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Categoria: Colunistas

15.09.13

Ninguém acredita, mas gordos têm alma.

Gordos

Atrás de todo preconceito existe a burrice crônica. Eu vejo esses programas de televisão sobre emagrecimento e me surpreende como as pessoas sabem pouco dos gordos. E são médicos, nutricionistas, preparadores físicos de diferentes países, esmo assim não sabem muito sobre a vida de um gordo.

Nesse assunto eu devo ter mais do que doutorado. São trinta anos de dietas, consultas e uma procura incansável, tentando decifrar qual é o problema para subir e descer de peso em uma velocidade de foguete.

A primeira coisa que eu gostaria de dizer a todas essas pessoas é que gordos não são ratos de laboratório, não adianta bater na porta com uma dieta e uma esteira, essa não é única coisa a ser resolvida.

No programa “Medida Certa” muito foi dito. E mais ainda foi escrito. E eu ainda assisto sem acreditar que ninguém menciona uma coisa importante. Eles colocam os participantes para correr, nadar, comer barras de cereal e pularem corda. Mas não vi até agora nenhum apoio psicológico.

E pode parecer brincadeira, mas hoje eu sei que é a parte mais importante da dieta, o acompanhamento psicológico. Gordos não são cobaias de laboratório que é só trocar a comida e emagrecem, são pessoas como qualquer um, e ser submetido a uma dieta desencadeia muitos processos internos.

Impressionante que todos esses profissionais de emagrecimento passem por cima disso, acham que é só colocar o gordo pra correr, como se fosse um animal.

A única coisa que sustenta a dieta é a cabeça e se ela está fragilizada tudo pode se perder .E a cabeça fica fragilizada demais.

Começar uma dieta pode animar um dia. Mas existe o dia seguinte. E pode não ser tão bom. E existem os dias ruins. E os dias de raiva. Tudo isso vai passando na tua frente, enquanto você tem que malhar e comer uma maça. E ninguém fala sobre isso, acham que emagrecer é só força de vontade e foco. Não é. Precisa de força que vem da alma, a cabeça no lugar e um espaço para chorar, porque dá raiva, muita raiva. A gente no meio de uma dieta pensa besteira o tempo inteiro. E pensa besteira porque passa fome, não importa a dieta, a reeducação alimentar, a gente passa fome e isso leva o organismo a um stress que solta os pensamentos bestas. Por isso precisa de alguém para dar um apoio psicológico e orientar a pessoa, no meio de tanta pressão.

Às vezes eu me sentava para comer e via minha comida e de repente pensava que o mundo era injusto. Eu não faço mal a ninguém e não podia nem comer o que queria, estava ali, como se fosse uma condenada. Isso dói. E as pessoas te atormentam, sabem que você está de dieta e você não pode nem olhar para o lado, senão lá vem-Vai quebrar a dieta?

Da alma do gordo ninguém entende nem cuida, acham que a única coisa que interessa é a esteira e a salada de rúcula. No fundo esses profissionais de emagrecimento que aparecem na televisão são preconceituosos, vêem o gordo como uma máquina que saiu da linha e deve perder peso, não enxergam o ser humano ali, nem a necessita vital de um acompanhamento psicológico.

Quem pensa que o gordo é aquilo ali, um monte de gordura, apenas mostra como é limitado. Por isso não acredito nesses programas de emagrecimento, conheço o suficiente do ser humano para saber que não é apenas um corpo, tem alma também.

Mas isso é outra coisa, convencer o mundo de que os gordos têm alma. No mundo de hoje essa parte me parece impossível. Um dia espero provar isso, gordos têm alma.

 

Iara
Iara De DuPont
http://sindromemm.blogspot.com.br/

15.07.13

Perséfone: Loucura não tem peso

Não sou conservadora, mas diante da televisão as coisas mudam. Recentemente fui assistir a um filme, porque tinha um ator que eu gosto, mas eu sabia que o filme era violento e cheio de momentos sem noção. Mesmo assim eu quis ver, então sai da minha casa e fui ao cinema. Mas com a televisão não é a mesma coisa, assisto com o controle remoto na mão e mudo sem dó de canal, ainda assim acho que bom senso não mata ninguém e quem faz os programas deveria ter noção disso.

