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Tag: gordofobia

23.04.15

#EmpowerALLBodies este deve ser o nosso alvo!

Faz uns dias contei neste post aqui, para vocês sobre a campanha da Lane Bryant com diversidade de corpos em resposta a uma campanha que se referia a um determinado tipo como sendo o perfeito. Embora eu ameeee ver diversidade de corpos em campanhas e tenha aplaudido as fotos, eu senti falta e até comentei que faltava corpos maiores, mas mesmo assim eu achei válido comemorar a beleza da campanhas. Baker uma militante da autoestima em todos os tamanhos criou então o que podemos chamar #IamNoAngel – Empoderador, que é uma versão do primeiro melhorada hahaha, que contempla corpos esquecidos até pelo mercado plus size para a representatividade.

#EmpowerAllBodies (1)

A matéria original sobre o #EmpowerAllBodies vocês encontram aqui em inglês, mas contei com a ajuda da Letícia, para traduzir os motivos que levaram Baker a realizar este ensaio e alguns pontos eu ressalto para vocês abaixo dessas fotos divinamente lindas. *_*

 

#EmpowerAllBodies (2) #EmpowerAllBodies (3) #EmpowerAllBodies (1) #EmpowerAllBodies (4) #EmpowerAllBodies (5) #EmpowerAllBodies (6)

 

“Na minha opinião, eu questiono como que aprovar essas imagens pode ser para “todas as mulhres”. #ImNoAngel mostra apenas UMA forma que define a mulher plus size sexy; aquela corpo é a uma forma tradicional de ampulheta: um corpo com a cintura sendo consideravelmente menor do que o qualdril e o busto. Isso é quase sempre (e é, nesse caso) acompanhado por uma barriga lisa/chapada. Essa forma é onipresente na modelagem plus size e de alguns dizem que aparecer um tipo de corpo não é problema (apesar de tudo, pelo menos sendo plus size e estando pra jogo/podendo transar/F train, né?), mas eu discordo e gostaria de compartilhar com vocês um pouco sobre a diversidade e porque isso é mais importante do que você pensa.

Quando nós, como sociedade, falhamos em incluir diversos corpos em nossa mídia, a mensagem chega clara para os excluídos: você não tem mérito para ocupar esse espaço. É uma mensagem muito poderosa que se acomoda/instala no meio de quem não foi representado. #ImNoAngel tenta, aparentemente, transmitir empoderamento para as mulheres plus size, mas ao invés disso, continua perpetuando exatamente a mesma mensagem. Desta vez, porém, adicionando especialmente para os corpos não retratados: não só indigno de tomar espaço, mas também não é bem-vinda ao se sentir sexy.

Tendo em vista que a maioria das suas clientes não se sintam representadas em #ImNoAngel (e as mulhres plu size em geral), esta campanha parece ter tido um empoderamento “tiro pela culatra”.

Quando uma pessoa é constantemente bombardeada por imagens de um corpo “ideal” (sendo ele plus size ou não) causa danos em sua psique.
A exposição contínua treina eles mentalmente para acreditar que apenas UM corpo é digno e esse condicionamento social infeliz é um dos maiores contribuintes para a baixa auto-estima, dismorfia corporal, transtornos alimentares, outras questões relacionadas com a grave imagem corporal – todas as que afetam a vida diária. Diversidade visível é uma solução para estes problemas, e pedir por isso não é nada egoísta. É absolutamente necessário.

Eu gostaria de enfatizar também que as imagens de exclusão causa mais do que sofrimento pessoal. Também causa reações negativas de outras pessoas que podem se transformar em assédio, byllying e ódio em geral. Porque não temos dado um conjunto positivo de princípios para processar corpo plus size “alternativo” quando se é apresentado modelos de formas variadas se sentindo sexy e coisa e tal o publico é quase sempre negativa. Sem dúvida este post vai receber boa parte de observações horríveis essa reação está diretamente ligada ao fato de que fomos condicionados a acreditar que apenas um tipo de corpo merece ser vista como sexy. Qualquer um que quebrar essa regra é reconhecido/tratado com hostilidade.

Esta reação pode eventualmente desaparecer se empresas como a Lane Bryant saísse de sua zona de conforto e fizer algo radical como: incorporar a diversidade corporal.”

