fbpx

Categoria: Polêmica

09.09.13

Guest Post: Medida Certa ou Incerta?

Na semana passada vários blogs e sites abordaram sobre a presença das Divas Plus Size no programa Medida Certa, embora eu tenha uma opinião a respeito delas estarem no programa, eu não quis trazer para o blog o #mimimi se elas eram vilãs ou mocinhas. Como eu tenho as leitoras mais lindas, eu convidei o Cezar Vicente Jr, que é Nutricionista para falar um pouco sobe os efeitos do Medida Certa em quem participa e também na sociedade como um todo. O texto é longo, mas extremamente esclarecedor, espero que vocês curtam tanto quanto eu. <3

Os reality shows sempre fazem sucesso, em especial aqueles que se focam sobre o peso, como o americano The Biggest Loser (que teve uma versão brasileira, mas que não vingou) e o Medida Certa (e sua versão infantil, Medidinha Certa). Existem muitos pontos que me incomodam nesses programas, em especial no Medida Certa, e vou tentar resumir alguns. O primeiro ponto pra mim é sem dúvida o fato de ser focado no peso. Quando se foca no peso assume-se que o objetivo da mudança é o peso, no caso, a perda de peso. E isso me leva a algumas questões:

Questão ‘A’: Alguém consegue mudar diretamente o peso?

Questão ‘B’: Existem apenas formas saudáveis de perder peso?

 Questão ‘C’: Todo mundo que tenta perder peso, consegue?

Medida certa

Considerações sobre as questões.

A) Não, o peso não é um comportamento, portanto não consegue ser mudado diretamente. Conseguimos atuar diretamente sobre os nossos comportamentos, por exemplo, escovar os dentes após as refeições, tomar mais água, etc.

B) Existem muitas formas utilizadas popularmente para se perder peso (não estou me referindo à efetividade) e, diga-se de passagem, as mais perigosas são as mais usadas: cortar grupos alimentares, usar medicações para queimar gordura, fazer jejuns, fazer dietas restritivas, fumar, usar shakes substitutos de refeições, vomitar, usar laxantes, usar diuréticos, chás emagrecedores, etc. A lista é longa!

C) Esse é o grande ‘X’ da questão. É considerada uma perda de peso efetiva quem perde peso e consegue manter por até 5 anos esse peso. Estudos mostram que é mais possível se curar de alguns tipos de câncer do que “fica na medida certa” quando já se tem um peso elevado. E isso não é culpa da pessoa! Com o grande foco no peso, algumas das indústrias mais poderosas do mundo – farmacêutica e alimentícia – viram um grande potencial e investimento: o emagrecimento. Oras, imagine que vc compra um produto para um determinado fim, mas que não funciona, ou funciona por um curto prazo, e que no rótulo vem escrito que se não funcionar a culpa é sua! Ou você não usou direito, ou foi o tempo que usou que foi curto, ou não teve força de vontade de usar o produto. E se, por acaso, você achar que esse produto não presta, em breve surgirá outro com uma embalagem diferente, mas ainda dizendo que a culpa é sua se der certo. Você compra porque todo mundo diz que você precisa alcançar aquele determinado fim e que só você não conseguiu. Além de um mercado inesgotável e altamente rentável (afinal, quem hoje não quer perder alguns quilinhos?) ele ajuda a colocar a culpa na própria pessoa o que ajuda a fortalecer algo chamado ‘estigma do peso’ (ou ‘estigma da obesidade’) onde diversas características são associadas, erroneamente e quase que automaticamente, às pessoas com maior peso. Alguns exemplos são: preguiça falta de força de vontade, gula, descuido, etc. Esse é um dos principais motivos para que as pessoas procurem desesperadamente ‘transformar’ seus corpos.

Como se não bastasse isso, todos os profissionais da saúde aprenderam que grande maioria dos problemas de saúde são causados por excesso de peso (em muitos casos independente do peso da pessoa). “Esses dias fui ao médico dizer que estava com uma dor no pescoço e eu nem havia terminado de falar e ele me mandou emagrecer (…) depois estava com uma dor na barriga e fui a outro médico que me disse a mesma coisa… Sabe, sinto como se eu não fosse mais uma pessoa, mas como se eu fosse apenas um peso, um número… Lembro-me daquela história que gordo não tem nome. Ao invés de as outras pessoas se referirem aos gordos pelo nome, elas o chamam ‘gordo’.” – relato de uma paciente em conversa com nutricionista. Vamos refletir: as pessoas que tem dificuldades com o seu peso vão procurar o profissional da saúde que sempre dá uma orientação inovadora: emagreça (algumas vezes essa etapa é pulada). Ouvem diariamente que deveriam ter força de vontade, fechar a boca, deixarem de ser preguiçosas… Com isso elas se tornam alvo fácil da indústria do emagrecimento. Consequentemente elas não perdem, voltam a ganham peso em algum tempo. A pessoa se sente culpada por isso. Como é difícil para as pessoas que não estão ‘na medida certa’ viverem nesse planeta! Por isso acho necessário deixar alguns pontos esclarecidos: O nosso corpo não é uma massinha de modelar, portanto não podemos deixar ele do jeito que quisermos. O nosso corpo não é uma peça de madeira que precisa ser esculpida para ficar melhor. O nosso corpo não é o que nós somos, ele é apenas uma parte do que nós temos – somos muito mais do que o nosso corpo. O nosso corpo não precisa ser consertado para melhorar a nossa auto-estima. O nosso corpo não deve ser maltratado, mas sim cuidado! O nosso corpo não precisa estar dentro de padrões para nos gostarmos! A forma do nosso corpo não é o resumo do nosso estado de saúde! A palavra mais citada quando o assunto é peso é ‘alimentação’. Graças à grande mídia e alguns fatos históricos, todas as pessoas do universo automaticamente pensam em peso quando se fala em alimentação. Dentro desse pensamento a alimentação tem apenas 2 funções específicas: engordar e emagrecer.

tumblr_m945oi25FM1rzc0p3o1_500

E nessa visão simplista a saúde é “controlar o peso”. A comida não é uma modeladora corporal também. Sim, ela é muito importante e não há como viver longe dela! Ela é importante para manter nossas funções biológicas do corpo adequadas, para podermos comer um delicioso bolo recheado em uma festa de aniversário, para podermos fazer aquela receita da vó e achar que vai sair igual (mesmo sem nunca sair), para podermos tomar um chá quentinho quando estamos gripados, para convidar aquela pessoa amada para um jantar romântico, para reunir amigos em casa e querer tentar fazer com as próprias mãos um quitute gostoso para todos… A comida é incrível e imprescindível! Internacionalmente alguns movimentos trabalham na mesma direção destas críticas. Um dos meus favoritos é chamado de Healthy At Every Size® (algo como “Saudável em Todos os Tamanhos”). HAES® é um tipo de abordagem para promoção da saúde baseada em 3 pilares: auto-aceitação corporal, comer normal, e atividades físicas prazerosas. Ou seja, que é possível cuidar da saúde de uma maneira não-militar e que entende que existem pessoas de todos os tamanhos e formas.

Pra finalizar, apenas uma reflexão: se existe a uma “medida certa” automaticamente existe uma “medida errada”, quer dizer que se eu não estou nessa tal medida correta o meu corpo está errado. Sinceramente, não acho que existam corpos certos e errados, acredito em DIVERSIDADE, alguns corpos não devem entrar em extinção.

Cezar Vicente Jr

27.05.13

Muda o destino da gordinha, Walcyr!

A Paula Bastos fez uma carta aberta para o autor Walcyr Carrasco  de Amor à Vida, nesta cara ela mostra todo o preconceito que gera mais uma personagem gordinha caricata.

Transcrevo para vocês o que ela postou no Grandes Mulheres, assino embaixo das palavras dela e acredito que unidos podemos ver a mudança acontecer.

Caro Walcyr Carrasco,

Oi! Sou Paula Bastos, tenho 30 anos, sou jornalista e blogueira. Resolvi te escrever pra tentar fazer barulho porque parto do princípio que o “não” eu já tenho, mas como sou brasileira, tenho aquela mania de não desistir tão facilmente. Sabe, gosto de novela e gosto das tramas que você desenvolve. Assim como grande parte do público, já estou impressionada com o desenrolar rápido e astuto de Amor à Vida e acho que a produção é promissora. Ah, claro, não poderia deixar de agradecer e mencionar que ela também ganhou meu coração porque você me proporcionou a oportunidade de morrer de felicidade sempre que Juliano Cazarré aparece na tela da minha TV – obrigada!! –, mas estou aqui para falar de outra coisa.

Sei que hoje em dia muita coisa está ficando chata por causa do “politicamente correto”, mas queria “trocar uma ideia” com você sobre a personagem de Fabiana Karla. Talvez nada do que eu vá falar agora faça parte do seu universo, mas faz parte do meu, de um trabalho que tenho feito há mais de quatro anos e de um percentual bem grande de mulheres que assiste à sua novela. Infelizmente a nossa sociedade é extremamente preconceituosa. Diariamente pessoas são discriminadas por classe social, religião, sexualidade, time de futebol, raça, por serem gordas e etc. Walcyr, ser gorda em um país onde as pessoas só valorizam as mulheres magras ou as bem gostosonas não é nada fácil, mas tenho certeza que você sabe de tudo isso porque está ai estampado na sociedade pra qualquer um ver.

Sabe, no capítulo de sábado da novela (dia 25/05), eu chorei. De raiva. Fabiana Karla é a amiga gorda encalhada que dirige um fusquinha velho e sonha com o príncipe encantado. O pior de tudo é que esse é o destino mais óbvio que uma personagem gorda pode ter porque, até hoje, não vi uma única gorda na TV que transmitisse qualquer coisa realmente boa…são sempre papeis cômicos e caricatos de um estereótipo discriminado. As personagens gordas são sempre as empregadas engraçadas ou, então, as amigas fofas de uma magra poderosa da novela. Embora Fabiana tenha esse tino pro humor, que tal explorar o talento dela saindo um pouco do óbvio? A gente sabe que ela tem muita capacidade pra isso!

Walcyr, sei que personagens são sempre meio caricatos e que novela é ficção, mas quantos milhares de brasileiros assistem às novelas diariamente? Quanta gente é influenciada pela ficção? Por que não usar o poder que você tem para ajudar a desmistificar um preconceito que está tão enraizado em nossa sociedade? Por que Fabiana Karla não pode ser uma gorda bem sucedida que se ama, se valoriza, tem sucesso profissional e amoroso, assim como acontece com várias gordas por aí? Você tem noção do quanto essa representação estaria ajudando a MILHARES de brasileiras que, diariamente se olham no espelho e se sentem um lixo por não se encaixarem em um padrão de beleza pré-estabelecido?

Faço esse trabalho de tentar levar informação e ajuda para mulheres com sobrepeso há mais de quatro anos e vou te dizer: já passei madrugadas respondendo e-mails e chorando com os desabafos que recebo de gente, inclusive, que tem vontade ou já tentou se matar por não se sentir aceita. A TV é o veículo de massa que mais atinge as pessoas e sabemos que infelizmente nem todo mundo em nosso País tem acesso a uma educação de qualidade e, logo, muita gente é influenciada pela ficção, não sabendo separar o limite do caricato para a realidade.

Sei que você faz o seu trabalho com maestria e tenho certeza que você poderia mudar o destino dessa personagem de Fabiana Karla. Não precisa fazer algo estrondoso com ela porque não estamos pedindo que a transforme na Mulher Maravilha, mas ela poderia se tornar uma mulher que se descobriu forte, linda, capaz e cheia de autoestima, que tem tanta capacidade de conquistar um homem ou o sucesso profissional quanto qualquer outra personagem magra e bem sucedida da novela.

Sou gorda e vou te dizer em nome de todas as gordas do Brasil: a gente não precisa de mais uma representação discriminatória e preconceituosa. Não queremos sair na rua e ficarmos sendo comparadas com a coitada da novela; não precisamos que os homens recebam o reforço de que mulher que realmente vale a pena é a magra bonitona porque também temos conteúdo, também somos bem sucedidas e também temos a nossa beleza. Temos tanta capacidade de satisfazer um homem e de fazê-lo feliz quanto qualquer Panicat, temos inteligência para ocupar cargos altos, temos simpatia, temos carisma, temos beleza e temos o que qualquer homem ou mulher no mundo tem: a gordura não nos torna incapazes, não tira nossa inteligência, não nos torna lentas, feias, preguiçosas ou qualquer outra característica que a sociedade tenha tentado relacionar e você TEM o poder de desmistificar isso usando uma personagem SUA para mostrar o contrário, ajudando milhares de pessoas.

Em nome de toda uma parcela da população que tem lutado para conquistar mais respeito te peço: Walcyr, muda o destino da Pérsefone Fortino. Faça dela uma mulher forte, não forte de robusta, mas mostre ao Brasil a força que essa personagem pode ter dando a volta por cima e se tornando um exemplo. Não precisamos desse caricato de coitada sonhadora encalhada que já está mais do que disseminado: seja diferente dos outros autores, inove e retrate essa mudança. Você tem o poder em suas mãos e você pode fazer isso, basta querer. Eu estarei aqui, com outras milhares de mulheres, torcendo e fazendo pensamento positivo para que você repense o destino da personagem e nos ajude nessa batalha diária contra o preconceito!

Obrigada,

Paula Bastosfabianakarla

Nós mulheres Gordinhas, Gordas, Obesas já somos estereotipadas o tempo todo e esta personagem só aumenta a gordofobia nas redes sociais e também na vida real, já passou da hora de termos uma mulher acima do peso sem papéis que contribuam para o preconceito.  Vale lembrar que a mídia “aceita” o homem gordo de uma forma bem menos cruel, o lindo do Thiago Abravanel na última novela não fez nenhuma papel de friendzone ou de comediante, mas se tratando de uma mulher e gorda na Globo parece que o destino não poder ser “normal”.

12.07.12

C&A + Preta Gil: A coleção dos sonhos de toda gordinha… só que ao contrário.

Depois da Leader, Renner e Marisa disponibilizarem tamanhos grandes, chegou a vez da C&A se render a esse nicho do mercado. E eles foram além para a linha plus anunciaram uma parceria bafo com a Preta Gil para lançar a sua coleção.

Ganhou muito destaque na mídia e encheu o coração das gordinhas de esperança, afinal quem não quer ficar bem vestida e na moda?

A coleção que é composta de 35 peças foi divulgada na semana passada aqui, e para decepção de muitas gordinhas veio  bem básica ficou restrita em modelagens, muito mais do mesmo. [Ponto para as lojas especializadas em Plus Size, que estão se superando a cada coleção.]

A grande vantagem no meu ponto de vista na C&A são os preços, que segundo informado não ultrapassa 99 reais.

Vamos ver um pouco do que eu estou falando?

A blusa de paetê mostra que nem tudo está perdido e quero muito poder ver ela melhor nas minhas mãos, e se eu curtir o material  pretendo comprar. (quero uma assim faz tempo como falei aqui)

A saia longa de renda branca, é uma das peças mais feias que já vi na vida, além de ter sido Hit faz duas coleções.