Na novela `Amor à vida ´ um personagem que causou polêmica desde o começo foi o da enfermeira Perséfone, uma gordinha preocupada em perder sua virgindade.

Desde o primeiro capítulo tudo em relação a ela parece ser uma farsa, uma coisa de mau gosto. Ela só pensa em perder a virgindade e talvez eu não possa falar com muita propriedade disso porque nunca trabalhei em um hospital, mas ela faz questão de contar pra todo mundo e sempre está convidado homens para jantar, sonhando em ter sua `primeira vez ´ com um deles.

No começo era irritante ver uma personagem gordinha agindo dessa maneira, dava a impressão que todas as gordinhas são rejeitadas pelos homens e vivem pelos corredores mendigando atenção masculina. O personagem era meio antiquado na maneira de vestir e agir.

Mas agora o autor conseguiu se superar Perséfone não é uma pessoa gordinha fazendo coisas estranhas, agora conseguiu ser um personagem totalmente sem noção e fora da realidade.

Ela parece pouco profissional, me pergunto quem quer cair nas mãos de uma enfermeira que só pensa em sexo e fica atrás de todos, até em uma reunião com o diretor do hospital ela trouxe o assunto a tona.

E no sábado o autor cruzou todas as linhas éticas possíveis, caso elas existissem.

Perséfone -Fabiana Karla

A enfermeira Perséfone convidou um rapaz para ir jantar a sua casa, um enfermeiro do mesmo hospital. O rapaz chegou na casa dela, jogou a moça na cama e começou a dar uma surra de chicote, já que ele tinha entendido que era isso que ela queria.

Ela é salva pela sua amiga, mas a cena foi constrangedora, horrorosa e penosa.

Eu tinha bronca com a personagem desde o começo, porque sempre senti que era desenhada com todo o preconceito que os personagens gordos são, mas hoje tenho um profundo asco pelo texto, porque o autor prova que não tem a menor ideia do que uma mulher pensa.

Nunca tive nenhuma amiga assim, disposta a perder a virgindade com um estranho, nunca vi isso. Minhas amigas e eu ainda fomos doutrinadas com aquela velha história de amor, ninguém saiu transando com estranhos na sua primeira vez.

É terrível ver isso na televisão, passa a mensagem que a primeira vez não vale nada, é tão sem sentido que pode ser com qualquer estranho que aceite ir a tua casa e te faça o `favor ´.

Perséfone virou uma caricatura, uma loucura do autor, eu nunca vi alguém como ela na vida real e a coisa ficou tão maluca que conseguiu superar a ideia de ser um personagem que fazia apologia ao preconceito com os gordos. Perséfone é tão doida que não tem razão para existir, não faz diferença se é gorda ou magra, ela é apenas um sonho ridículo de um autor que não conhece nada da alma feminina.

Mas era pra fazer graça! Por isso o autor colocou uma comediante para fazer  o papel.

Ah, era pra fazer graça? Com o que? Com uma gordinha que no começo era rejeitada por todos, depois virou uma pessoa sem noção que grita pelos corredores que é virgem e agora leva qualquer um a sua casa para perder a virgindade?

Não vejo graça nenhuma nessas situações, acho uma piada machista colocar uma mulher assim e para quem estava preocupada com a maneira que as gordinhas estavam sendo mostradas, podem se tranquilizar, Perséfone cruzou todas as barreiras, como enfermeira ela rouba expedientes para ajudar a uma amiga e fica mais preocupada em caçar homem do que em trabalhar e como mulher chega ao ponto da loucura de enfiar em sua casa qualquer um até acabar em um episódio apanhando.

Ela não representa nem mostra a vida de uma gordinha, caso ela represente alguém deve ser o pessoal emocionalmente desequilibrado, aquele que precisa de um tratamento urgente, porque o problema de Perséfone  não é o peso, nem a virgindade ,mas o desequilíbrio emocional e esse pode aparecer em qualquer um, não importa o peso da pessoa.

