fbpx

Tag: plus size

05.06.18

A marca Simone Troiano lança editorial de Moda Plus Size com uma mulher Gorda

Por mais estranho que possa parecer o título já que a associação imediata é que a moda plus size é para pessoas gordas, é ainda muito raro uma marca de moda plus size usar em seus editoriais uma mulher gorda e isso é sempre uma frustração na questão da representatividade para as consumidoras. Recentemente a marca  Simone Troiano de Curitiba ouviu nossos apelos e fez um editorial maravilhoso com sua coleção outono/inverno  sendo vestida por uma mulher gorda.

Antes de eu dizer qualquer coisa, convido vocês a olharem cada uma das fotos abaixo. *_*

 

Moda Plus Size com uma mulher Gorda Moda Plus Size com uma mulher Gorda

Créditos: 

Modelo: Gigi Heur

Produção e Estilo: Bee Reis 

Fotografia:  Geovane Pocolujco

Make: Jhonny Macartney

A modelo deste editorial é a maravilhosa Gigi Heuralém dela ser uma gorda maior (manequim 60), ela tem um formato corporal oposto ao que sempre vemos na moda plus size. Olhar essas fotos é ter a certeza que é possível ter fotos maravilhosas e mostrar moda plus size em corpos maiores, marcas que insistem que só modelo tamanho 46 vende é apenas um sintoma de preguiça de inovar e de gordofobia mesmo.

A Simone Troiano chegou recentemente no mercado e já está fazendo a diferença, no início do ano eu fiz um post e listei meus desejos para a moda plus size (aqui) e ela prontamente leu e comentou sua visão como empreendedora e se dispôs e a melhorar cada vez mais e isso por si só já é algo maravilhoso, mas ela foi além e realmente FEZ A DIFERENÇA ao lançar esse editorial.

Para conferir todas as peças disponíveis da marca é só acessar a loja virtual: http://www.simonetroianoplus.com.br, para quem é de SP ou vai estar no POP PLUS, a marca é presença confirmada nesta edição e é uma ótima oportunidade para conhecer todas as peças ao vivo.

Eu sou suspeita para dizer qualquer coisa sobre essas fotos, eu sempre clamei por representatividade e fiquei extremamente feliz e apaixonada com o resultado deste editorial. Convido vocês a deixarem aqui nos comentários as impressões de vocês sobre ele, é importante demais o feedback de quem consome moda plus size para que mais marcas possam nos escutar.

 

 

24.05.18

Inauguração da Casa Plus Size

Neste sábado dia 26/05 inaugura em São Paulo a Casa Plus Size, uma loja coletiva com marcas 4 marcas super queridas do mercado plus size.

Tá vendo essa galera aqui da foto? Eu acompanho de perto a luta dessas empresas para se estabelecerem no mercado, e fiquei extremamente feliz com a conquista deles, torço muito para que a Casa Plus Size seja um sucesso sem tamanho.

Confiram mais detalhes sobre cada marca e o editorial com  fotos lindas (inclusive sem abusos no photoshop) que realizaram para a inauguração. *_*

 

Comprovando o bom momento da moda plus size brasileira, as marcas Assens, Basic 4 Curves, Clube da Meia Calça e Rainha Nagô se unem para abrir a CASA PLUS SIZE, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Muito mais do que uma loja coletiva, o novo espaço quer ser um espaço de acolhimento, bem estar e autoconhecimento para a pessoa gorda. A abertura para o público é no dia 26 de maio, sábado.

Proporcionando opções de escolha, conforto, qualidade, preço justo e grade inclusiva, a CASA PLUS SIZE reúne diferentes estilos de moda. Lá a cliente vai encontrar:

A Assens, que apresenta uma moda casual para a mulher que procura praticidade e que não abre mão de um look moderno nem mesmo no ambiente de trabalho. A marca trabalha do manequim 44 ao 66.


Lingerie confortável é o que oferece a Basic 4 Curves, com peças antialérgicas feitas com ótimo caimento e sustentação em cotton malha 92% algodão e 8% elastano. Atendem do 44 ao 62.

Sucesso na internet, o Clube da Meia Calça é especializado em meia-calça plus size em diversos tamanhos (até o 62/64), cores e modelos, além de também produzir shorts anti-atrito e blusas em tule e lurex para compor os looks.


