Vocês assistiram ao Globo Repórter na última sexta? A pauta era Bullying e o povo de casa me indicou assistir, mas eu realmente não largo o PC pela TV, mas para minha surpresa uma das entrevistadas era uma fofa do meu face e eu nem sabia. Quando assisti ao vídeo aqui, achei surpreendente ver uma pessoa “comum” falar sobre suas dores em rede nacional com um tom claro de superação. Na mesma hora pedir para que ela escrevesse um guest post contando como foi para ela essa experiência, ela prontamente atendeu ao meu pedido e deixo com vocês agora um pouquinho do que representou esse dia para a Reginalda, aproveitem também conhecer o blog da fofa clicando aqui.
Não foi muito fácil falar disso, mas foi algo que aconteceu me fez muito mal, mas que eu superei e aprendi com isso a respeitar as outras pessoas, pois aprendi cedo como dói ser desrespeitada e tratada como diferente quando você se sente totalmente normal.
O convite chegou através de um amigo jornalista me perguntando se eu aceitava falar da minha história e se poderia passar meu telefone para a produção do Globo Repórter, eu disse que sim no ato, mas na minha cabeça seria apenas uma ligação regada de algumas perguntas, mas logo após as perguntas veio a que me gelou “Quando podemos gravar com você?”, Oi? Gravar? Foi isso que minha mente projetou. Disse que pensaria em um momento bom e desliguei com frio na barriga.
Eu não tenho medo de falar em público, pois já fiz teatro, mas aquilo não era um personagem era a minha vida real. Mas eu decidi enfrentar as câmeras e falar, por dois motivos, para mostrar às pessoas que esse tipo de atitude machuca e mostrar aquelas crianças e pessoas que fizeram tudo àquilo comigo que eu não cai, eu segui em frente e me tornei uma pessoa feliz e de muitos amigos verdadeiros que nunca, jamais questionaram o meu peso.
Eu cheguei a ler no facebook da data da exibição do programa a seguinte frase.
“O mundo era mais divertido quando o bullying era só uma zueira de colégio e o politicamente correto não era tão frequente… Só acho !”
Mas em alguns casos o bullying nunca foi apenas uma zoeira de colégio, em vários casos o bullying era uma maldade dia após dia onde a pessoa hostilizada se sentia um alienígena porque o apontavam como fora do padrão. Graças a Deus hoje é possível pedir ajuda, na minha época de colégio se meus pais fossem na delegacia dar queixa, no mínimo o delegado ia os mandar procurar o que fazer, se reclamavam para os pais dos agressores achavam besteira, alias seus filhos SEMPRE estavam só brincando, muitas vezes meu pai tinha que ir à porta do colégio e chamar a atenção dos meninos que faziam essas coisas pessoalmente, mas o sossego não durava muito tempo claro. O jeito era enfrenta-los, muitas vezes se pegar de tapa com eles, até quando fui crescendo e comecei a ignorar e eles começaram a parar.
Então a solução é você não se sentir diferente e ignorar esse tipo de pessoa.
O resultado da entrevista foi bom, muitas pessoas me disseram pelo facebook que passaram pelo mesmo, outras me adicionaram porque se identificaram com o que aconteceu comigo e até pessoas me pararam na rua para dar os parabéns pela minha postura e a minha coragem em falar e mostrar que tudo é superável quando acreditamos em nós mesmos.
Eu fiquei abismada com a quantidade de pessoas que eu nunca vi na vida e que vieram me parabenizar. Pode ter sido difícil tomar coragem de falar para as câmeras de uma emissora que atinge milhões de famílias, mas valeu a pena.
Eu digo para mim todos os dias que sou linda, competente, determinada, feliz, sortuda e amada, pela minha família, pelos meus amigos, pelo meu namorado e principalmente por mim mesma.