fbpx
28.09.11

#ajudemariacleneilda

Maria Cleneilda Fernandes de Oliveira, 26 anos, sofre com anorexia nervosa há alguns anos e está, no momento, em tratamento ambulatorial no AMBULIM (Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
De outubro de 2010 a junho de 2011, ela esteve internada na ECAL (Enfermaria de Distúrbios do Comportamento Alimentar), onde – apesar dos seus próprios esforços e da equipe, não conseguiu ganhar peso significativo. Obteve alta da internação e, no segundo semestre desse ano, continuou em tratamento, passando por consultas médicas semanais e frequentando o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Itapeva diariamente.
Essas intervenções parecem ter sido insuficientes para ajudar Maria Cleneilda a manter-se saudável e/ou melhorar sua qualidade de vida. Ao contrário, perdeu peso e começou a apresentar sintomas clínicos que apontavam risco de morte. Em agosto desse ano (30/08/2011) foi internada por alguns dias no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas à espera de uma vaga na ECAL. A vaga, entretanto, não surgiu.
No início de setembro (03/09/2011) a paciente foi removida à Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima – um hospital psiquiátrico – localizado no bairro do Jaraguá, na cidade de São Paulo – que não conta com nenhum recurso para tratamento de pessoas com transtornos alimentares, muito menos para os cuidados de uma paciente com anorexia nervosa em estado crítico, e com perda de peso contínuo, como é o caso dela. Com pouco mais de uma semana de internação na Casa de Saúde, Maria Cleneilda perdeu mais peso o que evidenciou a incapacidade desse serviço em ajudá-la.
A família retirou-a do hospital no dia 17/09/2011 e levou-a ao pronto-socorro do Hospital São Paulo. Lá foram feitos exames clínicos que surpreendentemente apresentaram bons resultados mesmo com o peso tão baixo. A indicação dos médicos clínicos e psiquiátricos que a atenderam nesse dia foi a de não seria preciso interná-la em hospital geral, e sim dar prosseguimento ao tratamento em serviço especializado, concordando que em hospitais psiquiátricos sua situação só seria agravada.
Maria Cleneilda foi para a casa de parentes que se comprometeram a cuidar dela em período integral por alguns dias, enquanto não surgisse uma vaga na ECAL – talvez o único serviço na cidade de São Paulo que de fato possa ajudá-la, mas que não tem demonstrado interesse em fazê-lo.
No momento, Maria Cleneilda continua sob os cuidados da família, está mais emagrecida e apresenta um IMC de 11 (IMC é a sigla de Índice de Massa Corporal, é uma cálculo que considera a relação peso/altura das pessoas). Considerando que uma pessoa com IMC de 14 já tem indicação de internação, nota-se o quão grave é seu estado.
Considerando que o ambulatório no qual Maria Cleneilda recebe atendimento não cogita internação da mesma, de acordo com sua família, pedimos uma intervenção judicial a favor da paciente para que a sua internação em enfermaria especializada no tratamento de anorexia nervosa pelo SUS seja finalmente realizada e a paciente não venha a ter um fim tão trágico e precoce como o de demais garotas que sofrem de anorexia nervosa.
Gostaríamos de pedir a mobilização das redes e coletivos, pessoas, ongs, instituições que possam contribuir de algum modo, divulgando e reverberando essa informação. Se puder contribuir entre em contato pelo formulário de comentário deste post.
Obrigada
Equipe RISSCA
http://rissca.net/blog/2011/09/28/ajudemariacleneilda/

Quem puder faça o reblog, divulgue e principalmente assinem o Abaixo-Assinado aqui,
 para que ela consiga sair dessa e sobreviver.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *