Esta semana a super modelo plus size, Fluvia Lacerda colocou umas fotos na sua página social, ela aparece muito mais magra, o que gerou vários comentários.
Se tem uma coisa neste mundo que eu entendo é de dietas,experiência que obtive ao longo de trinta anos. E pelas fotos a cintura dela não é de dieta, parece de lipoaspiração.
Mas enfim,por que as pessoas ficaram tão chateadas com o emagrecimento dela? Não é direito dela emagrecer,engordar,fazer o que quiser de sua vida? Quem reclamou foi chamada de invejosa e recalcada,teve gente até dizendo que gordas são assim,não podem ver ninguém magra.
O ponto é o seguinte,não é nada pessoal com Fluvia, mas ela faz parte de uma indústria, portanto é um produto e qualquer mudança de embalagem causa uma reação.
Ela ficou famosa e rica na indústria plus size, por isso emagrecer representa mais do que questões pessoais.
Ah,mas ela não está tão magra assim! Não,mas não está tão plus assim também e sabe Deus se pretende ou não continuar emagrecendo.
Quando a pessoa liga sua imagem a um produto,está ligando tudo a um conceito,a uma equipe de criação e claro,ao seu lucro. Fluvia Lacerda tem uma linha de roupas aqui no Brasil e parece que está começando outra nos Estados Unidos,ou seja,ela vende sua imagem.
E pode parecer besta, mas imagem vale milhões.
A Unilever, que tem a Pantene paga milhões para ter Gisele Bundchen no seu comercial exibindo seu cabelo perfeito. Se amanhã ela aparecer careca por questões pessoais,perde o contrato e ainda vai pagar multa,não é nada pessoal com a moça,são os negócios e acontecem assim.
Nos anos noventa existia uma série americana muito famosa,Felicity .A protagonista Keri Russel, tinha um cabelo longo e cacheado,mas durante suas férias resolveu cortar.Quando voltou ao trabalho o pessoal não gostou,mas não disse nada.A série começou e o público reagiu,deixou de assistir. Até hoje a moça dá entrevistas falando desse episódio traumático,tanto trabalho perdido porque cortou o cabelo,mas ela não entendeu a essência da imagem,se você vende um produto com tua imagem,não pode sair fazendo o que quiser a qualquer hora.
Em uma escala menor, aconteceu isso com uma apresentadora brasileira, Mariane, no SBT, também nos anos noventa. Cortou o cabelo longo e loiro e chegou para gravar de cabelo curto e espetado,o patrão não gostou e ela perdeu o emprego,até hoje tenta se recuperar do susto.
Outra história famosa foi com a atriz Jane Fonda, que bateu todos os recordes de vendas com seus vídeos de ginástica, depois de uns anos confessou que sofreu durante muito tempo de bulimia, o público entendeu então que sua boa forma era fruto de uma doença, não de uma disciplina de exercícios, o vídeo empacou.
Quem já viu contratos de celebridades sabe que os anunciantes proíbem até alguns lugares de serem frequentados, tudo para `não queimar o filme ´.
Mas por que Fluvia emagreceu?Não sei,a única coisa é que peso só quem tem extra sabe,as vezes precisa mesmo perder um pouco porque alguma coisa começa a incomodar.
No caso de Fluvia mostra que ela pode estar um pouco mal assessorada. De todas as indústrias que existem não tem nenhuma tão sensível como a plus size. Por algum motivo modelos ou celebridades que passam por ela, fazem isso correndo, depois entram em umas paranoias de perder peso e fazem de tudo para emagrecer.
Quem está assistindo tudo de longe, como eu, fica confusa, parece que elas tratam de seu passado plus como se fosse uma doença,mas já curadas e com nosso dinheiro,querem uma vida melhor do que ser um exemplo plus.
Já vi esse filme com a modelo Crystal Reen, que era modelo, era magra, engordou, virou plus size, escreveu um livro, resolveu emagrecer e voltar para a indústria de modelos magras.Preta Gil também associou seu nome a uma linha de roupas plus, mas agora diz que perdeu seis quilos e tal, Susy Rêgo pegou seu cheque com os Vigilantes do Peso, mas agora está emagrecendo e querendo deixar pra trás todo esse passado e Renata Celidônio resolveu encarar uma cirurgia depois da fama como gordinha.
Direitos todas elas têm, mas eu sou consumidora, se vejo uma foto da Fluvia e gosto da roupa que ela usa, posso projetar a roupa em mim, mas agora vejo uma foto dela magra e não posso mais me visualizar ali, então pra mim como consumidora não serve mais a imagem dela.
E não é pessoal, é que produtos funcionam assim, pela identificação. Acho Fluvia linda, maravilhosa, musa e diva, mas eu não tenho essa barriga que ela têm agora e já fiquei sensível ao discurso de `se aceite ´,`porque se estivesse tão bom para ela, não tinha emagrecido tanto.
Quem quiser que emagreça, que engorde, que corte o cabelo, que faça o que quiser, mas se virar um produto, vender uma imagem, bom, está preso a esse conceito.
E tenho certeza que na hora de receber o cheque a coisa não deve ser tão ruim.
Ela já respondeu a polêmica no Facebook, meiga, explicou que representa as mulheres de todos os tipos e sempre lutou pela inclusão de todas e pela saúde,mas não deixa de ser estranho o seu emagrecimento, até porque ela ficou famosa representando as mulheres plus, não `todas as mulheres ´, mas emagrecendo tanto começa a se aproximar do padrão que a revista Vogue considera plus e se afasta das mulheres reais, eu por exemplo,se tivesse o corpo atual dela ia me sentir magra!
Já que ser famosa e plus size virou uma novela, com essas subidas e descidas,então só nos resta assistir e ver até onde Fluvia vai emagrecer ,porque parece que no mundo das famosas `estar gordinha ´ é apenas provisório, uma fase que elas querem esquecer, o importante é emagrecer e colocar uma pedra nesse passado tenebroso.
Iara De DuPont
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