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12.04.10

Você teria coragem de casar-se com alguém obeso?

Você teria coragem de casar-se com alguém obeso?
Ou que fosse quase meio metro mais baixo?
De outra cor?
Religião?
Ou, quem sabe, ainda, com alguém que tivesse uma deficiência física?

Ora, que pergunta boba a minha. Claro que casaria, afinal, o que conta mesmo é o amor e a “química” entre o casal. Será?

Fiquei pensando nisso depois de assistir, em São Paulo, à peça Gorda, que trata justamente deste tema. Protagonizada pela atriz Fabiana Karla (aquela do programa Zorra Total que diz “isso pode… isso não pode”), a trama mostra claramente como o preconceito pode falar mais alto na hora de se assumir um relacionamento amoroso com alguém que não esteja dentro dos padrões estéticos ditos “corretos”.

O enredo conta a história de um executivo que se apaixona por Helena, uma mulher muito interessante, porém, obesa. Para seguir em frente nesse difícil relacionamento, ele terá que superar alguns desafios, como as piadinhas dos amigos no escritório, o despeito da ex-namorada magérrima e – o que é pior – os seus próprios preconceitos. Não vou contar o final, porque perderia a graça, já que a peça deve rodar o Brasil. Mas posso adiantar que a gente sai da sala pensando no assunto e reavaliando certos valores.

Li algumas críticas sobre o texto e há quem diga que o autor exagerou no melodrama. Mas para quem vive o preconceito na pele, a situação apresentada pelos atores é bem real. E cruel. Quem não conhece pelo menos uma adolescente gordinha que sempre fica sobrando nas festas, ou um menino acima do peso que só em sonhos consegue atrair a atenção da gatinha da escola? É assim mesmo que as coisas acontecem, e não adianta tapar o sol com a peneira, como dizia a minha vó.

A Helena tinha muitos outros atributos – era inteligente, sensível, engraçada, divertida, culta, carinhosa. Tudo o que um homem poderia querer de uma mulher. Só não tinha um corpo escultural que, hoje, parece ser pré-requisito para ser aceita e admirada. Mas a protagonista desta história bem que poderia ser, também, uma negra – porque um homem branco, bonito e bem-sucedido teria que, igualmente, vencer barreiras e lutar contra o preconceito para casar-se com uma mulher negra (ou vice-versa, claro).

Poderia, também, ser uma cadeirante. Não é isso, por exemplo, o que está mostrando a novela Viver a Vida, com o romance entre o médico Miguel e a modelo tetraplégica Luciana? A mãe do jovem cirurgião, interpretada com maestria pela atriz Natália do Valle, se desespera ao imaginar o filho casado com uma cadeirante. E por quê? Porque a moça foge do padrão estabelecido. É novela, eu sei. Mas é, também, a vida real. Infelizmente.

Viviane Bevilacqua


12 Comentários // Deixe o seu!

  • >Bom…me casei com o amor da minha vida..estamos há 13 anos bem casados, nos damos super bem mesmo, mas a diferença social e cultural pesou muito para ambas as famílias. Até hoje engolem meu casamento, mas não aceitaram de verdade e somos meio que excluídos de tudo o que as duas famílias faz. Porém, acho que nos damos super bem porque não estamos nem aí para eles que não nos aceitam. Nós temos 3 filhos MAH-ravilhosos e vivemos nossa vida! Quer mais felicidade? bjks e tenham uma semana abençoada!

  • Karine Baggio says:

    >Ola sou nova por aki… depois da uma passadinha la no meu blog que conto um pouco da minha historia e tem um pouco haver com o que vc sita em cima..
    Bem eu me casei com uma pessoa totalmente diferente ele e magerimo eu sou obesa.. como a Mah ai em cima passo por muitos problemas familiares por parte da familia dele nunca me aceitarão nesses 8 anos que estamos juntos…
    Os amigos dele se afastarao dele, mas mesmo assim ele nao me deixou lutamos juntos pra seguir nossa vida e aprendi a nao me importa com o que e os outros falão de mim… pois o que basta e nosso amor.. que e muito grande e supera tudo.. beijos

  • Jéssica Balbino says:

    >Na adolescência, sofri muito por ser gorda e não seguir os padrões de beleza pré-estabelecidos. Até hoje tenho amigas gordas que se matam em dietas e venenos como sibultarmina para serem aceitas e amadas. Eu já superei isto. Não me sinto na obrigação de emagrecer para ser amada ou aceita. Quem gostar de mim vai quebrar barreiras. O nome disso é amor próprio e se todas agissem assim, teríamos bem menos gordinhas infelizes no amor. Se eu tiver que ser magra para ser 'amada' é porque não se trata de sentimento e sim de aparência !
    PS. Estou louca pra assistir a peça !