Não vou ficar aqui colocando defeito, pois gosto cada tem um seu não é mesmo?

Nas fotos eu não desejei nem 20% da coleção, mas assim que tiver oportunidade vou conferir de perto e quem sabe mudar de opinião. [ando amando me surpreender positivamente com as coisas]

Só que a decepção não para por ai, a marca achou necessário reduzir a Preta em alguns manequins como podem ver na imagem abaixo.

Imagem: Plano Feminino

 

Abordei esse uso excessivo de photoshop no facebook [clica aqui] e pude perceber que ninguém viu lógica nessa atitude.

Sei que fotos são tratadas, sei que pneuzinhos são retirados em qualquer modelo plus size mas acontece que tiraram quase tudo dela. Olhando é uma pessoa magra que parece com a Preta Gil estrelando uma campanha para gordinhas.

Cadê a coerência Braselll?

Será que quem tratou as fotos de divulgação quis passar uma mensagem subliminar de que esses looks não vestem bem em gordinhas, e por isso emagreceu ela?

Não sei o motivo real de terem modificado o manequim dela, só sei que a Preta não merecia ter toda a sua gostosura reduzida em um programa de computador.

E vocês o que acharam da Coleção? E da Preta Gil quase magra?

25.06.12

Não me vejo, não Compro!

Estou a pouco tempo envolvida em questões Plus Size, tenho um pequeno grupo no Facebook e sempre que posso posto novidades na moda, e curiosidades no mundo Fat. Porém eu como mulher preta, assumidamente preta e assumidamente gorda, em cada pesquisa que faço, fico com uma pulguinha atrás da minha orelha.

Todo mundo sabe que no mundo capitalista e comercial, a gente consome aquilo que a gente se vê e os vendedores, sabedores dessa prática, investem em diversos seguimentos, comportamentais, sentimentais, étnicos… E assim a gente acaba se encontrando em alguma coisa e finalmente, consumindo.

O mundo Plus Size (como virou modismo falarmos ultimamente), deu uma guinada de uns pra cá… A gente tem encontrado diversidades de roupas e tals… Só se veste mal quem realmente quer . Mas sinceramente, eu aqui hoje quero fazer valer valer um protesto. Não me vejo.

Alô representantes Plus Sizes! Cadê as pretas gordas??

Alô lojistas, produtores de eventos Plus Size!! Cadê as pretas gordas??

Alô pretas gordas!! Até quando vão continuar aceitando não vêem nas propagandas, nos desfiles, nos catálogos??

Nanda Souz, ficou divina em editorial para a revista Beleza em Curvas em 2.010.   Infelizmente nenhuma marca brasileira plus size, usa asmodelos negras em seus catálogos.  Com tantos negros em nosso país como podem até hoje ignorar a vontade das consumidoras em se ver representada?

O fim picada pra mim, foi eu como fã de Rap Nacional (deixando bem claro que o Rap é música negra), me deparei com esse vídeo, veja aqui e fiquei estupefata!

O vídeo em si, é bem produzido e tals… As meninas muito bonitas, tudo muito bem feito, tudo de muito bom gosto, sem vulgaridade…

Mas uma pergunta permeia minha mente: Por quê não há uma representatividade negra nos desfiles, catálogos e afins?

Sem querer “causar” tá? Mas acho que eu como mulher preta e gorda, preciso urgentemente ME VER… Quero me ver nas propagandas, quero me ver nos desfiles… Quero algo voltado pra mim.

A gente sabe que o mundo da moda, por exemplo, é cruel… E que mesmo pros magros existe uma certa dificuldade… Mas mesmo que seja pra cumprimento da Lei, os pretos vez ou outra estão lá. Agora, pq isso acontece? Não há procura? Não há oferta? Cadê as pretas gordas?

Clipe bem feito, sem pornografia e tals… Mas em se tratando de música negra, eu não me vi ali representada.

Será que além da Gordofobia que temos que lidar e combater todo santo dia, teremos também que combater Racismo no meio Fat?

Complicado, hein.

Pérola Negra do grupo Fat Brasil 

 

Obs: Assunto polêmico o deste texto da Pérola, mais uma vez eu concordo com tudo que foi colocado acima.

Eu apoio totalmente a luta por um espaço maior para as negras dentro do mercado plus size brasileiro.

E vocês o que pensam sobre isso? 

21.06.12

Você é linda, mesmo sem ter um Título … Acredite em Você!!!

Somos todas LINDAS? Sim! E GORDAS! Sim, GORDAS! Palavra feia né? Que nos persegue desde que descobrimos que estamos acima do peso e das medidas ditas padrão atualmente.

Mas agora a grande maioria está feliz ou mais feliz!! Feliz porque agora quando alguém nos chama de gorda, descobrimos uma palavra para responder…gorda não, PLUS SIZE! Porque o termo “plus size” caiu no gosto do pessoal pra maquiar essa palavra…

Claro que como já foi dito por aí, a vida de todas nós seria muito mais fácil se fossemos magras, sem dúvida. Mas nós somos felizes assim e ponto.

Mas sinceramente eu to cansada de tantos concursos plus sizes. Ao meu ponto de vista, só estão servindo para tirar dinheiro de meninas/mulheres em busca de um título (dentre tantos concursos, vão acabar virando ex-BBB – de qual edição mesmo você participou? São tantos!!) aceitação das pessoas em torno ou uma carreira de modelo.

 

Sonham em se tornar modelo plus size? Então passem a agir como as meninas magras que sonham em ser modelo….faça um book, corra atrás de uma agência e passe a correr atrás de trabalho como elas fazeml!!! Se exigimos igualdade no tratamento, nos manequins produzidos pelas grifes, temos que batalhar como tantas batalham. Assim como no nosso mundo plus algumas foram descobertas, sem a necessidade de correr atrás disso, no mundo fashion magro também é assim…algumas descobertas e muitas correndo atrás do sonho!

Claro que foram necessários alguns concursos para que o mercado acordasse para nós, nos enxergasse…e vissem que somos um potencial em consumo geral! Mas sinceramente, TO CANSADA de tanto concurso…

Eu já perdi as contas… vários “Miss Brasil” (que vai do virtual ao real, tirando a credibilidade e importância do evento) “Miss São Paulo” “Miss Rio de Janeiro” ( que não participam do Miss Brasil representando suas cidades), tirando os que usam o nome de Miss nos deparamos com uma infinidade de concursos um para cada estação do ano, e ainda querem eleger a  elegância em outros.( E todos usam faixas, não é exclusividade das Misses não.O resultado é que em todo evento plus tenha 10 mulheres exibindo suas faixas.)

Agora me digam, fora a Tatiana Gaião (a primeira eleita no primeiro concurso já realizado) e a Cléo Fernandes (que ao meu ponto de vista nem precisaria de concurso para estar em vários catálogos), onde as outras eleitas estão trabalhando agora? Desafio alguém a dizer o nome de todas as eleitas sem consultar o Google ou blogs afins…

Sou a favor sim do mercado plus size…sou a favor sim da criação e incentivo a empresas a fabricarem roupas pensando em nós…assim como sou LINDA e GORDA, mas sinceramente…to achando esses concursos uma palhaçada!


Obs: O texto é de uma amiga e leitora,  mas concordo TOTALMENTE com tudo que está escrito. Em momento nenhum ela ou eu temos a intenção de desmerecer qualquer evento dos vários que estão acontecendo, o texto não tem foco em um ou outro evento.  A intenção aqui é mostrar que podemos ser lindas sem ser MISS e que não é por ter vencido um concurso que você vai ser Modelo Plus Size, isso vai acontecer somente se você se dedicar a isso da forma correta e se profissionalizando para ocupar o cargo que almeja.