fbpx
05.07.10

Cirurgia? Eu? Não, sim, jamais, talvez…

Tópico em alta nos dias atuais, esse tema leva várias pessoas a se questionar se faria ou não a tal, estranha e falada gastroplastia.

Você conhece alguém que fez?

A maioria responderá que sim, que a pessoa esta magra e que “ficou bem legal”.

Poxa, bacana. Pergunta seguinte: “Ela esta feliz?”

Resposta: “Acho que sim”.

Sim, você que vê de fora pode achar qualquer coisa, pode entender da maneira que bem quiser e tirar todas as conclusões possíveis, talvez você já tenha escutado muitas histórias terríveis sobre esse tipo de cirurgia, pessoas mortas, pessoas desgostosas com a vida, etc, ou talvez não, talvez o que você encontre realmente sejam pessoas que mudaram de vida após a cirurgia. Sim, mudaram de vida.

A questão principal é: se você é feliz, está feliz e está em busca da tal felicidade.

Sim, estamos em busca da felicidade todo o sempre, e isso faz parte, mas a que ponto a felicidade está estereotipada em um corpo, em uma moda ou no que os outros nos dizem?

Os grandes outros denominam como somos e como devemos ser. Quando você se olha no espelho pela primeira vez (quando bebê), quem diz que aquela pessoa é você, é sua mãe, seu pai ou qualquer figura importante na sua vida e a partir desse reflexo você passa a refletir de como você é com os olhos de quem te vê.

E onde fica o pequeno outro? Onde fica os olhos que você vê? Onde fica a figura que você realmente vê? Será que você esta enxergando o mesmo que os outros?

Sim, a cirurgia bariátrica ou gastroplastia, enfim qualquer técnica para emagrecimento, parte desse princípio: Como nos vemos. Se você for a favor ou contra não importa, o que importa é a saúde. Sim saúde em primeiro lugar, são o que todos dizem.

Perguntas importantes antes de fazer a cirurgia ou não: você tem problemas de saúde? Você tem dores na coluna, nas pernas, “obesidade mórbida” etc. E a saúde mental, alguém lembrou disso?

“Claro que sim, no fundinho é por isso que eu vou fazer a cirurgia. É porque quero que os outros gostem de mim”, diz o famoso ID. “Nem que eu precise engordar mais um pouquinho para fazer, mas eu vou fazer.”

Pura confiança. Que confiança é essa que necessita de desconfiança? Sim, desconfiança em si mesmo, desconfiança de que é ou não é capaz, se é capaz de engordar mais um pouquinho porque não é capaz de emagrecer um pouquinho.

“Ah, é fácil falar, só quem sente na pele é quem sabe”. Sim, isso é fato, ninguém vai sentir a dor que o outro sente, nem mesmo em uma situação parecida.

Passando pelo psicólogo, várias questões vão surgir, como a relação que você tem com a comida, se você apresenta algum distúrbio alimentar, etc, etc, etc.

Sim, se esse for seu caso, não irá adiantar. A famosa compulsão alimentar, é um mecanismo de defesa como outro qualquer. E sim, não adianta fazer cirurgia nesses casos, pois ou a compulsão vai piorar seu quadro para uma enfermidade maior ou você irá transferir essa compulsão por outra. É um quadro psicopatológico e precisa sim de tratamento psicológico.

Mas se o caso é para a cirurgia, ótimo, vai fazer consciente de todos os processos e isso não vai significar a sua felicidade. Pois a sua felicidade não está somente no corpo que você tem e sim no que você é, sua essência, a magnitude intra e interpessoal.
O desejo de desejar sempre, faz com que estejamos nessa eterna busca, busca pela implacavél, destemida e temida felicidade. Felicidade que não chega nunca? Talvez sim, talvez não, jamais ou simplesmente talvez.

Você quer ser feliz? Como? A que custo? Responda essas perguntas sozinho, sem interferência de nada e chegará a um pensamento seu puro e simples.

Texto de Renata Menezes

1 comentário // Deixe o seu!

  • Papu Morgado says:

    >Belo texto! É sempre bom nos questionarmos a fundo antes de qualquer decisão tão importante! Bjos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *