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Categoria: Preconceito

09.02.10

Preconceito – Virtual

Adivinhem qual dessas garotas não vai pular?

Essa é a pergunta para a foto, a primeira vista vocês já devem imaginar o que vem em seguida não é mesmo?
Então ai está a Gorda não pulou !

Ou pulou mais rápido e já esta pronta para pular denovo( mas vamos descartar essa opção porque ninguém tem provas não é mesmo).
Vi essas imagens em um blog(um amigo me indicou), porém já o visito sempre tem umas coisas “engraçadas” ou melhor Tensas como eles definem.
Ai me vem na cabeça o questionamento para que isso?
Porque agredir aos Gordos assim?
Se tão superiores porque não colocam uma foto de um negro debochando? Ah porque os negros não pode eles já conseguiram seus direitos.
Então meninas se mais alguém ver uma “bobeira” desta tentando acabar com sua Auto estima, lembre-se atos assim são motivados por pessoas que precisam parecer melhor que as outras e não valem a Deprê de ninguém nem de uma GORDA.

27.01.10

Como ser gorda

Minhas filhas, vocês que estão aí morrendo de lipoescultura, enchendo a cara de sibutramina, fazendo carta pra “Ana e Mia”, recusando a sobremesa, fedendo a vômito, estragando a patela nas horas de exercício, dando dinheiro pras piranhas dos shakes, pras revistas de dieta, minhas amigas. Vejam bem. É difícil não conseguir entrar numa calça 38. Ou 40. Ou 44. Quando é 46, é dramático. Mas vem cá. E daí?

Quando “as amigas” dão conselhos ou te olham de cima a baixo, simpáticas, jurando que te adoram, dá pra sentir isso mesmo? Quando gente que “está bem pra caramba” solta aquele olhar de reprovação, gente. Olha a cara de merda desse povo.

Quando seus namorados, maridos, ex-s, quando esses homens maravilhosos dizem que você está com banha sobrando, quando eles reprovam seus gostos e suas formas, antes de sair correndo com vontade de chorar e de não comer nada nunca mais, já parou pra examinar a figura? Os modos, a barriga se pronunciando rotunda e irreversível, os cabelos caindo, a pele manchada, as roupas que pelamordedeus –se você não desse um toque, o cara sairia na rua parecendo uma versão humana do fim do mundo. Desastre após desastre, pelanca após pelanca, o churrasco e a cerveja se garantem ali, naquelas figuras, e são proibidos a nós, as gorda, LES GORDE.

Quando as lojas expõem nas araras montanhas de roupas de tamanho 36 e 38, quando juram que aquelas modelagens de rato que vendem correspondem ao padrão, quando mal dá pra entrar numa bata fabricada sob a simpática etiqueta “TAMANHOS ESPECIAIS PARA BALOFAS DE ESTILO”, por que continuamos olhando? Por que compramos essas porcarias e insistimos em caber nessas capas de botijão de gás? Por que estamos pagando pra sermos humilhadas? Pra resistir à tentação de passar no Burger King depois? Que seja. Mas não resistimos. Vamos pras radicalices, pras cirurgias, sibutraminas, aceitamos a morte como forma de emagrecimento rápida, aceitamos a diarreia do Xenical em troca de onion rings. Olhamos as modelos esquálidas e achamos que é assim mesmo, “que é assim mesmo”, e que o mundo não foi feito pra nós. Somos admoestadas por endocrinologistas obesos, por cardiologistas fumantes, por companheiros que preferem o fedor do vômito à flacidez da banha. E, olha, se preferem, que bom. Mas não somos obrigadas a concordar.

Revistas femininas, pautadas por dietas, roupas impossíveis, “como ter orgasmos”, “como casar” e bolo de chocolate de caneca, não mereciam mais a nossa atenção –nem o nosso dinheiro. É fácil até pros ginecologistas de programa de auditório entender que a anorgasmia deve ter uma relação bem próxima com o desconforto físico. Não tem como alguém sentir prazer num corpo do qual sente vergonha. Vender receitas de bolo de chocolate e coquetel de camarão entremeadas por anúncios de shakes emagrecedores e matérias sobre lipossucção é quase tão escroto quanto apontarem sua barriga por trás de uma temível bola de basquete recoberta de pêlos. Você já viu essa imagem. Você sabe.

Vamos tentar comer salada e fazer caminhadas, mas de forma menos infeliz e forçada? Vamos largar esse monte de lixo que nos empurram dia a dia? Vamos abandonar a “obrigação” de cuidar de TUDO sozinhas, a “obrigação” de dar conta de TUDO + a “obrigação” de nos sentirmos mal e nos odiarmos porque, bem, é isso aí, o peso está sobrando? Vamos começar a estranhar quando gente com quem não temos nem queremos ter a menor intimidade nos fala de dietas e receitas de vida? Vamos tentar gostar disso que carregamos com tanto custo –ou perdê-lo sem nos perdermos no meio do caminho. Vamos tentar achar quem realmente goste de nós, em vez de estetas de última hora incapazes de uma boa consulta ao espelho? Vamos mandar à merda as “consultoras de moda” que dividem as roupas entre “pra quem está magra” e “saco de lixo espacial pra esconder gordas”? Vamos admirar aquelas corajosas que saem à rua exibindo uma torrente de gordura saltando das minirroupas que outras pessoas determinam como “roupa do verão –para magras”? Vamos ter um pouco de liberdade? Vamos mandar essa gente louca tomar no cu? Vamos parar com a mania de sermos zumbis, vagando e vomitando à espera dos nossos “iguais”? Vamos, por favor?

Precisamos de um monte de terapia coletiva. Vamos conseguir.

E a mensagem emocionante do final.

Encontrei esse texto no http://brazilianwax.wordpress.com/ e adorei.

08.12.09

O Peso do Preconceito

Há um tipo de preconceito que tem afastado pessoas capacitadas das melhores posições em diversas companhias, impedido bons alunos de ingressar nas melhores universidades, determinado a percepção de menores salários por parte das mulheres e levado suas vítimas a acumularem menos bens ao longo da vida.
Ao contrário de outras formas de discriminação, que gozam até mesmo de legislação que pune com prisão seus infratores, essa forma de preconceito não é combatida pela sociedade que, muito pelo contrário, alimenta-o diariamente e parece concordar com aqueles que o detém.

Aliás, esse é um tipo de preconceito que, inversamente ao que acontece com a discriminação racial, social ou étnica, não gera nenhum tipo de constrangimento ao ser assumido publicamente.
Em tempos nos quais a beleza parece ser obrigatoriamente vinculada à magreza, a obesidade assume o lugar das características pessoais mais suscetíveis a despertar o preconceito.

O Peso do Preconceito
Desde 1966 há estudos em países como os Estados Unidos da América – onde o índice de pessoas obesas cresce a cada ano – que mostram aquilo que muitos obesos já conhecem na prática: as pessoas com sobrepeso são vítimas de preconceito, têm maior dificuldade em conseguir empregos – sendo geralmente eliminadas, no processo de admissão, durante a etapa das entrevistas -, ganham salários menores em comparação aos seus pares não-obesos, pagam mais caro os planos de saúde e os contratos de seguro pessoal e têm maior dificuldade em organizar sua vida amorosa e afetiva.
Um estudo recente, realizado pelo professor de psicologia Brian A. Nosek, da Universidade de Virginia (divulgado pelo jornal The New York Times de 02 de dezembro de 2006), apontou a discriminação contra os obesos como o mais intenso tipo de preconceito na sociedade estadunidense, superando até mesmo os de fundo racial, social e de orientação sexual.

Ainda que tais dados sejam referentes à realidade norte-americana, há fortes razões para se acreditar que o fenômeno da discriminação contra obesos é um fenômeno que afeta a maioria dos países ocidentais.
O preconceito contra obesos é facilmente observável em nossa sociedade, seja na forma como a obesidade é retratada na ficção, seja na quantidade absurda de informações que são veiculadas – e vendidas, é sempre bom recordar – em revistas, jornais e programas de rádio e televisão, na forma de dicas para combater o excesso de peso à propaganda de soluções cirúrgicas a panacéias medicamentosas para um emagrecimento rápido e milagroso.
Nos comerciais televisivos residem, talvez, as formas mais claras de como o obeso é visto por nossa sociedade: em geral, os gordinhos e gordinhas são usados sempre como o contraponto aos bem-sucedidos magros e magras, fortes e esbeltas; em geral, os primeiros sempre aparecem tomando atitudes idiotas perante as câmeras, ou em situações de frustração por não poderem ser tão bonitos e sortudos como aqueles que não sofrem com o excesso de peso.