PS: Se vocês também acreditam que a personagem precisa ser revista urgentemente, cliquem aqui e assinem.

 

Iara
Iara De DuPont
http://sindromemm.blogspot.com.br/

15.06.13

Novela Saramandaia, nem começou e eu não gostei.

É muito comum na televisão atualizar antigos textos, fazer uma nova versão. Pra mim isso é falta de criatividade, mesmo que a base de todas as histórias seja sempre a mesma, a única coisa que muda é a maneira de contar e se essa maneira se repete qual a graça?

Além do perigo de cair na mesmice tem outro lado, os tempos mudaram e as minorias hoje não vivem mais as margens da sociedade hoje lutam pelos seus direitos e sabem se posicionar, por isso usar textos antigos pode significar mexer em vespeiros.

No Brasil ainda não conhecemos todos os nossos direitos, então quando alguém fala alguma coisa ofensiva, logo emenda: Mas é brincadeira!

Isso tem sido escudo contra as maiores barbaridades que alguém é capaz de dizer. E no momento que estamos um grupo ficou totalmente desprotegido, os gordos. Poucos sabem que essa rejeição social que sofrem se chama gordofobia.

As pessoas não acham que insultar um gordo seja uma coisa séria, mas a base da gordofobia  é a mesma de outros preconceitos, a pura ignorância.

E eu já me considero uma vidente social. Às vezes erro, às vezes acerto.

Mas vi o comercial de uma novela que nem começou e eu já posso dizer que não gostei.

vera-holtz-saramandaia-dona-redonda

A novela foi escrita e produzida em 1976, Saramandaia, por Dias Gomes. Era o auge da ditadura e ele sempre foi um escritor politizado, então resolveu fazer um texto para experimentar o realismo fantástico na televisão. Isso funcionaria e funcionou de duas maneiras, uma nova linguagem foi experimentada e permitia driblar a censura dos militares, eles não percebiam as denúncias ao sistema nas entrelinhas.

E agora a Globo resolveu fazer o mesmo texto, uma versão atualizada. Já se passaram quase quarenta anos, mas agora existem recursos técnicos para brincar com os personagens, coisa que na época complicou demais a vida da produção, porque a maioria dos personagens tinha alguma característica, um era lobisomem, outra provocava incêndios apenas tocando as coisas e um soltava formigas pelo nariz.

E no meio de todos esses personagens, existia a Dona Redonda, uma senhora obesa que não conseguia parar de comer, passa a novela inteira comendo, até que explode e morre.

Virei a internet para ver se eu encontrava  a razão política desse personagem, já que Dias Gomes era conhecido por isso, por usar outros elementos para denunciar a ditadura. E não achei nada, então conclui que esse personagem é assim. Dias Gomes como muitos deve ter escutado isso na infância, eu também escutei -Fulano come tanto que não sei como não explode!

E talvez ele como autor quis brincar com isso. Há quarenta anos os números de obesidade não eram tão altos e não se sabia o que se sabe hoje. A novela nem começou e eu já não gostei.

Comer compulsivamente como o personagem faz é uma doença, um distúrbio,uma compulsão, é uma coisa séria, não é brincadeira de novela. O personagem aparece indo na feira e comprando tudo e as pessoas se assustam. Imagino que vão respeitar o texto original e o personagem vai passar a novela inteira comendo como se não existisse amanhã.

E assim outra geração de crianças vai crescer com essa idéia, de que gordos são descontrolados, comem como malucos e no fim explodem. E crianças brincam com elementos de novelas, com certeza depois de assistir a novela vão chegar à escolinha e dizer ao amiguinho gordo- Você vai explodir de tanto comer, como na novela!

Compulsão por comida tem tratamento, é uma doença que envolve um sofrimento enorme. Quem tem problema com as drogas, pode tentar largar e não voltar ao vício, mas a compulsão por comida é muito pior porque a pessoa não pode parar de comer, senão ela morre, então cada vez que ela se alimenta o cérebro acorda e  fica difícil controlar.

E isso vai virar piada em novela, uma doença como essa que envolve tanta dor.

