“Com licença, eu sou feliz!
Um belo dia Deus criou o mundo… Mais pra frente Ele colocou Adão e Eva para habitá-lo e eis que fez-se o “problema”! O Criador resolveu que deveríamos ter autonomia e responsabilidade por nossas escolhas e… Ele nos presenteou com o livre arbítrio!!!
Estaria tudo bem se a estória parasse por aí. Mas, não parou. Para mim o livre arbítrio deveria dizer respeito apenas ao causador de suas conseqüências. Mas o ser humano não é assim tão simples, ele tem o pequeno defeito de fabricação de querer sempre dar pitaco na vida alheia, ainda que não o diga respeito!
E por que tanta filosofia? Porque as pessoas se incomodam com o diferente e não aceitam a diversidade e o próprio livre arbítrio. Quantas de vocês já ouviram a célebre frase: “Tem um rosto tão lindo, por que não emagrece”? A ultima versão que eu tive que ouvir (de uma pessoa que eu jamais havia visto na vida!) mudava um pouco o final, a nova versão vinha com o “por que não grampeia o estomago?” não pensei duas vezes antes de responder com uma outra pergunta: “Eu estava pensando o mesmo de você! Tão boazuda e gostosa, por que não faz uma plástica pra dar uma melhorada no rosto?”
Pronto, pra que? Além de gorda ela ainda é GROSSA!!!
Opaaaa!!! Péra aí um pouco!!! Eu tenho que engolir sapo e não posso me manifestar? Quem foi que instigou a minha grosseria? Reza a lenda que quem fala o que quer está fadado a escutar o que não quer.
Pois bem, eu optei por me aceitar como eu sou e ser feliz assim! Não vou discutir com a genética e nem abrir mão das coisas boas da vida… Não vou sofrer e nem passar vontade porque os outros não me aceitam, afinal, o que mais importa é que eu me aceito e isso faz com que eu busque estar sempre saudável e de bem comigo (e isso inclui o espelho também!).
Eu tenho o livre arbítrio, eu tenho a opção de ser feliz ou não, e ninguém pode me tirar isso! Desde os meus 18 anos que eu não sei o que é estar abaixo dos três dígitos (e isso faz tempo, já sou Balzaquiana – abafa), mas desde que me permiti ser feliz as coisas mudaram. Percebi que os “números” da minha vida perturbam muito mais os outros do que a mim mesma. Na verdade os números (sejam os da balança ou o do manequim) nunca tiveram grande importância pra mim. E a quem eu devo satisfação? A quem paga minhas contas, claro…! Em suma, hoje eu devo satisfação a mim (que pago tudo no final do mês com muito suor) e a Deus, que me abriu os olhos para a magnitude de Suas escolhas no momento de sua criação!!!
E no mais, com licença, to indo ali ser feliz!”
(Luciana -BH)
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Fernanda Ramalho 
Daia Dias 
Luciana