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Categoria: Autoestima

12.07.10

Ser Gorda

Ser gordo(a) tornou-se quase um pecado, numa sociedade onde a beleza do corpo físico tornou-se o bilhete de identidade para quase tudo. Mas, a gorda ou a magra, devem ter prazer no seu corpo tal como ele é.

Muitas são as pessoas na nossa sociedade que ignoram as pessoas mais gordas, ou melhor, fogem deles a sete pés porque julgam que estar com um obeso irá diminuir-lhes a imagem perante os outros. Vendo na gordura algo repugnante, a mentalidade da época moderna apenas aplaude os corpo magros, escanzelados, com os ossos a sobressaírem. A gordura deixou de ser formosura para passar a ser um pecado social, discriminando os gordos em diversas situações.

Na realidade, ser gorda é um problema que apenas diz respeito a quem o é na realidade. O resto das pessoas devem encarar a obesa por aquilo que ela é interiormente, aquilo que ela vale, e demonstra enquanto pessoa. Tudo o resto são meras conjecturas, muitas delas sem razão de o ser, fruto de uma sociedade com uma mentalidade ridícula e que apenas dá valor aos corpos que são exibidos nas revistas e televisão. Há, sem dúvida, uma discriminação à pessoa que é gorda, dificultando a sua vida em muitos sectores, nomeadamente no campo profissional.

A ideia de que se a pessoa obesa quiser perde peso, prolifera ainda nos circuitos sociais. Porém, esta afirmação não corresponde totalmente à veracidade da questão. A pessoa obesa pode tentar perder peso, e pode até consegui-lo, mas num período de três anos a dieta acaba por se revelar ineficaz. Ainda que as calorias ingeridas sejam mínimas, a verdade é que o corpo consegue corresponder a este impulso apenas num período de tempo limitado. A pessoa obesa pode até continuar com a dieta, mas chega a uma determinada altura em que a dieta já não demonstra os seus benefícios.

Ser-se gorda nem sempre é um problema exclusivo da alimentação da pessoa ou da falta de exercício. O peso de uma pessoa provém de um número extenso de fatores que passa pela genética, o antepassado familiar, e o próprio metabolismo de cada um. Se experimentar uma dieta, esta mostra-se muito eficaz num determinado período, mas quando a deixa o corpo tem tendência a engordar o dobro do que na altura em que a iniciou. Nem sequer é uma questão de força de vontade, mas sim uma perspectiva metabólica para a qual o obeso não tem armas para lutar.

O fato de ser gordo pode não ser necessariamente algo que fuja dos padrões de saúde. Dependendo da forma como a pessoa se sente, a obesa pode até levar uma vida perfeitamente normal e os seus exames médicos revelarem que está tudo bem. Por isso, a questão do peso pode não implicar sempre outros tipos de problemas de saúde. O ideal é a pessoa obesa manter-se o mais saudável possível, comendo regularmente todas aquelas coisas fundamentais para o organismo e que não contenham muita gordura. Mesmo que não note uma grande diferença na balança, convém alimentar-se devidamente segundo os padrões da boa alimentação e fazer algum exercício físico, pois a vida sedentária prejudica ainda mais o indivíduo.

A pessoa obesa sente-se muitas vezes discriminada. A vida profissional é um dos setores onde a pessoa obesa encontra graves problemas. Mesmo em cargos nos quais o encontro com o cliente ou público não são necessários é habitual que se verifique uma discriminação nesse sentido, anulando logo as hipóteses ao candidato a essa vaga. Ao sentirem-se discriminados pela sociedade, muitos dos obesos acabam mesmo por não irem a ginásios exercitar-se com receio que as pessoas olhem ou comentem o seu corpo. Por causa deste tipo de situações, a pessoa obesa pode também ter problemas em relacionar-se com alguém no campo amoroso e sexual. Sabendo que os outros a repudiam é natural que sinta que também no amor possa vir a sentir-se rejeitada pelo sexo oposto.

Este tipo de situações podem vir a tornar a pessoa extremamente nervosa, frágil e sem qualquer nível de auto estima. E, quando se apercebem realmente disso, a tendência é apenas uma: comer ainda mais. O importante é não deixar que a pessoa se vá abaixo, independentemente da sensação de discriminação que possa estar a sentir. Na realidade, a pessoa obesa pode fazer tudo aquilo que uma pessoa com um peso normal faz. Portanto, a diferença é apenas uma questão de peso e nada mais. Os obesos são pessoas iguais a outras quaisquer que apenas anseiam sobreviver numa sociedade que é de todos, gordos e magros, altos e baixos, negros ou brancos.

A ideia que os gordos são feios, uma ideia muito habitual, é totalmente falsa. Se reparar com atenção vai encontrar pessoas obesas bem bonitas, mas a sociedade apenas não as vê porque se mentalizou à partida de que os gordos são pessoas feias. A única diferença entre os obesos e os não obesos é apenas a largura, pois tudo o resto são atributos possíveis em qualquer um deles. Ser gorda não é vergonha nenhuma, nem tem que ter pudor em relação a isso. Tratam-se de pessoas com disfunções metabólicas, mas que não devem ser julgadas apenas por terem uns quilos a mais.

Se é uma pessoa obesa orgulhe-se de ser tal como é, isto se já tentou de tudo e não encontrou solução para o seu caso. Se ainda não se esforçou devidamente para perder peso, a solução é aplicar-se um pouco mais e ter muita força de vontade. Até lá, não tenha nunca vergonha de ser como é!

Encontei esse ótimo texto Aqui, e não pude deixar de trazer para compartilhar com vocês.