E qual a solução para novelas que insistem em mostrar o gordo como uma pessoa fraca, louca por doces, guiado pela fome e capaz de levar tudo que encontra em uma feira?

É um caminho longo, mas eu acredito que a única solução é a mesma que os negros encontraram, mostrando que a televisão é racista. Graças aos movimentos pelos seus direitos, os negros hoje não são mais retratados como antes, apenas em novelas de época se permite mostrar um negro como escravo, porque corresponde a um fato histórico, de século passado.

E os gordos precisam fazer isso, se impor para acabar com essa imagem errônea que a televisão constrói sobre o assunto. Os gays também sofrem a mesma coisa, são retratados de maneira caricata, apenas agora uma novela começou a mudar isso, mas em programas cômicos eles ainda são ridicularizados, como os gordos são.

Obesidade não é gracinha de novela e ver alguém explodir em consequência de uma doença não é piada. Vão falar para não levar tão a sério, que é só brincadeira de novela a gorda explodir. Tá bom.

Mas se o objetivo da novela é fomentar mais ainda o ódio aos gordos e garantir a todos que gordos são mesmo descontrolados, parece que vai dar certo.

Ah, mas de repente eles mudaram o texto e vão mostrar de uma maneira positiva, se for assim, eu volto aqui e mudo meu texto e ainda me desculpo. Mas eu sou macaca velha, já vi esse filme antes e sinto na pele todos os dias o ódio que as pessoas têm pelos gordos. Só a estreia da novela vai dizer se o mundo avançou ou não.

Iara
Iara De DuPont
http://sindromemm.blogspot.com.br/

21.05.13

Plus Size Fashion Fortaleza – Por Pedro Nobre

Aconteceu neste sábado, 18, o Plus Size Fashion Fortaleza no Marina Park Hotel. O tema desta edição foi “Coisa de Cinema” e reuniu as estrelas do mundo fashion da moda plus.

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E eu, Pedro Nobre, e a fotógrafa Maryana Sampaio fomos lá cobrir o evento que foi maravilhoso. Para falar a verdade, eu estava super ansioso, pois, até aquele dia, eu nunca tinha ido a um evento de Moda ou Moda Plus e mais ansioso ainda, pois teríamos no evento a Top internacional Fluvia Lacerda. Ela desfilou e como já era de se esperar ARRASOU!

mary fluvia e eu

Que a Fluvia arrasaria, no evento, todos sabiam. Ela era uma das estrelas da noite. Mas confesso que a emoção ao vê-la foi imensa. Além da grande simpatia que era distribuída a todos. Olhem como ela estava linda, maravilhosa, perfeita, (adjetivos me faltam para descrever essa mulher). Ela é simplesmente divina, uma energia indescritível. E sobre a beleza da moça, ah, isso eu não preciso falar, ela é perfeita, todos veem.

E há algo que ninguém precisaria saber, mas que eu direi..rsrsrsrs, eu travei na frente da Fluvia, travei mesmo, só a Mary e a Karlla sabem. Não conseguia nem falar e depois me arrependi por ter agido daquela forma com a Diva, mas não pude me controlar, era muita emoção. Desculpe-me, Fluvia!

fluvia

Então, a 4ª edição do evento considerado o maior da região, reuniu as melhores marcas do segmento plus size em Fortaleza. E a capital é privilegiada quando se fala de confecção, a cidade está sendo referência e este novo segmento da moda tem espaço na periferia, não só como uma oportunidade de novos negócios, mas, também, como um direcionamento de vida. Uma oportunidade altamente viável capaz de transformar a vida de muitos jovens que hoje, não veem saída por estarem acima do peso.

As grifes mostraram ser muito mais do que imaginavam, mostraram looks desde lingerie, roupinhas para malhação, vestidos de festa, looks casuais, e  sem esquecer de roupas para as lindas arrasarem na balada.

E o que dizer das Modelos? Todas lindassss e foram super queridas comigo.

Preciso também ressaltar que as meninas da produção do evento arrasaram no profissionalismo e na simpatia.

Segue abaixo uma galeria repletas de fotos deste fantástico evento o Plus Size Fashion Fortaleza, fico agora na torcida para que vocês leitoras lindas gostem da minha cobertura.