A Rainha Nagô é uma grife de moda urbana feminina que mescla a temática afro à cultura pop black. Sua marca irmã Afro Style, de moda masculina, também participa da Casa. Ambos atendem do 46 ao 70.


Além das marcas autorais, a CASA PLUS SIZE vai receber exposições de arte, rodas de conversa, workshops, além de eventualmente convidar marcas parceiras e complementares para lançamento de coleções. “A casa será um ponto de encontro para o público que veste e ama novidades na moda plus size”, diz Carol Fernandes, proprietária do Clube da Meia Calça, uma das participantes do coletivo.

Serviço:

Casa Plus Size

Abertura oficial: 26 de maio, sábado

Endereço: Rua Bartolomeu Zunega, 152 – Pinheiros – São Paulo SP (próximo ao Metrô Faria Lima – Linha Amarela)

Mapa: https://goo.gl/maps/8tec4suGC3q

Horário de funcionamento: segunda a sexta das 10h às 19h; sábado das 10h às 16h

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/161299757896927

 

 

Créditos do ensaio:

Fotógrafo: Andres Costa

Produção: Lauren Souza e Rafael Pires

Maquiagem e cabelo: Bruna Neves

Modelos: Thayla Sales, Thalita Sales, Myllene Amorim, Amauri Silva

 

08.05.18

2Rios Lingerie lança coleção que celebra a liberdade da mulher

Acho lindo demais quando uma empresa celebra a liberdade da mulher, para a gente incluída em discussões sobre quebra de padrões pode parecer pouco, mas para consumidoras ainda não acostumadas com mensagens positivas sobre os corpos é um grande passo e faz bem para todo mundo.

Recentemente a 2Rios lingerie lançou sua coleção de inverno, com o tema ser, estar, sentir-se linda e ter orgulho do próprio corpo.

A empresa que trabalha com tamanhos tradicionais e plus size, arrasou nas fotos desta campanha. Não só por misturar corpos diferentes, mas também por colocar em suas fotos uma mulher mais velha.
Sabemos que normalmente a beleza é atribuída a corpos magros e jovens, mas nestas fotos podemos ver que a beleza é sem tamanho e sem idade. *_*

Altaiza dos Santos Meurer, Maiara Guinther, Cinthia dos Santos Vieira e Eliane Sant’ana estrelam a nova campanha da marca e celebram a beleza real.

Não há um padrão e toda mulher tem a liberdade para ser e vestir o que quiser.

A cartela de cores também vem recheada de novidades, uma das apostas é o vermelho sensuale, sofisticado, sedutor e vibrante. O veludo azul marinho também é o must have da estação. Vibrante a cor esbanja charme e glamour, ainda mais em conjuntos que valorizam o seu corpo, sem esquecer o bem estar.

Lindas, seguras e confortáveis as modelos assim como você sabem que não é a cintura ou o número do manequim que nos define, e sim nosso sorriso, bom humor e leveza.

Celebrar as curvas, o corpo real, sentir orgulho de si mesma e desfilar em peças que te deixem ainda mais linda e feliz com o seu corpo é a nossa missão. Ser mulher é difícil, mas também divertido, é complicado, mas é sensacional! A 2Rios Lingerie pensa no seu real desejo de ser apenas você mesma: sorridente, confiante, inteligente e deslumbrante, usando algodão ou renda, sempre com um sorriso que desperta paixão, por você mesma, ao se olhar no espelho. Use as nossas peças, e seja você também uma das nossas estrelas.

 

Para conhecer todas as opções de peças da marca é só acessar aqui.

 

E vocês curtem ver campanhas como esta? Contem-me aqui nos comentários.

 


*Post realizado em parceria com a 2 Rios Lingerie

03.04.18

Pijamas e Homewear para Gordas e Gordos

Quem veste manequins “padrão” e compra pijamas em qualquer loja nunca vai imaginar o que é ser gordo e não encontrar peças básicas para ficar em casa e para dormir (ou para as duas coisas na mesma peça como eu sempre faço haha), quanto maior o manequim é maior essa dificuldade de encontrar essas peças. Infelizmente é algo simples para muita gente, mas que no mercado plus size ainda é bem difícil de achar.

Pensando nisso eu trouxe para o post algumas marcas que tem numerações amplas, e que servem muito bem como de “roupa para ficar em casa e de dormir” para gordas e gordos.

