fbpx

Tag: Repost

24.09.14

Carta aberta de uma gordinha à Marina Silva

Marina,

está circulando pela internet um vídeo em que a senhora faz uma comparação entre você e a também candidata e presidenta Dilma Rousseff. Entre as tantas comparações que podem e devem ser feitas entre as duas candidatas mais bem posicionadas nas pesquisas eleitorais, você opta por dizer é magrinha, enquanto Dilma é fortinha, exatamente com essas palavras, arrancando risadas e aplausos da plateia.

Lembro com nitidez que a senhora já havia feito essa comparação com Dilma na eleição passada, ao ser perguntada sobre suas principais diferenças.

camilinda

Camila Moreno

Dilma é a primeira presidenta da história do Brasil e essa é a primeira eleição com grandes chances de duas mulheres irem para o segundo turno. Uma eleição histórica, certamente. Histórica porque em um país cercado de machismo por todos os lados; em que as mulheres são menos de 10% no Congresso Nacional; onde embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha, ainda estamos em 7º lugar no ranking da violência doméstica; a maioria dos cidadãos e cidadãs do nosso país, se as pesquisas estiverem certas, optará por confiar o seu voto em uma mulher. Isso é lindo e me emociona. 

Sei que você sabe, Marina, que ser mulher é um desafio cotidiano. É ter que provar duas vezes que é capaz. Na política então, nem se fala. Lembro o quanto te criticaram pelo fato do seu companheiro trabalhar no governo do PT no Acre, como se vocês, por serem casados devessem ter a mesma opinião política. Na época, te defendi e disse que achava um absurdo esse tipo de acusação. Te defendo quando falam da sua voz, porque não estão acostumados com vozes mais agudas nos debates políticos. Imagino Marina, o quanto sejam duras as críticas por causa do seu cabelo, pelas roupas e não pelas ideias.

Talvez você não tenha dito noção da gravidade da sua declaração, Marina, mas eu vou te contar o porquê ela doeu no fundo da minha alma: eu sempre fui considerada uma criança gordinha e desde que entendi que isso era um defeito, sofri com isso. Tive transtornos alimentares graves e só me aceitei de fato, quando conheci a militância e o feminismo, porque me mostraram que os padrões de beleza nos tornam escravas de uma busca impossível e infeliz e eu esperava que as mulheres na política, ainda que com divergências, optassem pela desconstrução do machismo, mas você fez exatamente o contrário.

Essa sua declaração apenas reforça um padrão ditatorial que faz com que a anorexia e a bulimia estejam entre as principais doenças de jovens mulheres, que faz com que milhões de meninas e mulheres arrisquem suas vidas em métodos salvadores do alcance da beleza, porque ao invés de você optar por ajudar a romper com essa lógica de que a mais magra é melhor que a gorda, você a reforçou. Você podia ter escolhido desconstruir a ideia de que o debate entre duas mulheres seria um debate superficial e estético, mas você preferiu seguir essa lógica que revistas de beleza e a indústria do entretenimento entranham todos os dias na nossa vida, de que para ser bem sucedida e feliz, é preciso ser magra.

Você não perdeu o meu voto com essa sua “piada”, porque você já o havia perdido quando optou por deixar de lado a sua bela trajetória de vida e luta ao lado de Chico Mendes para ser a nova voz da direita e do neoliberalismo no país, mas eu de fato esperava um debate mais qualificado da sua parte.

*Camila Moreno é @camilamudanca no twitter, estudante de Letras da UNB e pretende não ser infeliz por conta dos padrões de beleza. Texto postado originalmente aqui.

Esse post não é uma questão política, mas eu fiz questão de fazer um Repost, pois é ridículo ver como a #Gordofobia é tratada como deboche, quem nunca foi chamada de “Fortinha” com risos?

Sim Marina, você não precisava ter dito isso, política não é piada e nem deve ser palco de preconceito.

11.09.14

Vai mesmo, gordinha!

