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Categoria: Preconceito

18.04.10

Desabafo …

Meu nome é Fernanda, tenho 24 anos sou Gordinha, bem Gordinha na verdade, visto numeração 54.

Adoro esse blog e precisava desabafar e resolvi escrever para vocês que são lindas e acho que podem me dar uma opinião.

Namorava há dois anos, até que meu namorado de uns meses para cá estava estranho e distante, o que acabou caminhando para que terminássemos.

Um mês depois do término ele se assumiu GAY, e eu sofri demais com o fato do homem que eu amei ter preferido ficar com outros homens, do que comigo.

Essa revelação já tem mais de 50 dias e eu to sofrendo demais, porque todos dizem que a culpa é minha (inclusive a mãe dele e a minha também) falam que se eu não fosse tão desleixada (gorda, porque sou bem vaidosa) ele não teria mudado a opção sexual dele.

Na minha cabeça tá um grande conflito porque sei que ele já era gay só não tinha descoberto, mais ser julgada como culpada tem me feito muito mal.

O motivo que me levou a escrever é porque preciso saber vocês Gordinhas acham que minha obesidade pode ter interferido no gosto sexual do meu ex namorado?

14.04.10

As Gordas também Amam …

Demorei a escrever sobre esse tema porque hoje a obesidade, o excesso de peso além de ser um caso de saúde pública universal é para a maioria das mulheres um verdadeiro trauma e motivo de grande sofrimento.
O corpo humano é uma maquina maravilhosa que precisa atuar da melhor maneira para ter durabilidade e principalmente proporcionar prazer, felicidade, paz e tudo que existe de bom ao seu proprietário. VOCÊ.
Já foi comprovado inclusive em estudos cientificos e pesquisas médicas que a mulher gorda, a mulher obesa, a mulher fora do peso ideal ama menos. Será que o problema hormonal é o motivo desse menos amar, desse menos amor. Claro que não.
As mulheres tem talento para valorizar dificuldades e deixar de se amar. Ai é onde todo o problema começa. Quando a gente não se ama nada, absolutamente nada, tem sentido. Tudo é negativo e principalmente a nossa imagem, o nosso jeito de ser, biotipo, cabelo, olhos e todas essas maravilhas que fazem o ser humano, passam a ter um valor negativo e o adjetivo de feio.
A mulher tem o poder da vida, seja magra, gorda, feia, bonita, alta, baixa, rica, pobre, não importa o lugar aonde esteja ou a lingua que fale, só precisa ser mulher.
Na maioria dos meus textos, que tem como objetivo através da minha visão masculina mostrar as mulheres que elas são MARAVILHOSAS, do jeito que são. Toda mulher, independente de ser uma atriz da globo ou uma anonima gordinha tem o poder de ser feliz, de fazer feliz, de dar e receber prazer.
No mundo moderno de hoje a maioria das mulheres tem uma preocupação exagerada com a beleza e as vezes, em muitos casos, utilizam as técnicas modernas das cirurgias plásticas para se transformarem e muitas delas ficam completamente diferente do desejado.
O que eu posso dizer para uma mulher gorda? Eu te amo… Iria resolver? Se voces no seu imaginário me perguntar voce já amou, ja fez amor com uma mulher gorda, obesa, enorme, gigantesca, eu vou dizer que sim.
Conheci uma pessoa que era tão linda, tão linda, tão linda por dentro, tão intensa em seus sentimentos em sua vontade de viver e ver a vida que eu não percebia que ela era gorda.
Adorava dançar, caminhar fazer coisas que a maioria das gordas não gostam de fazer, que se cansam e o problema dela era hormonal e não por excesso de comida ou outros tipos de obesidade e portanto mais dificil de ser cuidado, de se tratado.
Mesmo assim ela nunca desanimou e tinha o grande segredo da felicidade: GOSTAR, SE AMAR DO JEITO QUE É. Ai não tinha prá mais ninguém.
Adorava cantar, e onde estava cativava em todos os sentidos. Inclusive pelo espaço que ocupava em qualquer lugar.
Seu sorriso era sempre cativante, as dificuldades só serviam para serem resolvidas e vencidas e o seu jeito mulher, sua forma sensual de falar, de se mover, de conversar, deixava a maioria dos homens no mínimo curiosos.
Quando nos envolvemos intimamente pela primeira vez, foi algo de inesquecível, porque ela não me deu só seu corpo, ele me deu a sua alma, o seu coração, o seu sentimento. E naquele abraço, lindo, querido, desejado, intenso não havia nada mais além de amor.
Isso veio me trazer uma das mais lindas experiencias sentimentais da minha vida. A mulher gorda não é mais nem menos mulher, dependendo apenas do jeito dela ver as coisas. Querer mudar se sentir mais bonita é um direito de qualquer ser vivo, qualquer ser humano.
Deixar de viver, porque se acha gorda, porque se acha feia, baixa, ou qualquer coisa assim chega a ser uma burrice tão grande, que até o próprio amor se afasta.
O importante em qualquer situação da nossa vida é aprender que o prazer, o gostar de fazer, de ser, de vivenciar esta no coração, na alma, no pensamento, na vontade e na coragem de buscar o que se quer.
Desculpas, podemos criar milhares para demonstrar a nossa covardia e a nossa falta de vontade de ser feliz.
Se você faz parte daquelas que sempre procuram uma desculpa para não se entregar, para não ter prazer, gozar, amar, ser feliz e fazer alguém feliz. A culpa é toda sua seja voce gorda, magra, alta ou baixa.
Como dizia o poeta: “Quem sabe faz a hora não espera acontecer
14.04.10

Show de Preconceito em Viver a vida por Papu Morgado

Eu assisto a novela Viver a vida praticamente todos os dias, e me irrito com frequencia com os diálogos ruins que me causam o incrível fenômeno da “vergonha alheia” ( quando você se sente vergonha por outra pessoa, pelo que ela fez e/ou disse). Neste caso tenho vergonha alheia por quem escreve os diálogos e pelos atores que têm que falar coisas rídículas, desconexas e as vezes sem sentido. Mas gosto muito dos atores.
Assisto também porque gosto do tema da superação de limites que a vida apresenta. Através do personagem Luciana, interpretada por Aline Moraes, que fica tetraplégica são abordados temas como preconceitos e dificuldades da vida de um cadeirante e a mensagem é clara: é possível ser feliz mesmo dentro das nossas condições de vida.
No final sempre tem um depoimento de uma pessoa real, chamado “Portal da Superação” na qual pessoas contam como superaram inúmeros tipos de desafios tais como doenças, preconceito, vícios, condições adversas, morte na família, separações, etc… Até mesmo Renata Pokus Vaz do blog Mulherão deu seu depoimento por lá, falando como mesmo tendo sobrepeso ela conseguiu realizar seus sonhos.
Em uma novela que fala de superação, de libertação de preconceitos o capítulo de ontem teve um diálogo surreal. Para ilustrar meu ponto reproduzo aqui a carta que mandei para a Central de Atendimento ao Telespectador da Globo.
” Olá,
Assisto a novela Viver a vida todos os dias e gosto muito de como a questão do preconceito e dificuldades dos cadeirantes têm sido abordada. Os depoimentos finais também são emocionantes e nos fazem refletir sobre nossas próprias vidas, conquistas e limitações.
No entanto, no capítulo de ontem houve um diálogo entre a cadeirante Luciana e sua sogra Ingrid que foi preconceituoso e sexista.
A conversa começou com Luciana dizendo que muitas mulheres engordam após tornarem-se cadeirantes, e que um marido abandonou a esposa cadeirante porque em um ano ela teria passado do manequim 40 para o 48.
A reação de ambas em relação a este abandono foi achar normal o marido ter feito isso.
É uma postura altamente sexista que coloca a mulher na condição de objeto sexual,que passou a não ser “suficiente” para o uso do marido.
Sou uma mulher de 34 anos, casada, com uma vida bacana, ativa, pratico esportes, sou uma ótima profissional tenho um ótimo relacionamento com meu marido em todos os níveis. E o meu manequim é 48. Minha vida não terminou por causa disso.
Me incomodou e chateou muito uma novela que aborda com tanta delicadeza a questão do preconceito deixar passar um diálogo como este. Não sou cadeirante, mas imagino que uma cadeirante que esteja acima do peso deve ter se sentido bastante mal com esse show de preconceito.
De todos os tipos de preconceitos, o preconceito em relação a pessoas acima do peso ou obesas é socialmente aceito e por isso muito cruel porque as pessoas se acham no direito de julgar quem está acima do peso e oferecer “soluções” que não foram solicitadas.
Mas continua sendo preconceito e é tão feio quanto qualquer outro.
Por conta disso criei um blog há dois anos http://curlvelyme.blogspot.com/ que aborda a questão da ditadura da magreza/beleza e sobre a importância da auto estima na construção de uma vida mais feliz, mais satisfeita.
As pessoas têm tamanhos diferentes e o fato de uma pessoa ser gorda ou obesa não a impede de ser feliz.
As pessoas são gordas ou obesas por uma série de motivos, que vão desde predisposição genética, problemas de saúde, depressão, distúrbios alimentares.
De qualquer maneira, independente do motivo pelo qual a pessoa seja gorda ou obesa é importante ressaltar que as pessoas têm tamanhos diferentes: existem pessoas magras, baixas, altas, gordas, médias, com cabelos louros, negros, enrolados, lisos.
Ser gordo faz parte da diversidade humana e ainda que uma pessoa seja gorda porque não consegue parar de comer ( e, acreditem, isso não é a regra) ainda sim merece ser tratada com respeito e dignidade. Existem pessoas magras com estilos de vida muito menos saudáveis do que muitas pessoas gordas, mas essas pessoas são magras e portanto, socialmente aceitas .
Gordos não são párias sociais.
Somos pessoas como qualquer outra que trabalham, que são consumidores, que amam, que têm uma vida.
Ser gordo não deve ser tratado como uma questão de moral ou caráter (ou falta de.)
Existem vários blogs de mulheres que se valorizam e são a prova viva de que é possível viver uma vida legal, sadia e feliz com seus quilos a mais.
Uma lista de alguns blogs que estão criando um importante movimento plus size na internet: http://originaldani.blogspot.com/
http://poderosasgordinhas.blogspot.com/
http://manualpraticodagordinha.blogspot.com/
http://mundogege.blogspot.com/
http://belezasemtamanho.blogspot.com/
http://cotidianogordo.blogspot.com/
http://gmaravilhosas.blogspot.com/
http://mulherao.wordpress.com/
Espero, sinceramente que estas questões sejam consideradas em uma novela que tem a preocupação de informar, de lutar contra o preconceito.
Tenham cuidado e sensibilidade ao abordar o tema do sobrepeso de um modo geral (sim, existe vida além do manequim 42).
Especialmente no caso dos cadeirantes com sobrepeso achei o diálogo um enorme descuido.
Já vi vários depoimentos de pessoas acima do peso ao fim dos capítulos, inclusive o de Renata Poskus Vaz do blog Mulherão e acho a iniciativa muito construtiva.
Mas a escorregada do capítulo de ontem foi imperdoável.
Porque pessoas com limitações ou simplesmente diferentes do padrão também existem e podem sim ter uma vida satisfatória e feliz.
Se como dizia a camiseta de Luciana outro dia “ser diferente é normal”, cuidado com os preconceitos em uma novela cujo tema é superação”.

