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Categoria: Verdadeira Beleza

03.11.15

Eu não sou modelo, sou bonita do meu jeito!

Conheci essa frase faz pelo menos uns três anos, ela combina perfeitamente comigo, a usei por muito tempo e inclusive tenho um álbum na page do facebook com o nome “Eu nãos sou modelo, sou bonita do meu jeito” (que infelizmente eu não consigo atualizar mais como gostaria).
Na minha última ida ao Rio o fotógrafo Elias Sansão que já é amigo das minhas amigas, quis fazer uns cliques da minha pessoa (chique isso haha), eu não tinha ido para lá focando nisso e lógico não tinha roupa para tal. Mas aí demos uma improvisada com um vestido que ganhei da Lollaboo e uns acessórios das meninas , o resultado foi um look bem pinup.

Durante as fotos eu estava lá sem nenhuma habilidade hahaha, a Cleide (minha amiga) precisou avisar: “A Kalli não é Modelo” hahaha na hora só veio a frase do título na mente.

Realmente  eu não sou modelo, e não tenho nenhuma habilidade para tal, mas em 2015 eu tenho me superado e tirado muito mais fotos, o resultado desse dia vocês conferem abaixo. *___*

 

Eu não sou modelo (1)Eu não sou modelo (2) Eu não sou modelo (4)Eu não sou modelo (3)

Essa foi mais uma experiência em que me vesti de forma bem diferente do meu dia a dia, eu nunca tinha sequer usado um corset antes, mas gostei do resultado no todo. <3
Agora eu quero saber o que vocês acharam. *___*
Foi aprovada minha versão Pinup Plus Size improvisada?
Contem-me tudo nos comentários.

26.08.15

Médicos precisam respeitar os Gordos!

Já falei algumas vezes aqui no blog da lastimável postura de muitos médicos em relação aos pacientes obesos, a situação é tão triste que todo mundo tem uma história para contar. Mas como tudo, existem sim exceções para nossa sorte, me deparei dia desses com um desabafo no facebook de uma futura médica, onde ela conta casos que presenciou e fala da sua experiência com a obesidade.
O desabafo é grandinho, mas vale a pena ler ele inteirinho. Nas palavras da Camila Borges temos mais um apelo aos médicos, é preciso aprender a respeitar os gordos.

Eu sou OBESA, isso mesmo, obesa, IMC 38. Gorda, baleia, rolha de poço, ou como disse um médico hoje, a desgraça da humanidade, uma porra que só serve pra dar trabalho, devia nem existir esses merdinhas.
Minha obesidade começou na adolescência, 13/14 anos, um mix de menstruar, corticoide, comer demais e falta de controle total das minhas emoções, e algumas experiências traumáticas que não desejo a ninguém (lembrando que pessoas podem simplesmente ser gordas por que querem comer à vontade e não ser escrava de um padrão).Enfim, engordei. Passei dos 15 aos 17 com um sobrepeso, oscilando pra algo mais pesado e emagrecendo pra tentar me encaixar num padrão imposto pra todas as adolescentes. Me mudei do meu estado, vim morar sozinha no Amazonas e me afastei de todas as pessoas que naquela época me policiavam pra não engordar mais. Pré vestibular, entrei na faculdade que sempre sonhei, e sempre me subestimaram, medicina. Tive seis meses de tranquilidade onde consegui emagrecer cerca de 20kg, entre dietas radicais, medicamentos, exercícios e pressão. Antes de voltar á Manaus ouvi várias vezes: nossa, como ta linda, emagreceu né?! (Sim, por que na visão das pessoas ser gordo é igual a ser feio); nossa Camila, tem que manter ein; emagrecer é fácil, quero ver manter lá morando sozinha. Enfim, comecei a faculdade me sentindo ótima (por que você realmente acredita que agora tudo vai mudar, agora vc vai conseguir emagrecer e todos vão cair aos seus pés. Você não precisa mais se esconder), mantendo, forçosamente, uma imagem de auto confiança, de que eu não me importava com a opinião dos outros e etc. Durante a faculdade eu entrei num dos mundos mais estereotipados que eu conheci até hoje, o da medicina. Façam uma análise, quantas pessoas gordas estão nos corredores da faculdade? E quantas na formatura aparecem gordas? Eu sofri uma pressão como nunca pra emagrecer, tanto de pessoas que eu nem conhecia, quanto pela minha família, pelos meus amigos e por alguns professores, que mantinham o padrão: nossa, você tem o rosto tão lindo, se emagrecesse; você tem que emagrecer, olha o tanto de doença que você vai ter (sim, por que a saúde de gordo é preocupação de todo mundo) como que vai aguentar a faculdade, como vai arranjar alguém pra casar, como vai passar pelo internato, como vai entrar num vestido de formatura.
Até que eu não aguentei. Entrei em depressão, engordei mais de 40 kg durante a faculdade, não consegui ter nenhum relacionamento afetivo e me sentia a pessoa menos desejável no mundo. No quarto ano, voltei pra minha cidade e disse que não queria voltar mais pra manaus (pro papai), queria ter um tempo pra me fortalecer por que eu me odiava, e minha ansiedade tava me consumindo. Foi quando conheci pessoas, as que eu menos esperava, amigos do meu irmão mais novo, com seus 16/17 anos, que me amaram e me fizeram ver que tem um mundo muito maior que a aparência, e que eu não deveria me martirizar com isso. Voltei pra Manaus disposta a mudar, mudar mesmo, procurei uma psicóloga (que eu vou agradecer pra sempre) que me fez enxergar onde estavam o início de tudo e trabalhar pra resolver minha ansiedade, e não minha obesidade. Que isso não era o meu problema.

respeitar os Gordos

Antes de entrar no internato voltei pra casa por três meses, disposta a emagrecer pra aguentar a rotina, e melhorar meu joelho (um motivo real). Então comecei uma dieta descente, medicamento pra ansiedade, e exercícios de acordo com minhas possibilidades (principalmente dança que eu adoro); mas o principal foi que eu me cerquei de amor por todos os lados, li livros, me eduquei pra ser mais de mim, aprendi sobre feminismo e sobre o que eu era de verdade. Nesse meio tempo cultivei melhor minha autoconfiança, minha autoestima e meu amor próprio (o que me proporcionou várias novas relações). Hoje estou no fim do meu penúltimo módulo, talvez o módulo mais extenuante, cirúrgica, mais especificamente ortopedia, e hoje foi a primeira vez nos últimos 13 meses que eu chorei por ser gorda.
Mas dessa vez não foi por me sentir errada, me sentir feia ou sentir que ninguém gosta de mim; foi por constatar que estamos muito longe de sermos bons, ou pelo menos de algumas pessoas ter bom senso. Um médico, especialista, com no mínimo 15 anos de estudo (provando que dignidade e ignorância não se relacionam tanto com o grau de estudo) falou, depois de várias merdas, uma merda tão grande que talvez eu não consiga reproduzir.
“Gordo só da trabalho, esses merdas deviam morrer. Não é mesmo? Pior desgraça da humanidade. Só vem pra cá pra dar trabalho. Uma porra que só serve pra dar trabalho” naquele momento eu desabei, discretamente me sentei e segurei pra não chorar na frente dele.
Não foi pra mim, foi sobre um paciente que estava lá e era obeso mórbido. Mas foi como se uma faca entrasse e me dilacerasse por dentro.
Recentemente em outro setor, um cirurgião foi perguntando se ele tinha pedido tomografia pra um paciente de 140 kg, a resposta dele foi que não, por que ele atendia gente, é aquele hospital não era pra boi (antes de emagrecer eu pesava 139kg).

Todos esses comentários foram feitos por pessoas que deveriam estar cuidando de outras, solucionando uma dor, uma angústia; sobre obesos na frente de uma obesa. Mas esses profissionais não agem assim. São esses mesmos profissionais que atendem bandido e falam “tinha que ser preto”, “esses marginais tinham que morrer todos” entre outras barbaridades.
Por que isso? Pra que tentar diminuir as pessoas? Pra que tanta crueldade? Onde foi parar a ética e o bom senso de profissionais?(vou nem falar do pessoal).
Me senti covarde por não dizer nada. Portanto, a partir de hoje eu decidi que não vou mais aceitar esse tipo de intolerância. Vou lutar pelas causas que eu acredito, vou lutar pra que as crianças, adolescentes e adultos sejam felizes por ser o que eles são.
Esse textão, esse desabafo são pros meus colegas que irão se formar, é pros que já se formaram e estão trabalhando, cuidando de pessoas com essa mesma característica que eu (não vou falar problema por que obesidade não é pra ser problema – Se você acompanhar periodicamente seus exames e saber que ta tudo bem); Pensem bem o que vão dizer, a piada que vai fazer, como você vai dizer que ele precisa perder peso, ou os comentários que você fará se tiver fazendo um procedimento nele. Pensem que NINGUÉM merece ser tratado assim, nenhuma característica pessoal pode ser tida como ofensiva. Ninguém pode ser desmerecido por ser o que é. Pensem bem, pode ser seu pai, sua mãe, seus filhos, ou qualquer outra pessoa que você ame, a próxima a ouvir barbaridades tão comuns como essas. Pensem em pessoas que passam a vida inteira se diminuindo, ou se matam, ou não conseguem sair de uma depressão (outra coisa que é desmerecida por médicos e profissionais da saúde até hoje). Tentem ser mais humanos, mais éticos e mais bondosos. Nenhum paciente queria estar ali, todos estão em busca de algum tipo de consolo. Então tentem ter empatia e se colocar no lugar do outro. ( deixando claro, Não Estou fazendo apologia à obesidade, eu vou ser médica e sei das implicações clínicas que a obesidade trás, mas sei também que não devemos tentar ser o que não somos por padrões, por uma estética estereotipada, por um padrão imposto, vamos cuidar da nossa saúde com carinho, mas sem nóia de termos que nos encaixar.)

17.08.15

Guest Post – “Porque eu Danço…”

Tudo começou com o evento ‘I Believe’. Sempre tímida e escondida, que nem na praia ia mesmo que de maiô, só camisetão e contra a vontade. Na verdade sempre anunciei que ‘não gostava de praia’ por me achar gorda demais para usar biquíni ou maiô. Ao mesmo tempo, sempre gostei de tirar fotos, aparecer, so não conseguia vencer a minha ‘noia’ de ser gorda. Mesmo sabendo que isso tudo não fazia bem, nunca me permiti ser eu mesma por vergonha. Enquanto isso duas amigas minhas muito queridas que mesmo gordinhas viviam sua vida com gosto, com alegria, não se importando, mas simplesmente sendo felizes. Era exatamente isso que eu queria. Foi através delas que achei o blog “Beleza sem Tamanho” e, também, pelo blog do “I Believe”. O ensaio fotográfico foi o ponto da mudança. Foi lá que descobri: sim! sou bonita! Sim, tenho o direito de ser feliz e parar de me esconder!

I Believe (2) I Believe (1)

 

Precisava mudar, e como sempre detestei academia fui atrás de uma atividade física que não se tornasse tortura. Não me leve a mal, todo o respeito e admiração a quem gosta de academia. Isso não é pra mim… simples assim.
Liguei para as minhas amigas e com o contato da escola de dança me matriculei e logo na primeira aula me apaixonei. É claro que morria de vergonha, que não gostava dos espelhos enormes da sala de aula, mas devagarinho fui me acostumando, me aceitando, aprendendo e resgatando esse meu lado que ignorava há tanto tempo. Hoje meus amigos brincam e riem muito pois no dia que vi as minhas amigas se apresentarem, eles disseram ‘Olha, logo, logo é você.’

Porque eu Danço (2)

Ainda tímida, ainda querendo mas presa naquele conceito errado que eu tinha de mim mesma, disse enfaticamente ‘Eu não… só vou fazer aula.’ Quatro meses depois lá estava eu, empolgada, morrendo de vergonha mas determinada a pelo menos não fazer feio. Ai vem a brincadeira dos amigos de novo ‘Olha só!!!! disse que não ia… olha que daqui a pouco está dançando solo…’ é claro que eu não tinha aprendido…. disse que não… solo eu não danço, imagina, dançando sozinha com a pança de fora? Eu não!!!!

Porque eu Danço (3)
Pode rir, eu dancei solo, e não parei simplesmente ai… me apaixonei tanto pela dança que hoje tenho minha própria escola, Vivo a dança do ventre. O mais importante disso tudo? Aprendi a me amar, me aceitar, simplesmente viver a minha vida, feliz, me cuidando e me amando. Estou mais saudável, gordinha, sim, mas sempre linda, cada dia mais feliz, e sabendo que Sim! eu posso!