Lendo o texto que Mariliz Pereira José escreveu para a Folha: “Vai, gordinha”, admito que me senti incomodada. Por se tratar de um veículo de informação com tamanha visibilidade, me entristece e me preocupa ver uma gordinha que se exercita sendo comparada, nas palavras da cronista, a “um queijo provolone amarrado se desmanchando”.
Ao dar uma proporção gigantesca aos 7 quilos que adquiriu em um ano, a autora confessa que toma banho à luz de velas para evitar visualizar o próprio corpo, se auto intitula uma “gordinha esperta” por saber vestir-se de forma a parecer mais magra, além de afirmar que se submete à atividades físicas que detesta. Não pretendo aqui, de forma alguma, atacar a escritora ou desmerecer seu trabalho, mas, analisando sua abordagem, percebe-se que, durante todo o texto, a pessoa “gordinha” é associada, unicamente, a algo negativo, indesejado e digno de compaixão, o que é, a meu ver, totalmente problemático.

vai_gordinha
Ao mostrar seu sofrimento para adequar-se aos padrões de beleza, a autora, ao invés de utilizar a exposição de suas próprias vivências como uma forma de criticar e questionar tais construções, peca ao fazer exatamente o oposto: reforçá-las. Mas, cara Mariliz, sei que você não tem intenções de promover o ódio e o preconceito, já vi muitas mulheres fazendo comentários como os seus. Sinto que muitas vezes, nós mulheres, estamos apenas reproduzindo o que nos foi ensinado desde pequenas: criticar mulheres por suas formas físicas.
Mariliz, entendo que a beleza não conhece formas, que não é medida em quilos. Ela reside, ao contrário, exatamente na tranquilidade de ser exatamente aquilo que nós mesmas quisermos ser; e jamais no que é moldado pela opinião alheia. Eu também me solidarizo com a gordinha que está lá suando na esteira, seja por qual motivo for, porque acredito que ela está disposta a mudar, de ver a vida de outras formas. Coisa que talvez o seu amigo que não gosta de gordinhas ou mesmo você que não gosta de regatas parecem não estar.
Hábitos saudáveis de vida são importantes e devem, sim, ser estimulados, mas tão importante quanto é que possamos definir claramente nossos próprios interesses e metas para que elas jamais se confundam com aquelas que, desde muito cedo, acabam construindo para nós. E é por isso que não podemos fechar os olhos para a reprodução da gordofobia que, de alguma forma, se encontra presente em suas palavras; é preciso que, apesar de todos termos direito à preferências pessoais, se lute contra a imposição do que é “bonito” e do que é “feio”, se lute contra discursos que possam denegrir o outro.
Por isso, Mariliz, desejo profundamente que, com 7 quilos a mais ou a menos, você possa se sentir bem com o seu próprio corpo; que nunca venha a sofrer de dor lombar, mas que não deixe de comer pizza com seus amigos para comemorar as coisas boas; que use roupas que te fazem sentir linda, mas que jamais abdique do seu conforto; que tome banho pelada, com um espelho na frente e com todas as luzes da casa acesas para poder se lembrar todos os dias do quão poderosa você é; e que, quando for capaz de se sentir incondicionalmente linda e LIVRE, passe a encorajar todas as gordinhas e magrinhas a fazerem o mesmo. Vai mesmo, gordinha! Vai mesmo, mulher!

Texto de Patrícia Sebastiany Pinheiro – Postado originalmente em Blogueiras Feministas.

No fim de semana a Patrícia me enviou este texto para que eu pudesse ler, eu gostei tanto que achei que vocês precisam ler também e por isso estou fazendo um repost dele para vocês.
Eu aproveito para reforçar o que eu sempre falo com vocês:
Nunca deixem que o preconceito alheio limite as vontades de vocês, nós podemos ser o que quisermos só depende de nós. <3

02.09.14

As “plus size são as novas it girls?” Viva as plus size!

 

Plus size

 

Gordinha engraçada. Gorda que toma bulling na novela. Gorda usada em humorístico para causar risada. Há algo de novo e muito bom no ar. As meninas plus size (gordas) tomaram conta dos noticiários de celebridades, das passareladas de moda, das revistas com ensaios sensuais e das grandes lojas de roupas. E estão aí mostrando que existem. Não precisam usar preto (porque emagrece). São sexys e mandam beijo no ombro para os preconceituosos.

