” dão conselhos ou te olham de cima a baixo, simpáticas, jurando que te adoram, dá pra sentir isso mesmo? Quando gente que “está bem pra caramba” solta aquele olhar de reprovação, gente. Olha a cara de merda desse povo.

Quando seus namorados, maridos, ex-s, quando esses homens maravilhosos dizem que você está com banha sobrando, quando eles reprovam seus gostos e suas formas, antes de sair correndo com vontade de chorar e de não comer nada nunca mais, já parou pra examinar a figura? Os modos, a barriga se pronunciando rotunda e irreversível, os cabelos caindo, a pele manchada, as roupas que pelamordedeus –se você não desse um toque, o cara sairia na rua parecendo uma versão humana do fim do mundo. Desastre após desastre, pelanca após pelanca, o churrasco e a cerveja se garantem ali, naquelas figuras, e são proibidos a nós, as gorda, LES GORDE.

Quando as lojas expõem nas araras montanhas de roupas de tamanho 36 e 38, quando juram que aquelas modelagens de rato que vendem correspondem ao padrão, quando mal dá pra entrar numa bata fabricada sob a simpática etiqueta “TAMANHOS ESPECIAIS PARA BALOFAS DE ESTILO”, por que continuamos olhando? Por que compramos essas porcarias e insistimos em caber nessas capas de botijão de gás? Por que estamos pagando pra sermos humilhadas? Pra resistir à tentação de passar no Burger King depois? Que seja. Mas não resistimos. Vamos pras radicalices, pras cirurgias, sibutraminas, aceitamos a morte como forma de emagrecimento rápida, aceitamos a diarreia do Xenical em troca de onion rings. Olhamos as modelos esquálidas e achamos que é assim mesmo, “que é assim mesmo”, e que o mundo não foi feito pra nós. Somos admoestadas por endocrinologistas obesos, por cardiologistas fumantes, por companheiros que preferem o fedor do vômito à flacidez da banha. E, olha, se preferem, que bom. Mas não somos obrigadas a concordar.

Revistas femininas, pautadas por dietas, roupas impossíveis, “como ter orgasmos”, “como casar” e bolo de chocolate de caneca, não mereciam mais a nossa atenção –nem o nosso dinheiro. É fácil até pros ginecologistas de programa de auditório entender que a anorgasmia deve ter uma relação bem próxima com o desconforto físico. Não tem como alguém sentir prazer num corpo do qual sente vergonha. Vender receitas de bolo de chocolate e coquetel de camarão entremeadas por anúncios de shakes emagrecedores e matérias sobre lipossucção é quase tão escroto quanto apontarem sua barriga por trás de uma temível bola de basquete recoberta de pêlos. Você já viu essa imagem. Você sabe.

Vamos tentar comer salada e fazer caminhadas, mas de forma menos infeliz e forçada? Vamos largar esse monte de lixo que nos empurram dia a dia? Vamos abandonar a “obrigação” de cuidar de TUDO sozinhas, a “obrigação” de dar conta de TUDO + a “obrigação” de nos sentirmos mal e nos odiarmos porque, bem, é isso aí, o peso está sobrando? Vamos começar a estranhar quando gente com quem não temos nem queremos ter a menor intimidade nos fala de dietas e receitas de vida? Vamos tentar gostar disso que carregamos com tanto custo –ou perdê-lo sem nos perdermos no meio do caminho. Vamos tentar achar quem realmente goste de nós, em vez de estetas de última hora incapazes de uma boa consulta ao espelho? Vamos mandar à merda as “consultoras de moda” que dividem as roupas entre “pra quem está magra” e “saco de lixo espacial pra esconder gordas”? Vamos admirar aquelas corajosas que saem à rua exibindo uma torrente de gordura saltando das minirroupas que outras pessoas determinam como “roupa do verão –para magras”? Vamos ter um pouco de liberdade? Vamos mandar essa gente louca tomar no cu? Vamos parar com a mania de sermos zumbis, vagando e vomitando à espera dos nossos “iguais”? Vamos, por favor?

Precisamos de um monte de terapia coletiva. Vamos conseguir.

