fbpx

Tag: entrevista

20.06.17

Anete Lage – Belezoca Cosméticos

Hoje na nossa tag #EmpreendedorasGordas  trago para o blog um pouquinho da história da Anete Lage, que é a responsável pela Belezoca Cosméticos, confiram abaixo no nosso papo como tudo aconteceu para ela em relação ao seu empreendimento.

 

A Belezoca Cosméticos é o seu trabalho oficial? 
Não, eu sou também enfermeira.

Em que você trabalhava (ou trabalha) antes de empreender? Já sentiu dificuldades para conseguir emprego por ser gorda?
Eu já era enfermeira e continuo na mesma profissão, não tive problemas no mercado de trabalho em relação ao meu peso.

Como foi seu processo de criação da Belezoca? Você começou vendendo por catálogos, ou desde início já focou em eventos? Do momento que decidiu montar a marca até o lançamento foi quanto tempo?
Fui em um congresso em São Paulo da minha área (enfermagem), lá me apaixonei por um contratipo de um perfume que eu e marido amamos e acabei me tornando representante da marca, isso já faz 20 anos. Essa marca desapareceu do Rio, mas vieram outras até que encontrei Eudora., ou melhor Eudora me encontrou rsrsrs. Recomecei com Eudora somente e daí vieram os eventos, já tem 2 anos que fazemos eventos e fomos juntando outras marcas por necessidade do próprio publico que vinha pedindo. Vimos então a necessidade de criar uma empresa que pudesse unir todas essas marcas com um objetivo só, foi assim que  nasceu a Belezoca Cosméticos.

Você se importa em contar para a gente o investimento inicial? 
Eu já vinha caminhando, mas quando veio a Belezoca Cosméticos investi mais ou menos 3 mil reais para deixar tudo legalizado.

Hoje além de você quantas pessoas estão envolvidas na marca diretamente?
Então a Belezoca é uma empresa familiar, sou eu Anete, minha filha Sylvia e meu marido Ronaldo.

Na esquerda a Sylvia que é o braço direito (e filha) da Anete. 

Quanto tempo tem a Belezoca? Hoje já é possível tirar seu salário diretamente dela?
A empresa tem 1 ano e alguns meses , não tiramos salário da empresa ainda, o que temos de lucro procuramos sempre investir na própria marca para estar sempre com novidades para os clientes.

Nessa trajetória de empreendedora, acredito que tenha desafios e vitórias, contem-nos quais foram os maiores?
Ainda temos muitos desafios, nos eventos por exemplo, as pessoas vão voltadas para encontrar roupas, comidas etc.. não esperam encontrar Makes, é um trabalho de formiguinha. Temos sempre que criar ações para o cliente “olhar” para a Belezoca também.
Vitória, com certeza é ter um empreendimento nosso, e ver que podemos ter retorno, vários clientes satisfeitos com as Belezocas rsrsrs.


Sabe aquele conselho você daria para uma amiga que vai empreender? Você pode deixar aqui para quem segue o blog?
Deixo um conselho que foi muito útil para nós: fique feliz com o que faz em primeiro lugar, escolha o que você gosta de fazer. Depois ponha amor , se doe e confie. Você consegue.
Deixo também uma dica financeira é muito importante: separe o que recebe do seu trabalho diário do da empresa, no início é difícil, mas depois você vai conseguindo ter tudo separado. Isso é primordial para o sucesso!

 

Adorei conhecer um pouco mais da Belezoca Cosméticos e também da Anete, o ramo de cosméticos é imenso e super acessível começar como revendedora, que o exemplo dela possa motivar outras pessoas a correrem atrás dos seus sonhos e empreendimentos, sejam eles quais forem.

 

05.06.17

Juliana Jacques – Beauty In Curves

É com grande felicidade que inicio os posts sobre mulheres gordas empreendedoras, para iniciar essa série de posts (que pretendo que seja infinita) eu fiz uma entrevista com a Juliana Jacques da marca Beauty in Curves e convido vocês a conferirem agora tudinho que ela me contou.