 

Basic 4 Curves 

A marca produz peças com 98% algodão (o que é maravilhoso) e é pensada no corpo gordo nos mínimos detalhes.  As camisetes e calcinhas boxers formam conjuntinhos ótimos para ficar em casa,  para quem não se importa de usar menos roupas pode ainda optar pelas hotpants e tops.

Todas as peças são vendidas separadamente e podemos montar de acordo com nossas preferências, as peças são ideais para quem ama o básico e o conforto.

Para mais detalhes: https://www.basic4curves.com.br/

Berenix

Não tenho nem palavras para expressar a fofura que são as peças dessa marca haha, é tudo bem divertido e dá vontade de se vestir assim todo dia.  A Berenix veio cobrir algo que eu considero que faltava muito no mercado plus size que são pijamas diferentes do esperado e trouxe também os macacões longos e curtos para todas nós.

Para mais detalhes: https://www.instagram.com/lojaberenix

 As vendas são feitas por direct do Instagram ou no Facebook. 

 

Plus size, o seu tamanho

A loja Plus size, o seu tamanho de POA é a representante varejista dos pijamas e homewear da marca TG Pijamas Plus Size, todas as peças são possíveis de serem encontradas lá. Tenho uma camisola e o material é de super qualidade e os preços são bem acessíveis.

Para mais detalhes:  https://www.instagram.com/plussizeoseutamanho/

Vendas através do WhatsApp: (51) 98433-3753

 

Sizély Luxury Underwear

A Sizély é um marca de lingeries maravilhosas que trabalha com atacado e varejo, para a nossa alegria na loja virtual tem um setor especial de Outlet. Neste setor está recheado de peças para dormir, ficar em casa e até para dar uma ousada básica com o namorado/namorada. *_*

Para mais detalhes: https://www.lojasizely.com.br/camisolasplussize

 

Mais Pano

A Mais Pano deu uma reformulada na marca no ano passado e neste verão trouxe até sungas para os meninos, e não esqueceu dos pijamas. Ela foi a  única marca que encontrei com pijamas masculinos maiores que o XGG – Tam 56 (que muitas marcas padrão fabricam). Ainda bem que a marca pensou nisso, tem modelos bem bonitinhos e vestem até o tamanho 70.

 

Para mais detalhes: https://www.maispano.com.br/pijamasplussize

 

Cuecas Santo Homem 

Outro item que não é tão simples de encontrar são as cuecas, a Santo Homem trabalha com tamanhos até o 84 e tem entre seus modelos a boxer e a samba canção, uma dica para os boys que curtem ficar de cueca em casa.

Para mais detalhes:  https://www.santohomemplussize.com.br/

Vendas através do WhatsApp: (19) 99278-1336

 

Eu super curto fazer esse tipo de post, por ser sempre uma oportunidade de mostrar marcas legais do mercado plus size que são pouco faladas. Eu não conheço todos os produtos, mas acredito que são boas dicas para quem está em busca de pijamas e homewear.

Conhecem outras marcas com essa proposta? Indiquem aqui nos comentários. *_*

 

22.03.18

Gordofobia é opressão, e eu posso provar

Gordofobia – a grande maioria das pessoas que possuem acesso à televisão ou internet já teve contato com esse conceito em algum momento, mesmo que não tenha prestado atenção. O gordoativismo vem aos poucos se articulando no Brasil e adquirindo visibilidade, mas por ser um movimento ainda em construção suas reivindicações e pautas não tiveram décadas de consolidação e aperfeiçoamento, de forma que muitas das pessoas que já ouviram falar na luta dos corpos gordos não sabem exatamente quais são nossas demandas.

Isso gera aquela confusão que estamos cansados de ouvir: A ideia de que nós lutamos pelo direito de sermos considerados bonitos. Consequência disso é a frase “gordofobia não existe”, palanque daqueles partem de uma informação errada e buscam diminuir a importância política do movimento.

Gordofobia vai muito além da estética, e para auxiliar na argumentação com as pessoas que questionam sua existência, eu reuni os fatos básicos na hora de provar que essa opressão existe e é tão real quanto machismo, racismo e LGBTfobia.

Em primeiro lugar, podemos dizer que existe “opressão” quando um determinado grupo coletivo de pessoas é institucionalmente privado dos direitos básicos e constitucionais dos cidadãos, quando existe um sistema que exclui e violenta esses grupos. Isso recai na construção de hierarquias sociais, em que um grupo adquire poder sobre o outro por deter acesso os direitos que outros não têm – e que assim se tornam privilégios. Essa opressão faz uso de estigmas que desumanizam o grupo com base na palavra de autoridades que tentam justificar essas agressões. É opressão, por exemplo, não permitir que uma mulher realize aborto em vista de uma gravidez indesejada, mas não prever nenhuma punição ao homem que escolhe abandonar esse filho antes mesmo de nascer.