E a mensagem emocionante do final.

Encontrei esse texto no http://brazilianwax.wordpress.com/ e adorei.

21.01.10

Hipermagreza domina passarelas da SPFW

“Gente, o que é isso, essa menina está doente?”


A frase, de um fashionista sentado na primeira fila de um desfile da SPFW, ilustra um espanto recorrente na atual edição do evento: as modelos estão mais magras do que nunca. Prova disso é que estilistas estão tendo dificuldades em montar seus “castings”, fazem ajustes de última hora e escolhem peças estratégicas que escondam os ossos saltados das modelos.


Na SPFW da magreza radical brilham modelos na faixa dos 18 anos, que têm índice de massa corporal, calculado pela Folha, igual ao de crianças de 9 anos. No mundo dos adultos, a Organização Mundial da Saúde chama esse índice de “magreza severa”.

A explicação vem da top Aline Weber, 21, que mora em Nova York e participou do filme “Direito de Amar”, de Tom Ford. “Três coleções atrás, no auge do pânico antianorexia, as pessoas pesavam as modelos no backstage para ver se elas estavam saudáveis. Agora, a poeira baixou. Se você engorda um pouco, todo mundo está ali pra te julgar. Se você emagrece, falam que você está linda.” Aline diz conhecer muitas meninas bulímicas e anoréxicas fora do Brasil. “As russas são as piores”, conta.

O stylist David Pollak identifica o padrão supermagro europeu como uma das causas da onda que atinge a atual edição da SPFW. “Muitas meninas estão trabalhando fora e por isso estão supermagras. Estão dentro do padrão de Paris, que é esquelético.”

A magreza radical fez com que ele tivesse dificuldades na hora de montar o “casting” da Cavalera. “A marca tem uma imagem mais adolescente, saudável. Por isso, peguei meninas que não são badaladas (leia-se, as que ainda não têm carreira internacional). Outros stylists tiveram de fazer o improvável: dispensar meninas de suas seleções porque elas estavam magras demais.

A onda tem feito eles inverterem uma antiga lógica da moda: ao invés de avaliarem roupas ideais para esconder, por exemplo, um quadril mais largo, têm de descobrir os looks que vão ocultar um corpo esquálido. “As meninas muito magras causam problemas. Seus ossos apontam num vestido de seda mais fluido. Ou seus corpos, muito estreitos, deixam a proporção toda estranha”, avalia o stylist Maurício Ianês.

A explicação vem da top Aline Weber, 21, que mora em Nova York e participou do filme “Direito de Amar”, de Tom Ford. “Três coleções atrás, no auge do pânico antianorexia, as pessoas pesavam as modelos no backstage para ver se elas estavam saudáveis. Agora, a poeira baixou. Se você engorda um pouco, todo mundo está ali pra te julgar. Se você emagrece, falam que você está linda.” Aline diz conhecer muitas meninas bulímicas e anoréxicas fora do Brasil. “As russas são as piores”, conta.


O stylist David Pollak identifica o padrão supermagro europeu como uma das causas da onda que atinge a atual edição da SPFW. “Muitas meninas estão trabalhando fora e por isso estão supermagras. Estão dentro do padrão de Paris, que é esquelético.”

A magreza radical fez com que ele tivesse dificuldades na hora de montar o “casting” da Cavalera. “A marca tem uma imagem mais adolescente, saudável. Por isso, peguei meninas que não são badaladas (leia-se, as que ainda não têm carreira internacional). Outros stylists tiveram de fazer o improvável: dispensar meninas de suas seleções porque elas estavam magras demais.

A onda tem feito eles inverterem uma antiga lógica da moda: ao invés de avaliarem roupas ideais para esconder, por exemplo, um quadril mais largo, têm de descobrir os looks que vão ocultar um corpo esquálido. “As meninas muito magras causam problemas. Seus ossos apontam num vestido de seda mais fluido. Ou seus corpos, muito estreitos, deixam a proporção toda estranha”, avalia o stylist Maurício Ianês.