  • >Vou confessar que nunca tive essa de preconceito de me casar com alguém gordo, mas tinha antigamente com homens mais baixos que eu, acredita?
    Aí Deus, muito sábio, me pregou uma peça: o meu futuro marido tem exatamente o meu tamanho, até de tênis eu fico mais alta que ele e isso não é nenhum problema.
    Aprendi com a vida de que tamanho (no meu caso, mas vale para raça, religião, gordurinhas) não tem nada a ver com amor. O amor é na alma, não no corpo.

  • Lindsae says:

    >Não teria preconceito nenhum, já namorei uma menino que era 4cm mais baixo e claro, todos meus namorados foram gordinhos pq essa é meu tipo, acho que existe mais preconceito na cabeça masculina do que feminina. Geralmente gordinhos gostam de magrinhas…
    No entanto, não é tão difícil encontrar homens por aí que se preocupem mais com o caráter do que com o padrão.

  • >Olha eu sinceramente já tive sim preconceito com caras mais baixos + assim como aconteceu com a Dai, Deus me mostrou que isso nao existe e já tive namorado 6cm + baixo e não é fácil não hehehe.

    Se eu puder escolher quero um homem alto, mais se for amor nada disso tem importância.

    Ah e acreditem se quiser depois de anos na luta contra preconceito acho que me encontro meio HELENA, e vendo que pessoas tem sim vergonha de nos assumir.

    Mais penso que o azar é de quem tem vergonha de mim pq, eu sou um espetáculo 😛

  • Papu Morgado says:

    >Já namorei um menino beeeeem mais baixo e mais novo do que eu na adolescência e eu não estava nem aí.
    Não teria problemas em namorar um gordinho, não cheguei a namorar, mas já tive um flerte na época da faculdade. Ele era bem gordinho e lindo, mas eu tinha namorado na época :)aí não rolou nada.
    Meu marido é muito alto e muito magro, chama atenção aonde vai, todo mundo faz questão de apontar como ele é alto e isso é um saco.
    Por ser magrinho e homem, também rola um preconceito, porque homens "tem" que ser fortes e sarados, mas mesmo malhando ele não fica assim.
    Todo mundo que foge muito (ou pouco) do padrão sofre. Como não dá para nascer de novo para se enquadrar em um padrão babaca, o lance é aprender a viver bem em um mundo que não te aceita, o que é um grande desafio. Bjos

  • Adaildo Neto says:

    >Sou do tipo que acredita que beleza não tem padrão, tem gordinhas que são um arraso, cadeirantes, ceguinhas, surdinhas enfim tem mulher que chamam a atenção e tem umas que tem um charme definitivamente fatal. Porém, existem aquelas que vivem o lado do preconceito, antes mesmo de alguem expressar o preconceito ela mesma já se inclui como excluída.

    E no final das contas queremos alguem para conversar, vamos ficar velhos e tudo que poderemos fazer é conversar é claro que dependendo da saúde do casal pode rolar algumas vezes no mês, mas tenho certeza que a conversa vai acontecer mais vzs no mês do que propriamente sexo. E encontrar alguem com papo interessante é que é dificil.

    E outra situação que também ocorre muito é quando a belezinha está fora do padrão ela quer um moreno, forte, alto, sarado de olhos verdes e que esteja cursando medicina. E ainda tem a coragem de dizer que não consegue ngm nas baladas. Sinceramente, não cola né meu povo.

    Eu sou gordo e se um dia de preconceito com alguma menina, ela não sabe o que perdeu. Hoje, estou no caminho da vida plena, casamento, filhos e uma casa pra comprar e cuidar. Minha parceira é gorda, descolada, conversamos sobre quase tudo e temos histórias malucas pra contar pros nossos filhos. Então, nessas horas padrões estéticos não contam mesmo e o que faz a diferença é o amor.