Dito isso, precisamos estabelecer que o conceito de gordofobia presente no senso comum realmente não preenche os “requisitos” para se tornar uma opressão, pois ela é diariamente confundida com pressão estética. Explicando: Pressão estética é a imposição social que exige das mulheres perfeição física. Ela atua no campo individual, causa sofrimento psicológico e não pode ser mensurada.

Gordofobia não tem nada a ver com pressão estética, pois é uma violência que atinge um GRUPO de pessoas e lida com restrição de direitos básicos, e não com sofrimento pessoal. Ela atinge TODAS as pessoas gordas – mesmo que se achem lindas, mesmo que não sofram por serem gordas, mesmo que nem saibam o que essa palavra significa.

 

gordofobia existe

Por que, então, gordofobia é uma opressão? Porque ela retira das pessoas o direito ao atendimento médico no SUS, a uma disputa justa por vagas de emprego, ao uso dos transportes públicos e privados, à permanência em centenas de locais de convívio social.

A opressão dos corpos gordos na saúde fica clara quando os assentos, macas, leitos, cadeiras de rodas e equipamentos dos hospitais possuem limites de peso insuficientes. Quando uma pessoa gorda é negligenciada por seus médicos, tendo em vista apenas seu peso e as doenças que não tem, e por isso não recebe acompanhamento e tratamento adequados. Quando remédios emagrecedores e cirurgias eletivas são prescritos diariamente, apesar de todos os seus absurdos efeitos colaterais, porque ser magro “vale o sacrifício”.

 

 

gordofobia existe

Também são oprimidos os corpos gordos quando sete em cada dez empresários brasileiros os discriminam em seleções de emprego, mesmo que isso seja inconstitucional. Quando precisam “compensar” sua forma com currículos extensos, porque o setor popular que mais emprega no Brasil é o que menos contrata pessoas gordas. Quando vencem a tal “meritocracia” e passam em concursos públicos, mas tem suas vagas ameaçadas por testes de aptidão que utilizam uma medida de saúde obsoleta.

Quando se trata do direito de ir, vir e permanecer, também vemos opressão aos corpos gordos. Fazem dos assentos grandes inimigos, pois ônibus, trens, aviões, salas de aula, salas de cinema, bares, restaurantes fazem questão de não comportar corpos maiores. Se precisarem utilizar o transporte público, são humilhados por catracas que entalam e geram hematomas. As pessoas em cadeiras de rodas entendem – os banheiros e portas do dia a dia não foram feitos para comportarem corpos diferentes. Enquanto pessoas de manequim 44 sentem dificuldade em escolher uma peça de roupa diante de tantas opções, aquelas que vestem 60 contam nos dedos as lojas em que conseguem achar peças que sirvam.

 

Digo com extrema sinceridade que gostaria muito que meu problema fosse apenas beleza. Gostaria muito que, ao sair de casa de manhã, a qualidade do meu look fosse a maior preocupação na minha cabeça, mas infelizmente não é. Eu estou preocupada com o preparo psicológico para a negligência médica que vou sofrer semana que vem, com as dores de assistir uma aula sentada em uma cadeira que não me cabe, com o trabalho extra que vou ter para provar ao meu chefe que não sou preguiçosa e desleixada como ele espera que eu seja, com a minha bolsa que ficará no corredor do banheiro público pois não cabe junto comigo dentro do box.

Beleza e autoestima poderiam ser os maiores problemas que pessoas gordas enfrentam, mas não são. A patologização é. A estigmatização é. A retirada dos direitos de ir, vir e permanecer; de atendimento médico decente; de possibilidade de sustento financeiro; a retirada do direito ao respeito é o nosso problema.

E não é só isso: A patologização e estigmatização dos nossos corpos é diária e ferrenha, justificada por autoridades fraudulentas, e esse assunto é longo demais para ser conversado em apenas um post – por isso eu fiz um vídeo. Eu e a Carine Martins rebatemos algumas pessoas que não acreditam na existência da gordofobia e provamos que ela existe, e precisa ser combatida.