A explicação vem da top Aline Weber, 21, que mora em Nova York e participou do filme “Direito de Amar”, de Tom Ford. “Três coleções atrás, no auge do pânico antianorexia, as pessoas pesavam as modelos no backstage para ver se elas estavam saudáveis. Agora, a poeira baixou. Se você engorda um pouco, todo mundo está ali pra te julgar. Se você emagrece, falam que você está linda.” Aline diz conhecer muitas meninas bulímicas e anoréxicas fora do Brasil. “As russas são as piores”, conta.

O stylist David Pollak identifica o padrão supermagro europeu como uma das causas da onda que atinge a atual edição da SPFW. “Muitas meninas estão trabalhando fora e por isso estão supermagras. Estão dentro do padrão de Paris, que é esquelético.”

A magreza radical fez com que ele tivesse dificuldades na hora de montar o “casting” da Cavalera. “A marca tem uma imagem mais adolescente, saudável. Por isso, peguei meninas que não são badaladas (leia-se, as que ainda não têm carreira internacional). Outros stylists tiveram de fazer o improvável: dispensar meninas de suas seleções porque elas estavam magras demais.

A onda tem feito eles inverterem uma antiga lógica da moda: ao invés de avaliarem roupas ideais para esconder, por exemplo, um quadril mais largo, têm de descobrir os looks que vão ocultar um corpo esquálido. “As meninas muito magras causam problemas. Seus ossos apontam num vestido de seda mais fluido. Ou seus corpos, muito estreitos, deixam a proporção toda estranha”, avalia o stylist Maurício Ianês.




Muito café

O estilista Reinaldo Lourenço não só percebe a hipermagreza das modelos desta temporada como também conta que teve que fazer hora extra por conta do fenômeno. “Tive que fazer vários ajustes de última hora em roupas que ficaram largas nas meninas, o que me deu o maior trabalho”, diz. Segundo ele, isso acontece porque a atual safra de modelos é “muito jovem”.

Nos camarins, longe da mesa de salgadinhos e quitutes –relegada aos jornalistas–, modelos desfilam com copos de café. “Identifico as mais magras como a turma do cafezinho, já que elas passam o dia todo tomando café para não comer e ficarem ligadas”, diz Pollak. Em entrevistas, elas escondem o peso e as medidas. “Não sei quanto peso. Nunca subo na balança”, disfarça uma delas.

Cristina Theiss, 18, jovem aposta da Ford Models, teoriza: “Para fazer passarela de inverno, precisa ser mais magrinha mesmo, porque as roupas são volumosas, enchem demais”. Para agências de modelos, o assunto ainda é tabu. Ou foi deixado de lado. “Magreza? Anorexia? Mas que assunto antigo, datado!”, diz um agente, interrompendo a entrevista da Folha com uma modelo. Basta olhar para as passarelas para ver que não é.

10.01.10

Gordinha só se estiver pelada?

O site americano Jezebel levantou uma boa questão:

por que as gordinhas só ganham destaque quando aparecem peladas? Podem reparar: todo editorial de moda ou campanha publicitária que se propõe a exaltar as medidas abundantes (muito mais comuns entre nós do que as exíguas dimensões das modelos) expõe as mulheres sem roupa. Ou, no mínimo, de calcinha e sutiã.

Será que essas iniciativas realmente contribuem para mudar os padrões de beleza ou só estão reforçando estereótipos? Até hoje, a imagem das mulheres mais cheinhas, que correspondia ao ideal de beleza de séculos passados, cheias de volúpia, continua em nossas mentes.

A última publicação a apostar na fórmula manjada foi a “V Magazine”, referência no mundo da moda.

A edição traz um ensaio fotografado pelo estilista da Chanel Karl Lagerfeld. A estrela sob as lentes? A figura da noite Miss Dirty Martiny, em poses pra lá de sexy e em um figurino, pra dizer o mínimo, nada elegante fotos . Além disso, a edição que foi chamada de “size issue” (edição de peso) traz um editorial de modelos GG em poses fatais.

Mostrar meninas cheias de curvas, exibindo um modelito elegante, como aqueles ostentados nos desfiles de Paris e Milão apenas por modelos magérrimas, talvez nos fizesse repensar de maneira mais profunda nossos padrões de beleza. Seria mais eficaz do que apostar na “transgressão” das cheinhas sem roupa.

