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01.03.10

A mulher da página 194.

Corpos esculturais,bundas falsificadas e mortes em mesas cirúrgicas.O que houve para os padrões femininos mudarem tanto? Se compararmos esculturas em homenagens a mulheres de antigamente notaremos, grandes diferenças no dito atual mulher: sexy-gostosa-bonita-desejada. Nós gordinhas nas sociedades passadas éramos sex symbol e sinônimo de fertilidade. Mas o que houve para tantas mudanças ocorrerem? De sex symbol para ‘’fora dos padrões’’ – atuais de beleza.
A velha e boa mídia, industrias de remédios emagrecedores rápidos foram quem criaram esse estereótipos de mulheres perfeitas, sem celulites,estrias e gorduras ? Um exemplo disso é a mulher da página 194.
Loira,linda com um belo sorriso e com seus 20 anos a modelo profissional saiu na edição da revista norte americana Glamour, como matéria autoimagem.E como  esperado essa matéria causou muita repercussão.A revista recebeu centenas de e-mails simplesmente pela barriga da moça (sem photoshop ou qualquer outro editor de imagem) mostrando claramente a realidade – mulher com corpo real.
No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.
A foto gerou sentimentos contraditórios.Para alguns o fato de terem colocado a mulher real com formas reais e retirado mesmo que por uma matéria a beleza perfeita que as revistas promovem, gerou repulsa e sensação de alforria para muitas mulheres.
Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Jornalismo que não tenho! Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.
( A matéria da mulher da pág 194 é ”OLD” – mas vale ser lembrada )
Ofereço a postagem para minha professora de História da Arte – Edjane K.

6 Comentários // Deixe o seu!

  • Jéssica Balbino says:

    >Nossa ! Ainda existe gente de verdade?! Que bom ! Pena que o mercado plus size também não seja real e vista apenas manequins com tamanho 42, 44, 46 ! Será que um dia vestirão as de tamanho 54, 56, como é o meu caso?!
    Se um dia isso acontecer, aí sim, rasgo meu diploma (sim, eu tenho) de jornalismo em praça pública ! Será mesmo que ainda existe gente real? Mostrar a barriga dela numa revista é 'ousadinho'. Será que topariam mostrar a minha ou a de muitas gordinhas que neste momento estão sentadas atrás de seus computadores? Duvido !

  • >Mundo da Moda! Moldando nossas adolescentes!

  • Ellen Josino says:

    >O importante é isso, não se deixar levar pela mídia de hoje em dia, pois acima de tudo temos que ser oque somos por dentro e não se importar com oque que estão achando da gente. Mulheres bem-cuidadas nem sempre são um sinal de mulheres magras ou com o corpo modelado, um exemplo disso é esta mulher. Espero realmente que o mundo de hoje se quebrante sobre essa mídia que nos faz mudar de opinião, de interesse e até de corpo. Espero realmente que dia pós dia cada vez mais mulheres se tornem um exemplo como este e se aceitem como são. Parabéns Jade, a matéria está linda!

  • Aline Cardoso says:

    >Perfeito!
    Excelente texto. Eu sou manequim 44 e me acho linda, no entanto já cansei de receber "apelidos" ligados ao meu "tamanho GG", que muitos preconceituosos julgam ser uma doença.
    Parabéns pela matéria.

    Abraço,

  • Luiz Mussio says:

    >Eu também gostaria de entender qual foi o momento que as mulheres, tão brilhantes em tantas areas, se deixaram enganar e aceitaram que existe um padrão a ser alcançado. E temos também os metro-sexuais, que são homens que querem pintar um alvo no peito pra que a industria da beleza, dos medicamentos pra emagrecer e da moda também influenciem nossa vida. Ser humano é ser ridiculo aparentemente.

    E viva a verdadeira beleza…aquela que não sai com água e sabão, e que não compromete a saúde de seu possuidor.

    beijo

  • Anonymous says:

    >Obgª Jadeanny, pela dedicatória no referido texto postado nesse blog.

    Fico feliz por ter repassado o conteúdo (especificamente Esculturas na Pré-História) e, concomitantemente, ter atingido/contextualizado um tema transversal tão importante nos dias de hoje: ditadura da magreza, anorexia, anorexia alcoólica, bulemia. Espero ter tocado corações e "cabecinhas pensantes" – por assim dizer – levando-os(as)à reflexão mais vertical.

    No entanto, há que se ressaltar dois pontos essenciais, não necessariamente nessa mesma ordem, mas, com equidade de importância:

    1º)Minhas colocações em sala de aula não fazem apologia – por assim dizer – a padrões estéticos vigentes nas sociedades, em quaisquer períodos/épocas em que sejam/foram convencionados.

    Continuo com o mesmo posicionamento: o nosso valor está no que somos e não no que temos, também não está ligado ao nº do manequim que usamos; e sim, em nossos valores/convicções, caráter!

    Porém, é mister lembrar que devemos estar atentas(os) às questões concernentes à saúde, a qualidade de vida, ao bem-estar.

    Ou seja, se estamos/somos gordinhas – fora dos padrões estéticos atuais -, e somos felizes dessa maneira, ótimo!

    No entanto, não devemos descuidar de nossa saúde. Devemos estar abertas(os), buscar orientação médica para uma alimentação balanceada/saudável; através de exames verificar taxas, como: glicose, colesterol, indicadores de anemia, hormônios, entre outras. Afinal, gordinha ou magrinha… é imprescindível cuidar da saúde!!!

    2º) Por questões relacionadas à Direitos Autorais e às penalidades passíveis de serem aplicadas quando um texto não nos pertence de fato e de Direito – seja parcial, ou, integralmente -, faz-se necessário utilizar as aspas, não deixando também de fazer referência(s) à(s) fonte(s) de onde fora(m) extraído(s) e citando o(a) autor(a).

    Para ampliar seu conhecimento, visite:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_autoral

    Abraço,
    Edjane Karla.

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