Porque eu Danço (1)

Não aconteceu da noite para o dia. O caminho de auto-aceitação continua, mas o importante é não deixar a opinião dos outros impedirem de fazermos o que queremos! O que começou com o carinho das meninas do ‘I Believe’ e apoio das minhas amigas e professoras da Luxor Escolas de Dança do Ventre, continua, mas hoje é algo que eu sei ser verdade.

A minha escola de dança completou 1 ano e estou comemorando com um espetáculo lindo, onde vou dançar não uma vez, mas Quatro!!!!!

Sem vergonha, só ansiedade que sempre dá, e também aquele friozinho na barriga que vem antes de subir no palco…

porque eu danço

E com imenso carinho convido as leitoras do Beleza sem Tamanho para este espetáculo!

12.08.15

Ronda Rousey e a aceitação corporal!

Hoje eu tive conhecimento que Ronda Rousey tem um trabalho focado em ajudar mulheres que sofrem com problemas relacionados a própria imagem.  Sou totalmente leiga na questão do esporte, mas sei que Ronda é sucesso e faz brilhantemente o trabalho no qual se especializou.
Mas eu jamais imaginaria que a moça que além de saber bater em suas oponentes e ser sexy symbol para os carinhas fãs de UFC, era também uma mulher engajada na luta para que mais pessoas lidem bem com a própria imagem.

Ronda Rousey e a aceitação corporal
Se até hoje eu não tinha tido curiosidade de saber mais sobre ela, hoje eu tive e posso dizer que estou encantada de ver que ela está aproveitando sua fama para ajudar no empoderamento de outras mulheres.

A Campanha intituladaDNB (Do Nothing Bitch, em inglês) ou “mulher que não faz nada”, tradução livre para o português, veio de sua mãe. “A minha mãe não me criou para ser esse tipo de mulher que está sempre acomodada”, disse Rousey.
“Acho divertido quando as pessoas dizem que meu corpo parece masculino. Só porque ele foi desenvolvido para um fim diferente da maioria das mulheres, não significa que ele é masculino. Isso é estúpido! Não há um único músculo do meu corpo que não foi desenvolvido para um propósito”, explica.
O dinheiro arrecadado com a vendas camisas será doado com as vendas será revertido para o Didi Hirsch Mental Health Services Centre, nos Estados Unidos, uma instituição que ajuda mulheres com problemas de relação com o corpo e saúde mental.

ronda dont be aRonda defende que mulheres fora do padrão também são bonitas, mesmo ela tendo um corpo OPOSTO ao meu, vejo que ela também busca e contribui por uma sociedade que respeita a beleza em suas diferentes formas. <3

 

 

beda

06.08.15

EMBRACE – Uma história linda de amor ao próprio corpo!

Hoje me deparei com um vídeo e o assisti atentamente já que o assunto muito me interessava, nele eu pude conhecer melhor a história deste antes e depois da foto, que rodou a internet já faz uns anos, mas ao menos não chegou para mim essa versão que conheci e me apaixonei pela história de amor ao próprio corpo. <3

amor ao próprio corpo

Eu poderia falar mil coisas, mas eu adoraria que vocês todos gastassem cinco minutinhos e assistissem ao trailer do documentário Embrace.


Embrace por nao-acredito

Assim que eu assisti tive a idéia de questionar na page do facebook, como vocês que acompanham o Beleza sem Tamanho definiriam os próprios corpos, e posso dizer que fiquei imensamente feliz em perceber que a maioria já tem um enorme amor pelo próprio corpo.
Torço de coração para que todas que ainda não aprenderam o quanto é prazeroso amar o próprio corpo, possam se inspirar em Taryn Brumfitt e passem a se olharem com muito mais carinho. (Para conhecer mais sobre ela é só acessarem o site: http://www.bodyimagemovement.com/)
Se amar é um exercício diário, mas é extremamente gratificante!

Amem-se  e ajudem outras mulheres a se amarem, muitas nem imaginam que é permitido não odiar seus corpos e precisam de um empurrãozinho do bem.

 

beda