O mais curioso é que tais situações não estão restritas às propagandas de produtos dietéticos ou light, roupas ou produtos afins cuja relação direta com o sobrepeso é compreensível. Recentemente uma famosa fabricante de televisores colocou no ar uma campanha publicitária na qual dois vendedores apanhavam de suas freguesas ao convidá-las a ir até o fundo da loja para ver o novo lançamento em televisores de plasma – claro que o comercial tratava isso com uma frase de duplo sentido e conotação erótica… Curiosamente, ambos os vendedores eram obesos, e a cliente era uma alta e belíssima loira. Qual será a mensagem contida na peça publicitária, cuja intenção era humorística? A idéia que reinava subliminarmente é que a mulher, tão bonita e elegante, jamais aceitaria uma cantada de um homem com sobrepeso, muito menos de dois obesos como aqueles, e que estaria em pleno direito de esbofeteá-los em público por conta disso.

Talvez soe como um exagero, mas basta tentar recordar uma situação em que na ficção – seja na programação normal das emissoras de televisão, nos filmes de qualquer gênero ou mesmo nos intervalos comerciais – um personagem obeso ou com sobrepeso tenha sido retratado de forma positiva (excluindo-se Papai Noel, por razões óbvias).
Uma mulher indesejável em termos sexuais, nos filmes e comerciais televisivos, será quase que invariavelmente obesa. Um homem repugnante, com raríssimas exceções, apresentará um abdômen avantajado e vestirá roupas que parecerão prestes a explodir de seu corpo – como se não existissem, hoje bem mais que no passado, lojas e lojas a vender roupas de tamanhos especiais… A esse respeito, há um interessantíssimo estudo de três psicólogas – Naumi A. de Vasconcelos, Iana Sudo e Nara Sudo – da UFRJ. intitulado Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia, março de 2004, no qual as pesquisadoras estudaram a forma como foram retratados os obesos em matérias veiculadas nos jornais e revistas brasileiros entre 1995 e 2003. Elas alertam que a nossa sociedade desenvolveu uma espécie de ”lipofobia”, um trauma em torno do excesso de peso, causado em grande parte pela falsa associação entre obesidade e falência moral.

O preconceito, que engloba todas as atividades sociais – e por isso afeta os obesos em situações como a procura por um emprego ou a escolha para um cargo de maior relevo dentro de uma empresa -, estabeleceu no imaginário de nossa sociedade a idéia de que o obeso é preguiçoso, moralmente fraco, descuidado, indisciplinado e desleixado, de que alguém com sobrepeso jamais pode ser visto como uma pessoa elegante e bem-sucedida, sexualmente atraente e ativa, realizada no amor e na profissão.
Em outras palavras, o corpo gordo é um sinal visível de violação das normas estabelecidas por nossa sociedade atual, presa à imagem corporal como símbolo maior de ostentação e status – o que, em parte, explica o deslocamento que parece ter ocorrido dos sonhos de sucesso profissional das camadas mais pobres da população, que hoje não mais almejam uma formação profissional adquirida pela educação formal mas, sim, uma vitória social que é associada às conquistas que o corpo pode proporcionar, seja como esportistas, modelos, dançarinos ou outras atividades ligadas à aparência exterior.
Nesse mundo em que ser magro é a meta almejada por tantos, ser gordo é ser, com as devidas proporções, um outsider. Mesmo diante dos exageros que essa cultura da magreza tem gerado – a sucessão de casos de anorexia e bulimia, com vítimas fatais, é um importante sinal -, o corpo gordo é ainda sinal de fracasso e motivo de repulsa.

A discriminação contra os obesos, que não é nada sutil, parece passar despercebida para a maioria das pessoas – sinal de que o preconceito é, de fato, generalizado e aceito como algo natural. Gordo, no Brasil, tornou-se palavra ofensiva – quem duvidar, que se recorde do episódio envolvendo o jogador Ronaldo Lazário e o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – e aqueles que trabalham na mídia e fogem ao padrão estético da magreza estabelecido nos últimos anos parecem ter que aceitar tal denominação e fazer dela razão para uma auto-chacota inexplicável – uma forma de auto-defesa que justificaria, em parte, as piadas de mau gosto e as cenas lamentáveis de discriminação que apresentadores de televisão como Jô Soares, Gilberto Barros, João Gordo e Fausto Silva – este último uma espécie de patrocinador da discriminação contra os obesos no Brasil – promovem com seus convidados que, como eles próprios, também apresentam sobrepeso.
Eles reproduzem, infelizmente, um padrão que existe em toda a sociedade brasileira, que criou para os obesos um esteriótipo de fanfarrão, bom amigo, engraçado e algo boboca. Espera-se, aliás, do gordinho e da gordinha que eles aceitem de bom grado toda e qualquer referência ou apelido menos elogiosos ao seu excesso de peso corporal. Quando isso não ocorre, o obeso é taxado de rancoroso, e certamente as conversas sobre sua atitude estarão repletas da palavra gordo acrescida de outros adjetivos nada nobres – afinal, estamos em um país no qual é elogioso dizer a um amigo que ele parece mais magro…
Tudo o que os obesos desejam é respeito. Nenhum deles desconhece os perigos da doença chamada obesidade – em verdade, uma situação corporal que pode gerar enfermidades diversas, e não uma doença em si. As pessoas com sobrepeso, aliás, são talvez as que melhor conheçam o número de calorias dos alimentos, os tipos de dieta que funcionam ou não, as contra-indicações deste ou daquele medicamento milagroso para emagrecer – ao contrário do que parecem pensar as pessoas em geral, que sempre têm uma dica especial para fornecer ao amigo obeso, isso quando não se prestam simplesmente ao ridículo papel de comunicar à pessoa com sobrepeso que ela está precisando perder uns quilinhos, como se o obeso sofresse de algum tipo de retardamento mental que o impedisse de reconhecer isso ao olhar-se no espelho ou ao experimentar uma roupa que já não serve mais…