Em qual setor você trabalhava antes de empreender?
Trabalhava em uma multinacional de Tecnologia como analista de licitação. Fiquei lá por 5 anos atuando em elaboração de propostas para licitações de governo e prefeituras. Foi um período maravilhoso que aprendi muito, mas também ficou claro a segregação que ocorre com pessoas gordas em empresas. Ouvia todo tipo de porcaria que falam para gente gorda e o pior, o fato de eu me aceitar era um problema maior. Eu fiquei tão de saco cheio que procurei uma endocrinologista e fiz uma reeducação alimentar e perdi 25kg (continuei gorda, só que menos gorda) e o tratamento das pessoas comigo foi outro.

Você já sentiu dificuldades de conseguir um emprego por ser gorda?
Sim. As pessoas não querem empregar gordos, por conta de preconceito mesmo. Teve uma ocasião que fiz uma entrevista para voltar para uma empresa que trabalhei no passado. No dia da entrevista presencial, foi posto um manual de usuário de sistema em cima da mesa para que olhássemos e fizéssemos um teste. O manual tinha meu nome como autora e eu sorri e disse: “Eu criei esse manual”. Ela riu, não fiz o teste e disse que entrava em contato. A questão foi: Quando saí dessa empresa, eu engordei bastante. Meu corpo ficou maior, nada além mudou. Eu saí da empresa porque tinha um chefe que me assediava moralmente, dentre outros problemas. Essa vaga era para uma outra equipe e eu saí da entrevista certa da minha contratação. Soube por uma pessoa de lá que a entrevistadora ficou abismada em como eu havia engordado e não ia me chamar porque todo gordo é feio e preguiçoso. Não me afetou como mulher, não mexeu com a minha autoestima, mas eu, se pudesse, teria socado a cara dela, de raiva, por ela ser uma imbecil preconceituosa.

Como foi seu processo de criação da Beauty? Do momento que você decidiu montar a marca até o lançamento foi quanto tempo?
A Beauty in Curves é meu sonho de adolescente. Tinha 16 anos, ia prestar vestibular e queria fazer moda, para levar meu sonho adiante. Eu já aloprava com as roupas, mandava fazer minhas ideias, customizava tudo. Meu estilo gótica suave causava, rsrsrs. Porém, eu não trabalhava e meu pai deixou claro que não pagaria faculdade de moda, pois não dava dinheiro. Fiz comunicação social, nunca terminei. Segui a vida criando minhas roupas, comprava apenas o básico: Legging, jeans, t-shirts e tops de malha, o resto, eu perturbava a Vanilda e mais tarde a Vani, para costurarem para mim. Quando saí do último emprego, em julho de 2016, estava decidida. Queria fazer algo que mudasse minha vida e a de outras pessoas e jamais acharia isso no corporativismo. Comecei um curso de modelagem com a Modelista Simone Castilhos pouco antes de sair da empresa e algumas semanas depois contei para ela o que queria. Nos tornamos sócias e lançamos a Beauty in Curves by Simone Castilhos no Hashtag Bazar de setembro de 2016.

Foi muito rápido e maravilhoso ver a resposta das pessoas. Infelizmente, por diferenças irreconciliáveis, a sociedade chegou ao fim no mês seguinte e eu segui sozinha com a Beauty in Curves (a criação da marca foi um trabalho meu com o designer Jaime Soutilho da Agência OH YEAH! antes do início da sociedade), praticamente recomeçando, lidando com uma crise de identidade da marca nas produções seguintes e reinvestindo praticamente tudo de novo. No fim deu tudo certo e estou muito feliz em como a Beauty in Curves se encontra atualmente.

Os looks da Beauty In Curves são a cara da Juliana, ela é também modelo da sua marca.

Qual foi seu investimento inicial? Além de você, quantas pessoas estão envolvidas com a marca?
O investimento inicial foi de aproximadamente 10 mil reais. Meu sócio, uma fábrica terceirizada com aproximadamente 8 pessoas que cuidam de todo o processo produtivo e mais algumas pessoas que cuidam da minha assistência, atendimento ao cliente e jurídico.

Mas vez ou outra as migas também participam modelando para as fotos. 

A marca ainda é novinha, você já consegue tirar o seu “salário” dela?
Ainda não, mas está dentro do meu período planejado para isso.