Por que as gordinhas – na verdade, todas nós mais ou menos rechonchudas em nossas formas – também não podemos ser lembradas como elegantes e poderosas em vez de cheias de amor para dar?

(matéria retirada do Mulher7x7, após indicação do leitor Antonio Donizeti)

Eu por exemplo fico tão empolgada em ver modelos com corpos mais próximo ao meu em revistas, que nunca nem cogito comentar negativamente.

Mais quando temos a oportunidade de ler um texto destes acabamos refletindo.

E sim, estamos sendo expostas demais, mais infelizmente mesmo sendo expostas precisamos agradecer porque estamos ao menos tendo espaço não é mesmo?
Sinceramente não sei, porque se pensarmos bem essas publicações, acabam nos levando para uma linha que eu ao menos sempre fugi.
Não é porque somos gordinhas que somos artigos sexuais vocês concordam?

Ai muita gente vai ler esse texto e pensar essa menina tá reclamando mais outro dia ela tava exaltando?

Se tem algo que eu não aceito é incoerência e sim achei tudo lindo, mais é lamentável que só tenhamos esse espaço, espero que chegue logo a vez de termos meninas gordinhas em todas as matérias e não sejamos tratadas como diferentes, porque seria muito mais digno estarmos de igual para igual em uma revista do que estarmos despidas com cara sexy.

09.01.10

Demolição de uma Obra de Arte GG

Um ano depois chega ao fim a insatisfação de boa parte da população de Americana, a 127 quilômetros de São Paulo. O portal “A Princesa Tecelã”, que custou R$ 790 mil, começou a ser demolido na noite desta quinta-feira (7). A obra, concluída em janeiro do ano passado, foi paga pela prefeitura e pelo Ministério do Turismo.

O portal, que ficou conhecido como o portal da discórdia, desagradou aos moradores com suas duas esculturas de oito metros de altura bastante rechonchudas, desenhadas pelo escultor curitibano Luiz Gagliastri. Elas representavam a força do imigrante e seguravam um arco que fazia alusão a um pedaço de tecido. A cidade de 200 mil habitantes tem forte presença na indústria têxtil.


A Prefeitura de Americana confirmou que a destruição do portal levou em conta uma enquete feita pela internet e também porque, apesar do pouco tempo e do custo, a obra já apresentava infiltrações.
(Notícia retirada do G1)

Vi uma matéria sobre esse portal, e fui em busca de mais detalhes.
Infelizmente soube da existência dele somente hoje, um dia após o inicio da demolição.

Algum dos leitores do Blog é de Americana ou mora próximo? Gostaria de saber a opinião de vocês, que puderam ver essa Obra de perto.

Na foto me parece lindo e nada agressivo.
Infelizmente o que mais li na minha busca que as pessoas não gostaram pro se tratar de OBESOS, e que se fosse possível emagrecer um pouco as esculturas tudo bem.

E vocês o que pensam disto? Eu fiquei frustrada de não ter uma foto linda no meio dele 😛

04.01.10

V Magazine – Novamente nos Valorizando

Fotos sensuais de modelos tamanho GG para a revista V Magazine

Na próxima edição da revista V Magazine, vamos poder conferir um ensaio com fotos

sensuais e provocantes de modelos tamanho GG.


As modelos Kasia P., Marquita Pring, Candice ,Huffine, Michelle Olson e Tara Lynn,
foram clicadas pelo fotógrafo Solve Sundsbo.

Confira também esse vídeo com partes dessa magnifica sessão de fotos:

Elas são ainda mais Belas em movimento.

Em uns posts atrás eu disse que 2.010 seria nosso ANO não é mesmo?
Já começou cheio de novidades desta vez as modelos da V Magazine já são bem mais fofinhas vocês concordam ?

Agradeço a dica do nosso Leitor Antônio Donizeti, que me avisou deste lindo ensaio antes de eu ver.
Se você viu algo que combina com o blog avisa para a gente vamos adorar a dica.