O fenômeno plus size, antes restrito a bazares pequenos e blogs pouco vistos, hoje é coisa de gente grande. A jornalista empreendedora pluz size Flavia Durante analisa:
“Percebo que cresceu demais! Criei o Bazar Pop Plus Size há dois anos pela dificuldade de encontrar roupas modernas no meu tamanho 52 de acordo com o meu estilo de vida como fã de noite, música e moda. O faturamento da moda plus size cresce sem parar. Só no Brasil a moda plus size já movimenta anualmente R$ 4,5 bilhões, – cerca de 5% do faturamento total do setor de vestuário em geral, que hoje ultrapassa os R$ 90 bilhões -, segundo a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest).”
Retratos desse crescimento.

Qualquer um que olhar para o noticiário de celebridades vai perceber. A Miss Pluz size disputa espaço com a malhada. A atriz que já tomou bulling posa sensual. Elas estão lado a lado com representantes de corpos “perfeitos”, malhados, trincados (as musas fitness) ou muito magros (as itgirls).
Modelos pluz size que se destacam agora, só para citar algumas: Aline Zattar, que foi Miss Brasil plus size 2013 e Aline Frade, Miss Mulheres Reais 2014 e muitas outras.
As plus size invadiram até espaços mais fanaticos pela forma, como o concurso Miss Bumbum. Julyana Bittencourt, de 28 anos, é a concorrente gordinha desse ano.
No meio de tanto padrão escravizante, é um alivio ver que essas meninas ocupam seus espaços e que o mercado finalmente olha para elas. Que as plus size sejam cada vez mais famosas. Nem toda moda é ruim. Tomara que essa não passe.

 

 Texto retirado do blog Nina Lemos

Hoje ao me deparar com essa matéria eu spo reafirmei algo que eu já tinha notado ainda esta semana, agora no Ego a Miss Aline Zattar tem uma página como celebridade, de igual para igual com mulheres dentro do esteriotipo padrao de beleza.
Estamos chegando lá,rumo a igualdade, para isso precisamos apenas reverter a #gordofobia ainda tão presente em nossa vidas.

12.08.14

Mulher Gorda não pode mostrar que usa lingerie?

A plus size de São José do Rio Preto (SP) Evelise Nascimento, de 24 anos, encarou o trabalho como modelo de lingerie com naturalidade. Trabalhando na área há quase dois anos, já venceu concursos de beleza GG e faz diversos trabalhos de moda. O que não poderia prever é que, ao postar na internet as fotos de um desses ensaios, no início deste mês, seria alvo de ciberbullying e comentários gordofóbicos.

Segundo ela, tudo começou com um recado anônimo. Nele, a mulher dizia: “me diga, se você visse fotos de meninas de calcinha e sutiã acharia normal? Não acho legal meus filhos vendo fotos de meninas magrinhas, também não os quero vendo de cheinhas. A sociedade é assim, por mais que você tente mudá-la é quase uma luta perdida”. As fotos citadas eram de bastidores de um ensaio fotográfico para um catálogo de cunho comercial, sem nenhum apelo sexual. O comentário gerou revolta ao ser compartilhado por ela em seu perfil na internet, como forma de protesto.

mulher gorda lingerie

Quando leu o comentário, Evelise não se importou, mas ao perceber o preconceito disfarçado, logo copiou o comentário e postou em sua página para “declarar guerra” ao preconceito. “Uma pessoa anônima dizendo que ver fotos de mulheres cheinhas de calcinha e sutiã não é normal? Ela nunca viu um catálogo de lingeries por acaso? Não são sensuais, apenas são fotos de roupas de baixo. Mas depois percebi que era o preconceito disfarçado de “cuidado com os filhos”. A frase que ela escreveu no final me fez pensar nessa tal sociedade preconceituosa que ela faz parte. Estou fora do “padrão Gisele de ser”, represento as mulheres que sofrem diariamente preconceito por se aceitarem ser gordinhas”, comenta a modelo.