Conta para a gente qual foi sua maior vitória e seu maior desafio nesse caminho de empreendedora gorda?
A maior vitória foi conseguir, de alguma forma, mudar a vida de algumas pessoas. Eu recebo feedbacks de clientes me agradecendo pelas roupas que ofereço, pois elas não enxergavam o quão bonitas, curvilíneas e fashionistas poderiam ficar vestindo uma roupa. Eu faço questão de conversar com elas, saber o que acham, dar dicas e deixar claro que a Beauty in Curves é um trabalho de uma mulher gorda para mulheres gordas, enfim, é uma troca maravilhosa e isso é a maior vitória que eu tive e me emociona demais. O maior desafio, chega a ser engraçado, é vencer minha timidez a cada interação dessas que citei. Eu sou extremamente tímida, daquelas que o rosto queima só de dar um oi. A cada dia fico mais desenvolta então até nisso todo esse processo é benéfico.

A Ju e sua marca estão sempre presente no Hashtag Bazar e também no Pop Plus. 

Sabe aquele conselho você daria para uma amiga que vai empreender? Você pode deixar aqui para quem segue o blog?
Eu tive sorte em ter um sonho que vai de encontro a um nicho de mercado que está em crescimento mesmo com a atual crise. Meu maior conselho é: Estude. Conheça seu público alvo, avalie se o negócio que você quer construir é o que o seu cliente quer consumir. A palavra final é sempre do cliente e nunca devemos fechar nossos ouvidos para ela.

Escolhi começar essa série de posts com a Juliana por um motivo bem especial, a Ju conheceu o blog bem no comecinho (2009/2010)  e  acredita que o blog influenciou diretamente no seu processo de aceitação (quando ela me contou eu dei uma derretida básica haha). Hoje eu tenho certeza que a Beauty In Curves também está ajudando muitas mulheres a resgatarem o amor próprio, e eu fico imensamente feliz de poder acompanhar tudo de pertinho.

Torço para que vocês curtam esse bate papo, se tiverem sugestões para essa nova coluna, é só indicar nos comentários. *_*

 

03.05.17

Entrevista de Peso: Marco Magoga

Faz tempo que quero fazer posts com entrevistas aqui no blog, mas sempre algo me atrapalhava e eu ia deixando para depois. Com o apoio de um amigo, eu consigo, hoje, lançar uma nova tag no blog, que é a #EntrevistadePeso, onde entrevistaremos pessoas gordas que andam fazendo a diferença com suas ações e que merecem ser vistas.

Para começarmos em grande estilo, hoje vocês vão conhecer quem é o Marco Magoga, que é um cara bem engajado na causa gorda e tem muito a acrescentar quando o assunto é Gordofobia.

 

1- Marco o que levou você a ser um militante contra a gordofobia?

Acho que o maior motivo que leva qualquer pessoa a militar contra gordofobia é… a própria gordofobia. Eu sempre fui gordo, mas nem sempre tive clareza de como sofria com a opressão gordofóbica diariamente. Como qualquer outra pessoa gorda criada nessa sociedade que naturaliza o corpo gordo como errado, eu acreditava que qualquer coisa ruim que acontecia comigo exclusivamente por causa do meu corpo (não caber/quebrar cadeiras, não achar roupas, levar bronca de médicos mesmo com resultados bons de exames físicos, piadinhas, entre tantas outras coisas) eram minha culpa.
Eu também tive uma formação cristã protestante muito forte. E o discurso de boa parte das igrejas cristãs na atualidade naturaliza ao extremo a gordofobia. Então acho que isso foi um fator para que eu aceitasse passivamente a ideia de que era meu corpo que estava errado, e não as estruturas de poder da sociedade. Até que no final da adolescência eu comecei a ler outras coisas, buscar outras fontes de conhecimento e ouvir pessoas que não faziam parte do meu cotidiano. Comecei a ler sobre feminismo, sobre movimento negro, sobre resistência lgbt, e minha mente e visão de mundo começou a se expandir muito. Comecei então a ter contato com o discurso de body positivity, e um belo dia eu descobri um blog que mudou minha vida: o www.gordaesapatao.com.br. Eu acho que a gente da militância tem que aprender a ser grato por quem nos formou e abriu caminho pra que a gente pudesse estar aqui hoje, e por isso nunca perco uma oportunidade de agradecer à Jész Ipólito por ter me ensinado tanto e ter aberto minha mente para o que era gordofobia. Acredito que o Marco militante nasceu ali, lendo aqueles textos (e tantos outros depois).
Demorou um pouco até que eu tivesse segurança pra escrever sobre o assunto, entretanto. Comecei no A Coisa Toda como colunista de moda, até que o Dudx Araújo percebeu o potencial dos meus textos que falavam sobre vivências gordas e me convidou pra ter uma coluna sobre o assunto. E aí O Grande Close nasceu e tem sido minha maneira de retribuir tudo o que eu recebi de conhecimentos através da militância online.

 

2- O que significa ser uma pessoa gorda em nossa atual sociedade?

Ser gordo atualmente significa duas coisas: que você é doente e que você é culpado por isso. É por isso que além de sofremos com a falta de acessibilidade (que vai desde não encontrar roupas que nos sirvam até não ter acesso a um aparelho público ou a um equipamento de saúde), não há uma preocupação genuína (nem do poder público e nem da iniciativa privada) em prover essa acessibidade.
Há uma preocupação (que ainda precisa ser maior, inclusive) em criar espaços que atendam pessoas cadeirantes, por exemplo, mas o mesmo quase nunca acontece com uma pessoa gorda. E por quê? Porque se parte do pressuposto que a “culpa” de ser gordo é sua, então se você quer o acesso pleno a um produto ou serviço é SUA RESPONSABILIDADE emagrecer. Isso é um processo muito cruel porque além de oprimidas pessoas gordas são responsabilizadas pela própria opressão que sofrem. E é algo estrutural, ou seja, não nasce apenas de ações individuais (piadas, casos de preconceito, falha de design), mas é todo um sistema que autoriza que essa opressão seja naturalizada e se perpetue.

 

3- Quais seriam as principais pilares da gordofobia?

A meu ver, o primeiro é o discurso biomédico, que avalia o corpo gordo como doente e coloca a tal da “obesidade” como causa de muitas outras doenças. Perceba que a “doença obesidade” (que tem um número próprio na Classificação Internacional de Doenças) tem como sintomas somente… ser gordo. Sempre que se fala dos malefícios de ser gordo há sempre um discurso do “vir a ser”: a POSSIBILIDADE maior de enfarto, a POSSIBILIDADE de desenvolver diabetes, sempre a POSSIBILIDADE. E nisso constrói-se a ideia de que o corpo gordo é sempre doente e que o corpo não gordo é sempre saudável, o que não é verdade. Muitas pessoas gordas sofrem de negligência médica simplesmente porque o médico atribui qualquer sintoma ao “excesso de peso”, e isso impede muitas vezes que a saúde seja tratada como deve, como algo multifatorial, e seja erroneamente associada somente ao biotipo.
O segundo pilar é a mídia. A mídia é a responsável por difundir os conceitos do setor biomédico para a população de maneira mais diluída possível, e o faz de duas formas: através do medo e da espetacularização. Na categoria medo temos programas “científicos” como o Bem Estar e as matérias de jornal que reafirmam o quão perigoso é ser gordo. Já a espetacularização são os realities de perda de peso, as piadas, os personagens caricatos, os estereótipos de gordo comilão e desajustado… Isso sedimenta desde cedo na cabeça das pessoas que o corpo gordo é doente e motivo de riso. Aliado à divulgação de padrões de beleza cada vez mais irreais, essa demonização do gordo cumpre o papel social de fortalecer o sistema gordofóbico.
O terceiro pilar é o resultado dos dois primeiros. O senso comum. Essa ciência “torta” diluída pela mídia, que também constrói imagens estereotipadas de pessoas gordas faz com que conceitos negativos sobre pessoas gordas se tornem verdades “absolutas”. Isso justifica a gordofobia familiar revestida de “cuidado”, os programas de emagrecimento malucos, o grande número de pessoas que se submete a cirurgias bariátricas (uma cirurgia de alto risco) somente porque introjetou que é tão terrível ser gordo que qualquer sacrifício é válido.

4- E qual seria a melhor forma de combate-la?