  • ANE BLESS says:

    >NÃO TIVE PRECONCEITOS COM NAMORADOS.MEU PRECONCEITO ERA COMIGO MESMA…
    SEMPRE FUI GORDINHA.SEMPRE LUTEI CONTRA A BALANÇA E TODOS OS PROBLEMAS QUE GORDOS ENFRENTAM(DIETAS,DIFICULDADES PARA COMPRAR ROUPAS,PRECONCEITOS,ETC)EU VIVO DESDE CRIANÇA.EU COMECEI NA ESCOLA FAZENDO DIETA.MEUS COLEGAS IAM PARA O RECREIO E SE ESBALDAVAM COM LANCHES MARAVILHOSOS E EU COM UMA SALSICHA E UM OVO COZIDO PARA O LANCHE.ERA HORRÍVEL!
    O TEMPO PASSANDO,MINHAS AMIGAS SEMPRE ARRUMADAS,NA MODA E EU,AQUELE STRESS NA HORA DE COMPRAR UMA ROUPA.
    NUNCA TIVE PROBLEMAS FOI PARA ARRUMAR NAMORADOS,PELO CONTRÁRIO,NISSO EU SEMPRE ME DEI BEM.
    MAS CRESCI FRUSTRADA E ENCUCADA COM MEU CORPO.NÃO CONSEGUIA RELAXAR E FAZIA O QUE TODOS NÓS GORDINHOS FAZEMOS:ME COBRIA.
    TRANSAVA E NÃO TIRAVA TOTALMENTE A ROUPA.NUNCA!
    ATÉ QUE CONHECI MEU NAMORADO ATUAL.ESTAMOS JUNTOS HÁ 9 ANOS E COMO EU ELE É GORDINHO.
    HOJE SEI QUE O AMOR MUDA TODAS AS COISAS E FAZ VC SE ACEITAR COMO É.
    SOU OUTRA PESSOA,MAIS ABERTA,MAIS SEGURA.USO ROUPAS APERTADINHAS E CAVADAS,ESPARTILHO,ENFIM,AQUILO QUE EU COLOCAR E ACHAR QUE FICOU BONITO E BEM.
    POR UM MOTIVO MUITO SIMPLES:O AMOR ME FAZ SENTIR BONITA E ASSIM,EU ME ACEITO COMO SOU,COM TODAS MINHAS GORDURINHAS E CELULITES…SEM ENCUCAÇÕES.
    ACHO QUE IMPORTANTE É VC ESTAR COM ALGUÉM QUE TE COMPLETE E FAÇA FELIZ,PQ O AMOR SIM,É A MAIOR DE TODAS AS COISAS!!!!!!!

  • Anonymous says:

    >Desculpem, mas eu não me casaria com alguém gordo.
    Não sinto tesão por alguém gordo.
    Tudo tem um motivo: Morei com uma amiga gorda, ela comia tudo o que via, não por prazer mas parecia que tinha medo que acabasse e ela queria comer antes que acabasse, mesmo que acabasse na barriga dela. Eu não podia comprar nada para comer que ela comia muito rápido. um pote de sorvete acabava em uma tarde – eu comia uma taça e ela matava o resto. Comecei a conversar sobre a minha comida ser minha, sobre comer mas deixar um pouco para o outro, sobre como eu queria chegar em casa e comer o que tinha comprado, que 1 bolo não precisa ser comido todo em um dia, que seria bom procurar uma nutricionista, uma academia, um psiquiatra, mas não adintava.
    Ela esperava a gente dormir e ia até a geladeira comer, ela não comia até se satisfazer ela comia ate acabar.
    Mesmo sabendo que comer toda minha comida me deixava chateada e podia acabar com nossa amizade e transformar nossa convivencia num inferno ela preferiu comer minhas coisas, tomar, engolir tudo.

    hoje não consigo viver de boa com uma pessoa gorda, que come tudo que ve pela frente.
    Faço tudo para não ficar gorda, se for para eu ficar triste agora por não comer uma barra de chocolate com certeza vou ficar super feliz no verão de biquini sem barriga e celulite – não vou ter que trabalhar auto estima derrubada.
    Acho obesidade uma doença.
    o organismo saudável não tem gordura acumulada.

  • Jéssica Balbino says:

    >É triste ver alguém se esconder atrás da internet para vir até aqui fazer comentários maldosos. Para mim, preconceito é que é doença. Uma mente saudável não tem besteiras acumuladas !

  • Anonymous says:

    >Me casaria antes de mais nada com alguém que amasse. Independente dos KG…

    Roberto

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