Para Evelise, esta foi uma forma de manifestar a gordofobia, termo usado para indicar pessoas que tem preconceitos com pessoas acima do peso. “Fotografar com lingerie mesmo tendo um corpo avantajado é o que realmente muitos acham loucura, mas digo que fotografar só de calcinha e sutiã ė uma arte, exige muito do profissional, para buscar o melhor ângulo e também da modelo, para ter o equilíbrio entre o sensual e o vulgar. Nunca fui vulgar. Se alguém julgar assim, está sendo preconceituoso”, diz Evelise.

Outro comentário veio de um rapaz que disse: “desfiles de mulheres plus size nada mais é do que celulites ambulantes”. “Quando eu namorava, já ouvi dizerem “o que será que esse cara tá fazendo com essa gorda?”. Outra enviou um recado a um ex dizendo “tá namorando uma plus size, é?”, mas falando de maneira grosseira. Não entendo como pode existir tanta gente preconceituosa”, conta a modelo, que aproveitou o manifesto #lingerieday, na última quinta-feira (31), para reforçar a campanha de aceitação. “Temos que aceitar o corpo que temos e se preocupar mais com saúde do que com beleza. Se somos gordinhas, mas somos saudáveis, não tem porque recebermos tantas ofensas”, finaliza.

Mulher Gorda Lingerie (2)

Gordofobia
“Você tem um rosto tão lindo, nunca pensou em emagrecer?”, “Você não pensa futuramente, pode problemas devido seu tamanho?”. Para pessoas acima do peso, essas são frases típicas de gordofobia, mascarada como “preocupação com a saúde”. O incomodo das pessoas é causado pela aceitação do corpo das consideradas plus size. “Hoje essas críticas preconceituosas não me abalam. Recebo mensagens de carinho, de jovens que estão ou saíram de depressões por não aceitaram o corpo e que quando se deparam com alguma foto minha e percebem que podem ser bonitas apesar de gordinhas. Temos que vencer o preconceito externo e aceitarmos nossos corpos”, explica Evelise.

Para a psicóloga Etienne Janiake, a gordofobia é consequência da “ditadura da beleza” que vivemos atualmente. “Ela associa o belo a um ideal de magreza muitas vezes inatingível e não necessariamente saudável. Para atingir esse padrão imposto, muitas vezes os jovens se submetem a sacrifícios em prol do “corpo ideal” e o fato de ter pessoas que, por opção ou por imposições circunstanciais, não seguem esse padrão e estão acima do peso aceitável, incomoda”.

Para a especialista, a gordofobia se deve tanto a não aceitação do diferente, quanto à dificuldade de conceber que é possível optar por não seguir os padrões socialmente valorizados de corpo e de beleza. “É necessário que a pessoa compreenda que existe um padrão de beleza culturalmente construído, que se modifica conforme a época e local. Esse padrão, idealizado e distante da maioria das pessoas, desconsidera a diversidade natural da beleza humana, impondo certas características que não se adéquam a todas as pessoas. Viver se comparando e procurando atingir esse ideal de beleza imposto, muitas vezes acaba funcionando no sentido contrário, abafando a real beleza que vem do estar bem consigo mesmo, de ter uma boa auto-estima, e da valorização e livre expressão das diferenças individuais que faz de cada ser humano único, especial e belo”, orienta Etienne.

 

Ciberbulliyng
O cyberbullying é uma prática que envolve o uso de  tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Para lidar com esse fenômeno de forma preventiva, especialista indicam orientar e informar as crianças e adolescentes sobre os cuidados na exposição à mídia ou a importância de ter critério naquilo que publicam na rede.

Se o cyberbullying ocorre, é necessário avaliar o caso para fazer os encaminhamentos necessários. De forma geral são necessárias ações judiciais, para identificar e interromper o compartilhamento das mensagens prejudiciais, e por outro lado é importante contar com um apoio psicológico para a vítima, para que ela consiga lidar melhor com as conseqüências desestruturantes que essa exposição negativa pode acarretar.

Para psicóloga, é muito comum os jovens vítimas de cyberbullying terem como conseqüência problemas psicológicos sérios como depressão, síndrome do pânico e até ideias e comportamentos suicidas. “É importante quem estiver à volta estar atento aos seguintes sinais que podem ser indicativos de cyberbullying: isolamento, queda no rendimento escolar ou excesso repentino de dedicação aos estudos no caso de crianças e jovens, não querer estar com amigos ou não querer sair de casa”, explica Etienne.

