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Categoria: Verdadeira Beleza

03.01.10

Fora Dos Padões

Por mais que se criem leis, regras e normas de convivência, a maioria dos seres humanos parece não entender que o seu semelhante, por mais “diferente” que seja a seus olhos e a seu coração, continua sendo seu semelhante. Criou-se, com o passar do tempo, padrões de sociedade onde o diferente parece ridículo, a moda é ser igual, imitar, copiar, plagiar… Tudo tem que seguir um paradigma… Por quê?… E o livre arbítrio?… E o respeito?… E o amor ao próximo?… Onde ficam?

Estou escrevendo este texto num domingo a noite, acabo se assistir a uma matéria do Fantástico falando das “gordinhas”… Criaram um calendário só com modelos acima do peso para 2010.. Aliás, acima do peso na concepção de quem?… Quem criou estes padrões?… Quem inventou que a saúde depende do número que aparece na balança? Em alguns aspectos até tem lógica, mas se a pessoa está com suas funções vitais normais, pratica atividades físicas periodicamente, ou seja, tem uma vida saudável e mesmo assim continua pesando mais do que aquilo que manda os padrões criados por não sei quem, não existe razão convincente para se estressar com o peso…

E o pior é que, na matéria em questão, entrevistaram uma consultora de moda que deu alguns macetes para disfarçar o peso e a imagem fora dos padrões, o que me leva a crer que o esteriótipo de beleza continua, ou seja, se ainda existe algum tipo de padronização, existe discriminação e preconceito… Se uma pessoa se expõe em rede nacional para dizer que se aceita e está bem resolvida com seu corpo, por que então se submete aos conselhos de uma consultora que a orienta a disfarçar a sua imagem?… E o que dizer do fotógrafo das “fofinhas” do calendário que diz usar alguns recursos e truques para esconder suas curvas?… Qual a razão de se usar recursos gráficos para disfarçar aquilo que é declaradamente aceitável pelas modelos?…

Meu cérebro inconformado não consegue processar estas informações de forma coerente, por isso concluo, mais uma vez, que são muito bonitas as ações contra o preconceito e a discriminação, porém continuam existindo os conceitos discriminatórios de beleza que fazem a maioria da população sentir-se excluída de alguma forma, pois não passam no controle de qualidade dos seres desumanos, que por coincidência são seus semelhantes…

Por fim, não sossegarei sem expor duas indagações que minha mente inconformada e irriquieta obriga meus dedos a digitarem:

Por que razão os seres humanos, inegavelmente semelhantes, julgam-se diferentes o suficiente a ponto de uma minoria criar padrões que excluem a maioria?… Qual motivo leva uma pessoa a esconder algumas de suas características, mesmo dizendo aceitá-las?

Tudo isso se resume em uma palavra, cujo exagero é o causador de todos estes paradoxos: VAIDADE…
Márcio Roberto Goes
http://www.marciogoes.com.br/

Passeando na WEB me deparei com esse texto e amei o ponto de vista do autor e por isso trouxe para compartilhar com vocês.
bom restinho de feriadão para todos vocês
bjs kalli

29.12.09

Passarela com Curvas

Fico me perguntando como deveriam sofrer as mulheres magrinhas naquela época em que os pintores consideravam musas apenas as mulheres mais portentosas.

É… os tempos mudam!
Veio o tempo das modelos altas e magras, e até mesmo o das macérrimas, anoréxicas, literalmente morrendo de fome.
Mas o pior da modernidade nem foi isso, mas o photoshop: esse recurso tecnológico que leva a todos os não “photoshopizados” a sensação de feiura, débito plástico e imperfeição física.
Quantas pessoas não se sentiram feias na hora da nudez só porque a nudez, ou semi-nudez, da mídia não é sincera? Quantas não são as modelos e atrizes que, mesmo nuas, ou semi-nuas, estão a vestir na pele inteira o photoshop?
Devia haver uma lei proibindo o photoshop, talvez, para redimir a autoestima dos homens e mulheres que não andam nas capas das revistas.
Quantos meninos e meninas andam fazendo bobagens, ou operações, para se colocarem no formato adequado, como se a raça humana fosse assim: peças de encaixar, como ovos padronizados que precisam ficar no tamanho exato da caixa de isopor?
Num mundo tão complicado, onde a tirania da beleza esquálida e dos padrões não humanos que alguns estilistas engendraram faz tanto mal, é uma alegria ver que nem tudo está perdido.
Falo do Fashion Weekend Plus Size, onde desfilarão moças lindas, livres – elas e nós – da ditadura da anorexia.

