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04.02.11

O tamanho da minha felicidade

Admito! Sim, sou gorda. E daí? Mas muito mais feliz que muitas magrinhas por aí.


Mas… amigas, nem sempre foi assim. Já sofri demais nesta vida.


Há um tempo atrás, mal admitia me olhar no espelho se estivesse com o IMC que denunciasse um mísero sobre-peso . Sim! Era extremamente neurótica. Vivia enfiada em fórmulas milagrosas, cada vez mais fortes, cheguei até a comprar uma clandestina, que eu mesma aumentava as doses. Pensem, uma pedagoga aumentando doses de Anfepramona, Diazepan, meu Deus! A que desespero cheguei.


Acreditem! Fiz uma cirurgia plástica com dez horas de duração, fiquei quase perfeita. É, quase,pois não saíam as idéias enroladas na minha cabeça, que não conseguiam conciliar 62 quilos e uma cintura 67. 
Sim! Enlouquecia à medida que murchava, e esta relação corpo x loucura perdurou ainda por 2 anos.


Anos difíceis, uma vez que era dificílimo harmonizar minha mente com um corpo que não me pertencia. 

Hoje fico pensando nas pessoas que fazem redução de estômago. Devem pirar de vez.


Só fui desenrolando as idéias à proporção que voltava ao meu familiar corpo robusto, pois penso que elas precisavam de espaço para fluírem com mais lucidez .


Depois disso, comecei a entender que corpo e mente devem caminhar no mesmo passo, terem a mesma sintonia.


O melhor de tudo foi que me aceitando e convivendo com a minha realidade passei a viver de uma forma mais ligth. Sim! Sinto-me mais leve e vejo as cores da minha forma, não da forma imposta por um medíocre padrão de beleza, mas aos poucos estou descobrindo que a beleza vai muito além de medidas e IMCs.



Por: Larissa Cançado

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