Ainda segundo a especialista, as agressões feitas pela internet podem ter um efeito ainda mais prejudicial do que aquelas feitas pessoalmente, devido à dimensão de exposição que ela pode alcançar. “Uma agressão verbal feita de forma presencial fica restrita ao conhecimento das pessoas presentes, já uma ofensa publicada no meio virtual rapidamente pode se espalhar para um grande número de pessoas, comprometendo a imagem da pessoa agredida”, diz.

 

 Texto retirado do site do G1

Eu vejo mulheres desnudas diariamente na minha timeline, acho incrível que nos dias de hoje, no facebook de hoje, ainda tenha este tipo de preconceito. Infelizmente nossa sociedade está adaptada para ver mulheres esbeltas semi nuas, mas se choca ao ver uma mulher gorda com o corpo parecido com o próprio ou de alguém bem próximo de lingerie..Espero que isso mude e mude logo. <3 

29.07.14

Gordelícias versus Magrelas

Hoje um moço escreveu num jornal de grande circulação sobre como gordinhas são “um desejo de consumo masculino” (pessoas? seres humanos? tá pensando que é quem, garota?), fez piada sobre quem come alface (revirei os olhos) e ainda chegou à brilhante conclusão de que gordas não leem Freud.

Quantos textos pseudo-elogiosos às gordas vocês já leram? Opinativos, claro, porque os “jornalísticos” são sempre dizendo como estamos à beira da morte. Dá para escrever tratados sobre os assuntos equivocados: a questão midiática, o fenômeno chubby chaser, a necessidade da mulher se ver por meio do olhar do homem…

Mas um ponto pouco mencionado quando esses textos são publicados é que eles nos dividem. É, nós, mulheres. De um lado, as gordelícias; do outro, as magrelas. Se você está ali no meio – é sarada, gostosa, toda a mídia já é pra você, mesmo. Se você é gorda/obesa, se fode aí.

O fato é que esse pensamento “quem gosta de osso é cachorro” e correlatos fazem com que exista uma rivalidade entre as mulheres. Nós somos criadas há milênios, e eu não estou sendo exagerada dessa vez, a nos odiarmos. A enxergarmos a outra como inimigas.

Colocam mulheres em caixinhas, mas nós não cabemos, magras ou gordas, em nenhuma delas. Porque somos múltiplas. E amigas, aliadas, companheiras. Nós todas lidamos com a opressão existente só por sermos mulheres. Fora isso, estamos contando moedas para sobreviver até o fim do mês (hoje já é 29, será que o cartão já fechou?), nos olhamos no espelho e nos sentimos horrendas, checamos o celular de vez em quando para ver se finalmente chegou a resposta do whatsapp.

Gordas e Magras Todas lindas

Toda mulher é linda, todo corpo é perfeito. *-*

Somos muito mais parecidas do que dizem por aí. Claro que temos nossas individualidades, mas as pressões sociais (“já casou?”, “não vai ter filho?”, “e os namoradinhos”) incidem sobre nós do mesmo jeito. O peso pode ser diferente; o problema, inescapável.

Eu sou gorda (não gordelícia) e não quero competir com nenhuma magra, magrela, nem com outras gordas. Eu não quero competir com ninguém, ainda mais com mulheres, que podem me entender tão bem. Os laços entre nós são muito frágeis, e textos como o de hoje ajudam a parti-los. Precisamos, na verdade, reforçá-los e, ao nos darmos conta que somos todas mulheres, esses laços se tornarão inquebrantáveis.

 Texto retirado do blog Cem Homens em um ano

Este texto precisa ser lido por vocês, sei que muitas de nós na ânsia de ter textos elogiosos aos nossos corpos acabam vendo apenas a positividade nas palavras e deixam passar despercebido oi fato que o autor induz o tempo todo que um biotipo é melhor que o outro.

Exitem pessoas com qualidades e defeitos em qualquer forma física, não existe fórmula mágica.

Vamos focar em ser linda, gostosa e legal, mas sem precisar desqualificar as amiguinhas diferentes. Combinado?