 

15.05.13

Não querem o dinheiro dos gordos? Tá bom…

Tem razão quem diz que na vida tudo  tem dois lados e nada é tão bom quanto parece nem tão ruim quanto dizem ser.

Colocada em outro contexto a frase “o dinheiro dobra a todos”  pode ser mal interpretada, mas tem seu lado bom.

Nem sempre explicar as origens do preconceito e seu efeito nocivo na sociedade ajuda alguma coisa ou faz a pessoa entender que isso não leva a nada.

Sendo assim, o dinheiro ajuda a dobrar a estupidez humana. Pelo menos no comércio, tem dobrado muita gente.

Uma marca de roupas americanas Abercrombie não faz roupas de tamanhos maiores, porque não quer gordas usando sua roupa. Pode parecer chocante, mas é comum isso na indústria, tanto que Giorgio Armani já disse publicamente que se recusa a permitir tamanhos acima do 42, porque sua roupa não é para gordinhas, elas saem da estética que guia a marca Armani. O todo poderoso da Chanel e ex-gordo,Karl Lagerfeld é tão histérico em relação aos gordos que se recusa a vestir pessoas famosas e gordas, não importa quem sejam. E não cansa de dizer que os gordos são o contrário do conceito Chanel, elegância é para ele uma questão de magreza.

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Eu dou muita risada quando leio isso, já houve um tempo que eu me irritei e achei falta de respeito, hoje acho que é a prova concreta de burrice.

E não me faltam motivos para rir. Para começar o mundo está falindo, apesar dessas marcas não perceberem. Não tem tanta gente assim com grana para comprar seus produtos de luxo e quem pode comprar nem sempre pesa o mesmo que uma modelo e o mundo está crescendo, as pessoas estão engordando. E muito me surpreende a posição da casa Chanel e Armani porque suas clientes fiéis são árabes, mulheres conhecidas porque são encorpadas, não são pequenas como as chinesas, outras clientes das casas.

Nos bastidores eles arrumam as roupas de suas clientes mais cheinhas, mas publicamente negam isso e rejeitam as gordinhas.

E o que pode derrubar tanto preconceito? O dinheiro. E coisas acontecem no mundo dos negócios, tanto que um grupo Frances, PPR já comprou metade das  grifes mais importantes do mundo. O grupo tem Gucci, Balenciaga, Alexander McQueen,e outros mais, entre eles Yves Saint Laurent,também conhecido por rejeitar as gordinhas.

E porque esse grupo comprou tantas grifes e está de olho em outras? Porque essas empresas estavam ou falidas ou na beira da falência. E esse grupo francês quis recuperar as grifes e manter a França na mira da moda, caso contrário os chineses teriam comprado tudo.

Empresas que saem comprando outras empresas não tem vínculos com idéias do antigo dono nem gostam de choradeira. Não são empresas emocionais, nem tem suas divas dando chilique, quem administra é um conselho de executivos e eles precisam de números na mesa e conversinhas fiadas não pagam os cheques nem os bônus.

É questão de tempo toda essa ladainha de “não quero gordas aqui” continuar. É matematicamente impossível seguir com uma empresa, uma grife, rejeitando uma parcela tão importante do mercado, porque gordinhas não são minoria, pelo contrário são maioria no mundo inteiro, não adianta pensar que essas grifes só vendem roupa em Paris, elas tem lojas no mundo inteiro e não existe nenhum lugar no planeta que só tenha gente magra.

Minha avó dizia que a vida ensina. Nesse caso se a vida não ensinou essas pessoas que administram grifes a respeitarem o próximo, então a falta de dinheiro vai ensinar.

Porque um dia no desespero vão estar nas portas das lojas implorando para que as mulheres entrem para comprar.

Mas isso não significa que as os estilistas estão respeitando as gordinhas! Não significa, mas se a pessoa não aprendeu a respeitar os outros de um jeito, aprende de outro, pelo menos o dinheiro eles respeitam, mas esse dinheiro está em mãos gordinhas e eles vão ter que rebolar se quiserem pegar.

Iara
Iara De DuPont
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