#EmpowerAllBodies (1)

 

Quando abri a matéria eu só pensei: Baker lacrandooo!

E sim a gata mais uma vez arrasou, foi e fez uma versão fantástica das fotos permitindo um empoderamento muito mais amplo.
Espero que os blogs plus size e sites brasileiros forneçam o mesmo destaque para essas fotos, não quero ser exceção de ter achado as outras lindas e essas lindas também.

Contem-nos aqui nos comentários o que vocês acharam das fotos e da campanha #EmpowerALLBodies. a opinião de vocês é sempre super bem vinda.

15.04.15

Gorda e Linda!? – GorDivah No Ar

Quem costuma acompanhar minhas postagens aqui no BST  já deve ter percebido que sou body positive e procuro sempre manter uma relação próxima com meus leitores. Adoro conversar com pessoas diferentes e aprendo muito com minhas leitoras e curtidoras. E devido à essa proximidade eu recebo desabafos, relatos, depoimentos, perguntas das pessoas que costumam me acompanhar. E esse trabalho com o vlog tem por objetivo me aproximar mais ainda de vocês, como se estivéssemos num bate papo ao vivo, numa cafeteria, trocando ideias. Acho que esse contato ainda que virtual, ao mostrar um rosto, uma voz, pode facilitar muitos a refletirem melhor sobre o preconceito que possuem em relação a si mesmos desde que se entendem por gente.

Fico super feliz toda vez que vejo um comentário nas páginas informando que a pessoa começou a pensar diferente depois de ver os vídeos, passou a se enxergar de outro modo. Eu realmente faço esse trabalho por amor e com muito carinho e dedicação porque sei o que é sofrer preconceito, ter depressão, desenvolver transtornos alimentares por causa da cobrança das pessoas à minha volta, dentre outras coisas. Eu não tinha condições financeiras para fazer terapia ou ir ao psicólogo e superar tudo isso na época em que era esmagada por aquele festival de gordofobia e não tinha ninguém que me entendesse ou me ajudasse a enxergar minha beleza. Por isso eu tenho muita empatia por pessoas que enfrentam diariamente o preconceito e nem sempre conseguem segurar a onda. Não penso que nós é que temos a obrigação de sermos fortes, eu penso que nós independente de sermos fortes ou não devemos nos apoiar, ajudar  e não subestimar a luta interna dos outros. Acredito que precisamos ser mais tolerantes, empáticos e nos unir na luta contra o preconceito e não engoli-lo e aceitá-lo como algo inerente a todo ser humano.

Se você não se abate com a gordofobia, ótimo! Mas não pense que todos são ou deveriam ser como você. Não menospreze a batalha interna dos outros, nem todos tem estrutura psicológica para suportar a gordofobia. Não julgue, apoie o movimento contra o preconceito, sendo tolerante com aqueles que infelizmente não o superaram ainda, como você!

 

Beijos Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

12.04.15

Mercado Plus Size e sua Gordofobia!

Vivemos em um mundo onde esbarramos sempre na gordofobia, nem sempre em ofensas diretas, muitas vezes em dicas de como mudar seu corpo ou simplesmente por ter de fazer uma longa viagem sem caber direito na cadeira. Tudo isso é gordofobia, é o mundo nos lembrando que não é apropriado para o nosso corpo ou pior que é preciso nos adaptarmos para “caber “nele.

Mercado Plus Size e sua Gordofobia

O mercado plus size no Brasil surgiu por volta de 2008, e ao contrário do que tínhamos antes que era representado pelas fat models, o plus size já chegou impondo limites nas medidas.

Eu acompanhei todo este processo e por sempre acreditar que a Beleza é Sem Tamanho, me chocava quando delimitavam os castings em tantos kgs ou centímetros. Eu nunca me conformei com essa situação, sempre uso o blog ou minhas redes sociais para dar destaque a ações de valorização da mulher de manequim maior, pois sei que a cada dia está mais raro.

Hoje acordei e tinha inbox de uma amiga, ela me avisava sobre um post da Aline Zattar, que linko abaixo para vocês.