Abaixo todas as ditaduras que pretendem impor um padrão de beleza: são bonitas as altas e as baixinhas, são bonitas as claras, as negras, são bonitos todos os tipos de cabelo, todas as formas de mulher. Quem escolhe que só é bonita uma mulher alta, macérrima não entende nada de diversidade e, aposto, muito menos ainda de mulher.

Entre as maldades feitas com quem foge ao padrão de beleza propugnado há a falta de cuidado com o desenho das roupas.
O problema é que aqueles que desenham as peças para pessoas plus size não parecem tão esmerados, e seguem linhas como se todas tivessem que se vestir quase com uniformes.
Além de ser um mercado numeroso e em crescimento – razões comerciais e capitalistas suficientes para levar essas pessoas a sério – creio que aprender a desenhar com estilo e graça para todas é algo que refere-se à civilidade e ao respeito à dignidade da pessoa humana.
Erra quem pensa que “direitos humanos”, “democracia”, “respeito” etc são termos meramente jurídicos e que só interessam em alguns cenários ou espaços sociais.
Respeitar a diversidade e ver a beleza que há em cada uma das formas e cores de cada ser humano é um valor que se tem ou não dentro da gente.
Se ele existir, vai valer em tudo, desde fazer roupas até aprovar um candidato numa seleção de emprego; se não existir, vamos continuar a discriminar pessoas tanto nas passarelas quanto nas ruas, empregos e empresas.
Por tudo, então, o Fashion Weekend Plus Size é o mais bonito dos desfiles.

Bonito porque mostra gente bonita, e as magras também o são, e bonito porque mostra para todo mundo que a beleza não tem regra, peso ou altura. Assim como o feio também não.

Texto de William Douglas http://blogwilliamdouglas.blogspot.com/

23.12.09

Edição histórica da Revista V Magazine

O Models.com faz uma prévia da edição Primavera 2010 com gordas e magras da V Magazine, que chega às bancas no dia 14 de janeiro.
Terry Richardson fotografou as moças, que neste editorial, usam a mesma produção (em tamanhos diferentes,
bien sur…).
As moças são Crystal Renn (gorda) e Jacquelyn Jablonski (magra).

Sou suspeita por achar a Crystal Renn lindíssima, mais olhem bem essa foto e veja o quanto o mundo vai ganhar se respeitando a Beleza sem Tamanho.
As Revistas precisam mostrar o BELO indepedente do Tamanho, e parece que isso enfim está acontecendo.
Agora é aguardar as Revistas Brasileiras aderirem também assim podemos ser literalmente Capa de Revista .

23.12.09

Brigitte: Uma revista para mulheres como a gente


A Revista feminina alemã Brigitte ,a partir de Janeiro de 2010 terá somente mulheres comuns em suas capas.

A revista alemã não quer fotografar as modelos magras das passarelas que estão longe da realidade de suas leitoras, assim para as próximas capas serão fotografadas mulheres famosas e anônimas.

Segundo o editor da revista Andreas Lebert: vamos usar pessoas comuns, que têm uma vida normal, com a sua própria identidade, um emprego, um nome.Pode ser uma estudante de 18 anos, a presidente de uma empresa, uma música ou uma jogadora de futebol.” Ele disse que a medida é uma resposta a reclamações de leitoras que disseram que não se identificavam com as mulheres representadas nos editorias de moda e “não mais queriam ver ossos salientes”.

A notícia causou polêmica, críticos disseram ser esta uma estratégia para reduzir gastos com os cachês pagos às modelos. Já o estilista alemão Karl Lagerfeld defendeu as modelos magras e ainda foi super grosseiro: “Estas acusações são feitas por múmias gordas sentadas com os seus pacotes de batatas fritas em frente à televisão, dizendo que as modelos magras são feias. O mundo da moda é feito de sonhos e ilusões e ninguém quer ver mulheres redondas”.

Karl Lagerfeld foi estremamente grosseiro e se esqueceu que a magreza não é tudo e que na Alemanha quem mandam são as mulheres e não importam qual seja o tamanho do seu manequim.

Brigitte é uma das revistas femininas mais populares da Alemanha, vamos torcer para essa moda chegar pro aqui também 🙂

Vai lá : http://www.brigitte.de/