Ofender o obeso parece ser a forma encontrada pelos não-obesos (ou não-tão-obesos) de compensar a constatação de que mesmo eles, que não têm um sobrepeso considerável, jamais chegarão ao padrão de beleza apregoado pela mídia, pelos profissionais de beleza, pela indústria da moda e pelos médicos menos éticos – um padrão de beleza que, afinal de contas, hoje reside em adolescentes cada vez mais novas, com um índice de massa corporal preocupante para qualquer profissional de saúde, e em jovens rapazes cuja agenda permite gastar horas e horas de seu dia dentro de uma academia de musculação, não raro recorrendo aos anabolizantes mais destrutivos para ganhar uma massa muscular irreal para a maioria dos seres humanos. A grande incongruência, aliás, é que essas pessoas associam a obesidade à idéia de doença e, mesmo assim, sentem-se à vontade para discriminar um obeso em público. Será que eles agem assim também diante de outros tipos de doentes, digamos, uma pessoa com o rosto coberto de ataduras ou alguém com uma perna engessada que mostre uma grande dificuldade de locomoção em plena praça pública? Mantidas as devidas proporções, obviamente, o tratamento diferenciado mostra que o problema da discriminação contra os obesos é bem mais profundo e infinitamente mais difícil de ser resolvido. Afinal de contas, as duas últimas situações relatadas são passíveis de ocorrer a qualquer um, mas a obesidade ainda é tratada como uma escolha pessoal do doente, algo de fácil solução, uma mera questão de força de vontade…

Ao invés de se questionar o porquê de o obeso mais próximo ser daquela forma – o que, aliás, deveria ser um problema que preocupasse apenas ao próprio gordinho ou gordinha -, esses pretensos magros deveriam se perguntar até quando pretendem sustentar essa ilusão de que um corpo esbelto é a chave da felicidade.

Texto retirado do http://michel-michelbarbosa.blogspot.com/ , adorei o texto em sim e aconselho vocês a ler, sei que é grande e costumamos não ler muito, mais o autor abordou um tema de nosso interesse com bastante clareza.
ADOREIII.

20.10.09

Agredida por ser Gorda

agradida por ser gorda

  A inglesa Marsha Coupe, de 53 anos, estava viajando tranquilamente na cadeira de um trem que ia de Londres para sua casa, em Kent, cidade no sudeste da Inglaterra, quando uma mulher com cerca de 40 anos sentou-se ao dela e começou a ofendê-la.
 “Sua baleia! Você deveria ter comprado dois assentos em vez de um!”, berrou a agressora.
Marsha, que pesa 98 quilos e estava ocupando dois bancos, não reagiu.
Mesmo assim, a agressora começou a bater em Marsha, dando golpes e, até mesmo, mordidas.
“Fiquei com umas quarenta marcas pelo corpo”, contabilizou a vítima.
Outras pessoas no trem tentaram impedir a briga, mas não conseguiram conter a passageira enfurecida.
A agressora sumiu na parada de trem e ainda não foi localizada.
Fonte : BlogZapeando
O que pensar sobre isso ? Eu estou ainda fazendo meus cálculos, pois se a agressora se irritou com o tamanho de Marsha, eu na certa apanharia bem mais. Espero que ela tenha que pagar por essa atitude totalmente descompensada que ela teve, não faz sentido algum que uma pessoa seja agredida por ser gorda.
Torço também para que Marsha consiga superar as dores o trauma que este fatídico dia devem ter deixados.