Não há respostas fáceis a essa questão, mas a principal delas é: despatologizando o corpo gordo. Ser gordo não é sinônimo de ser doente assim como ser magro não é sinônimo de ser saudável. E sabemos que não foi sempre assim. Houve um tempo em que pessoas gordas é que eram sinônimo de saúde. Em tempos antigos, onde havia escassez de alimento, ser gordo era considerado fartura. Veja só, nosso corpo nem sempre foi considerado doente, mas sempre houve uma associação com alimentação que não cabe. Nem todo gordo come demais ou de menos, e essa noção do “gordo comilão” ajuda e muito no aumento de casos de distúrbios alimentares.
Mas enfim, a primeira noção que precisamos ter em mente é que saúde é multifatorial: o que leva cada um a ser considerável saudável ou não é um estudo a ser feito caso a caso. Não há peso ideal (então não há sentido na expressão “acima do peso”), não há dieta única que sirva pra todo mundo, não há programa de exercícios que seja apropriado pra qualquer um, e, mais importante, meu biotipo – ou a forma como as pessoas percebem meu corpo – não tem nada a ver com meu estado de saúde ou com características de personalidade. O fato de eu ser gordo ou magro é só mais uma característica pessoal, não um valor moral nem tampouco um atestado de saúde.
A conscientização das pessoas através de militâncias e debates é muito importante também, mas para pessoas gordas o mais interessante é sair IMEDIATAMENTE de todos os círculos tóxicos possíveis. Nem sempre isso é possível, mas se afaste o quanto puder de pessoas que te acham doente e menos digno de qualquer coisa só por ser gordo. E se cerque de pessoas gordas, nem que seja virtualmente, porque ninguém precisa estar sozinho. Eu não tenho palavras pra descrever o quanto amigos gordos – presenciais e virtuais – me ajudaram e ajudam a ser uma pessoa melhor.
O fim real da gordofobia será no momento em que os manuais médicos, a legislação e a mídia mudarem seus discursos sobre pessoas gordas. É algo que não vejo acontecendo a curto prazo, porque precisamos que mais pessoas gordas sejam aliadas nessa causa. Então, leiam! Há blogs e pessoas incríveis pra se inspirar. Leiam o Beleza sem Tamanho, leiam os textos da Rachel Patrício, da Bee Reis, da Jessica Ipólito, da Cida Neves, o Grande Close no A Coisa Toda… ah, são vários! Se não vamos conseguir vencer a gordofobia nessa geração, podemos sim viver melhor e preparar o mundo pras próximas gerações que estão vindo.

Para ler os textos do Marco focados na luta anti gordofobia, é só clicar aqui, e para acompanhar os pensamentos/devaneios dele é só seguir no twitter @marcoaurelioooo.

Traremos muita gente gorda e relevante (de peso nos dois sentidos) para essa sessão do blog, podem aguardar os próximos posts e principalmente indicar pessoas que vocês queiram ver por aqui. ❤

04.04.17

Empreendedoras Gordas

Nós, que somos gordas (os), sabemos claramente que, infelizmente, o mercado de trabalho ainda é super preconceituoso com os nossos corpos, muitas vezes, a saída para se manter trabalhando sendo gorda ou gordo é empreender.

Mas empreender não é só sucesso e nem é só para ricos, é um caminho delicado e cheio de obstáculos, que quem escolhe, precisa ter muito foco para as coisas acontecerem. Com tanta dificuldade, entendo que as Empreendedoras Gordas que brilham com seu trabalho precisam ser muito mais valorizadas e reconhecidas.

Por saber que quando se é mulher e gorda as coisas são mais difíceis, é que vou iniciar aqui no blog uma nova tag onde vou “entrevistar” várias mulheres gordas que estão gerindo seus empreendimentos.
Com os posts de cada uma delas (penso em fazer 3 por mês), tenho como objetivo que todos que acompanham o blog, possam conhecer histórias de mulheres inspiradoras e um pouquinho dos empreendimentos delas. Uma mulher empoderada é capaz de tudo que ela quiser, e quero que todas nós possamos nos inspirar em outras mulheres tão parecidas com a gente.

Acredito e torço para que a história dessas mulheres inspirem muitas outras… Eu não acho que todo mundo necessite EMPREENDER para ter sucesso, mas não há como negar que essa possa ser uma boa opção. Também não dá para acharmos que é possível abrirmos uma empresa e ficarmos logo rycas, mas é possível sim, com pouco dinheiro, iniciar um negócio e em pouco tempo (e muito esforço) se estabilizar no mercado.

Eu já tenho em mente alguns nomes que convidarei para participar destes posts, mas quero mais dicas aqui nos comentários de mulheres gordas que estão empreendendo em qualquer que seja a área.

Vamos juntas valorizar essas mulheres e ajudar outras a se motivarem? Conto com vocês. *_*