Saco cheio! De saco cheio mesmo… Chateada… Algumas diversas empresas tem feito orçamento comigo… Vem falar isso…

Posted by Aline Zattar on Sábado, 11 de abril de 2015

 

 

É surreal que um mercado que se alimenta de mulheres gordas, nos negue representatividade mesmo que parcial. A Aline é linda e mesmo totalmente sem barriga ainda é uma das poucos modelos da atualidade que são roliças. Mas como ela relata no seu facebook, já existe marcas querendo que ela modifique seu corpo com procedimentos cirúrgicos para ficar “menor”. Não é inacreditável?
Já excluíram pessoas com barriga, agora querem que venham de pernas finas … Sério! Eu não consigo entender a lógica disso.
Sabemos o quanto a representatividade ajuda na autoestima das mulheres e o quanto mulheres com autoestima legal acabam consumindo mais moda.
Então por qual motivo o Mercado Plus Size prefere ser mais para agir com Gordofobia e nos excluir? Isso é além de preconceituoso uma falta de estratégia de conseguir ver o que as consumidoras realmente querem.
Enquanto isso eu vou sonhando aqui com o dia que toda empresa plus size, não tenha vergonha de ter uma gorda em suas fotos, e tenha sim orgulho de ter uma modelo que se parece com suas clientes.
Para o Mercado Plus Size eu desejo: Dias melhores e dias sem Gordofobia onde ela jamais poderia existir. <3

07.11.14

Preconceito Contra Fãs de Gordinhas – GorDivah No Ar 04

Fãs de gordinhas também sofrem muito preconceito sabiam? E no vídeo de hoje eu falo um pouco sobre isto e comento alguns relatos que me enviaram. Simplesmente imperdível! Riso certo! E reflexão garantida!

 

Se inscreva no meu canal GorDivah No Ar

 

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Beijos Queen Size,

 

 

24.11.11

Ashley Madison promove a Gordofobia!

A modelo GG Juicy Jackie dos EUA se surpreendeu em ver a sua foto em uma propaganda no “New York Metro”, infelizmente se tratou de uma surpresa totalmente negativa.
A propaganda em questão era do site Ashley Madison que foi criado em 2001, focado naqueles que já têm um relacionamento, e conta com 10 milhões de membros.

 

Ashley Madison

 

Como podem perceber usam uma mulher gorda e uma magra se vestindo de forma bem parecida, com a idéia de que não se deve ficar com a gorda.
Indicando aos homens que tem em sua casa uma mulher gorda, é um motivo para ser membro do site e buscas uma mulher magra para ser sua amante.
É triste ver essa associação em uma propaganda, pior ainda é saber que essa marmota foi feita sem a autorização do direito de imagem da modelo, tiveram a audácia de usar uma imagem ilegalmente de uma pessoa para denegrir seu próprio corpo e atacar diretamente todas as mulheres gordas [que não são poucas] que passam diariamente no “New York Metro”.
A modelo que é muito bem resolvida com seu corpo deu uma declaração onde mostrou toda a sua indignação.
“Fiquei arrasada que a minha imagem tenha sido usada para duas coisas contra as quais me posiciono veementemente: traição e vergonha do corpo.
Acho pavorosa a idéia de que haja um negócio baseado apenas na facilitação da infidelidade. Sugerir que o fato de a sua parceira não se enquadrar no conceito de corpo ideal é motivo para trair é repugnante”, lamentou a modelo.
Assim como a Juicy, acredito que a beleza não tem um só padrão ou tamanho, e que o que mantêm um casamento e um amor não se mede em medidas corporais. Acredito ainda que a traição seja falta de comprometimento consigo mesmo em assumir suas reais vontades.
Detestei a propaganda por si só, ela desmerece a minha imagem e a de grande parte da população mundial. 
Abominei que tenha sido usada a foto de uma mulher que trabalha com sua imagem, sem sua autorização e ainda para denegrir a mesma.
Espero confiante que os infratores paguem por isso, e espero ainda que os GORDOS e GORDAS que são cadastrados nesse site, tenham o discernimento em enxergar que além de ser um site que promove algo “errado” são também propagadores do preconceito contra os seus corpos e que não merecem o dinheiro e credibilidade de ninguém muito menos de quem convive com o preconceito em seu dia a dia por ser considerado assustador por conta de propagandas como essa.
 
Até quando vamos nos calar e aceitar essa Hipocrisia sobre os nossos corpos?
 
Quando se depararem com propagandas preconceituosas não se calem, vamos mostrar que não gostamos de ver um semelhante nosso ser usado para denegrir a nossa imagem corporal.