Patricia Morgado

A Patricia tem um blog o Curvelisciously Me muito bom, e vale a pena acompanhar os textos dela, estou reproduzindo este para que o maior número de pessoas possam refletir, sobre o que a mídia nos impõe no dia a dia.

12.04.10

Você teria coragem de casar-se com alguém obeso?

Você teria coragem de casar-se com alguém obeso?
Ou que fosse quase meio metro mais baixo?
De outra cor?
Religião?
Ou, quem sabe, ainda, com alguém que tivesse uma deficiência física?

Ora, que pergunta boba a minha. Claro que casaria, afinal, o que conta mesmo é o amor e a “química” entre o casal. Será?

Fiquei pensando nisso depois de assistir, em São Paulo, à peça Gorda, que trata justamente deste tema. Protagonizada pela atriz Fabiana Karla (aquela do programa Zorra Total que diz “isso pode… isso não pode”), a trama mostra claramente como o preconceito pode falar mais alto na hora de se assumir um relacionamento amoroso com alguém que não esteja dentro dos padrões estéticos ditos “corretos”.

O enredo conta a história de um executivo que se apaixona por Helena, uma mulher muito interessante, porém, obesa. Para seguir em frente nesse difícil relacionamento, ele terá que superar alguns desafios, como as piadinhas dos amigos no escritório, o despeito da ex-namorada magérrima e – o que é pior – os seus próprios preconceitos. Não vou contar o final, porque perderia a graça, já que a peça deve rodar o Brasil. Mas posso adiantar que a gente sai da sala pensando no assunto e reavaliando certos valores.

Li algumas críticas sobre o texto e há quem diga que o autor exagerou no melodrama. Mas para quem vive o preconceito na pele, a situação apresentada pelos atores é bem real. E cruel. Quem não conhece pelo menos uma adolescente gordinha que sempre fica sobrando nas festas, ou um menino acima do peso que só em sonhos consegue atrair a atenção da gatinha da escola? É assim mesmo que as coisas acontecem, e não adianta tapar o sol com a peneira, como dizia a minha vó.

A Helena tinha muitos outros atributos – era inteligente, sensível, engraçada, divertida, culta, carinhosa. Tudo o que um homem poderia querer de uma mulher. Só não tinha um corpo escultural que, hoje, parece ser pré-requisito para ser aceita e admirada. Mas a protagonista desta história bem que poderia ser, também, uma negra – porque um homem branco, bonito e bem-sucedido teria que, igualmente, vencer barreiras e lutar contra o preconceito para casar-se com uma mulher negra (ou vice-versa, claro).

Poderia, também, ser uma cadeirante. Não é isso, por exemplo, o que está mostrando a novela Viver a Vida, com o romance entre o médico Miguel e a modelo tetraplégica Luciana? A mãe do jovem cirurgião, interpretada com maestria pela atriz Natália do Valle, se desespera ao imaginar o filho casado com uma cadeirante. E por quê? Porque a moça foge do padrão estabelecido. É novela, eu sei. Mas é, também, a vida real. Infelizmente.

Viviane Bevilacqua


09.04.10

DIZEM POR AÍ: Carolina Dieckmann quer se casar de novo pra usar vestido justo!

“Estava gorda…fui a noiva mais baranga do mundo. Por isso, vou me casar de novo. Não sei se quando fizer 35 anos ou se quando fizermos cinco anos de casados, mas quero estar bonita. Com um vestido justo!”

Carolina Dieckmann, atriz, 31
Sobre seu casamento com Tiago Worcman.

Só tenho a acrescentar que ela estava “gorda” porque estava grávida, de resto: ME POUPE, CAROLINA!!!

Eu li essa idiotice aqui.