07.07.10

GORDA, GORDINHA, GORDONA

Jussara é uma moça jovem, bem clarinha, olhos verdes, sorriso largo e uma preocupação constante: perder peso. Vive obcecada pela perda de peso há aproximadamente três anos.
Não somos amigas, tão pouco a conheço muito bem, mas hoje pude conversar com ela por pouco mais de trinta minutos e escutá-la dizer por muito mais que trinta vezes o quanto precisava perder peso.
Contou-me que engordou dezessete quilos em um mês e ao mesmo tempo foi tirando fotos e mais fotos da bolsa, mostrava-me aflita o quanto era magra aos treze, aos dezoito, aos vinte e dois e aos vinte e três anos. E em seguida apontava-se e dizia : Mas agora olha isso!
Confesso que o sobrepeso de Jussara era visível, mas nada demais, já vi pessoas bem mais gordas que aquela moça e aquela ânsia pelo peso começou a me incomodar.
Falou que já fez milhões de dietas, já foi ao médico, já tomou remédios e nada adiantou. Esbravejou que o Centro de Saúde ainda não tinha liberado seus exames, pois na certa finalmente deviam ter encontrado a causa de seu aumento de peso.
Colocou a culpa na gestação e no mesmo instante desculpou-se: Todo mundo tem uma desculpa né? Essa bem que podia ser, mas não é a minha. Meu filho, tadinho, é um anjo não me causou esse mal.
E eu ali, meio sem saber o que falar quando ela me perguntava: Estou muito gorda, preciso emagrecer, não acha?
Questionei se ela tinha algum problema de saúde e ela negou todos, nada de colesterol alterado, nem diabetes, nem alteração hormonal, ou hipertensão nadinha que justificasse a preocupação incessante com a perda de peso.
Justificou a incompreensão do peso atual com seu cardápio saudável diário, detalhado item a item e por fim culpou o marido por sua “desgraça”: Quando separei dele perdi muito peso, mas foi só voltar para ganhar tudo outra vez. Voltar com marido engorda. Você tem marido?
Nem me atrevi a responder e tentando auxiliá-la a entender a causa de seu ganho de peso sugeri que passasse em atendimento psicológico. Mas que falha a minha, no mesmo instante ela me lembrou de que o problema dela era o peso e não a cabeça: Psicóloga para quê? Meu problema é com nutricionista, mas nenhuma delas acertou até hoje. Você conhece alguma boa?
Conheço várias pensei, inclusive uma de minhas melhores amigas, mas nem me atrevi a responder, pois definitivamente não poderia ajudar Jussara a perder seu excesso de peso. Não só pela minha falta de conhecimento específico no assunto, ou pelo excesso de compreensão com sua preocupação, mas principalmente pelo simples fato deste ser praticamente a única razão de sua vida neste momento.
Tirar de Jussara seu peso extra seria como tirar-lhe a vida. Só seria prudente tal ação depois de mostrar-lhe quantas coisas boas ela tem e que tornariam esta obsessão obsoleta.
Jussara é jovem, apesar do sobrepeso tem saúde, tem um filho lindo, tem um emprego, lindos olhos verdes e um sorriso contagiante, apesar de raro. Jussara poderia conquistar o mundo, mas para que isso ocorra, precisa antes de perder peso ganhar auto-estima.
Conheço muitas Jussaras e com certeza você conhece tantas outras, para esta marquei um atendimento de retorno para fortalecer o vínculo, ganhar sua confiança, mas para as outras gordinhas, gordas e gordonas resta a (falta de) atenção, desta sociedade que insiste em viver na era da revolução da beleza.
Para que perder peso quando se é feliz? Antes de perder peso e ganhar auto-estima, creio que Jussara precisa reencontrar a felicidade, nos olhos do filho, no abraço do marido ou no apoio de tantas mulheres que não se sentem completamente perfeitas com seu corpo, mas que como eu, conseguem viver perfeitamente bem com uns quilinhos a mais, sem se importar com as modelos de revista e com as artistas globais.
Jussara não feche a boca, abra, mostre seu sorriso lindo. Não feche os ouvidos, abra-os, e escute os incentivos e bons conselhos. Não feche os olhos, abra-os diante do espelho e descubra a maravilhosa mulher que existe em você.
É isso, para o ouvido mais perto que é o meu e para todas as Jussaras desta vida…

Taline Libânio

 Retirado daqui.
05.07.10

Poesia sobre Gordinhas

Sou feita de gostosura
Sou absoluta e senhora de mim!
Não aceito criticas,
Conceitos tolos
Ou qualquer outra coisa assim!

Não nasci pra ser rotulada,
Muito menos pra te agradar!
Não to nem aí pra quem fizer cara feia
Ou querer me questionar!

Fora das medidas
estão as pessoas mesquinhas
que nasceram pra criticar!
Eu vou vivendo a minha vida
E nada vai me derrubar!

Sou gordinha sim,
Aprendi a conviver bem com isso.
Afinal, não tenho pacto com a magreza
E com a fome, nenhum compromisso!

Além do mais,
minha auto-estima vai além da balança!
Meu poder de sedução não está no meu peso
Mas na minha confiança!

E se querem saber,
Quem me julga é quem se incomoda comigo!
Ocupa-se de seu tempo a criticar-me
A cuidar do próprio umbigo!

Me amo da cabeça aos pés
É inevitável que eu cause rebuliço!
E se acaso morrer de amores por mim,
Não foi por falta de aviso!

Mel Glitter
Recebi por e-mail de um amigo e leitor do blog e trouxe para dividr com vocês, espero que gostem 🙂
19.06.10

Tem gosto para tudo …

A Top Model Gisele Bündchen

em

entrevista para O Globo foi questionada sobre as Plus Size, e respondeu de uma forma que eu admirei demais.



Você se sente pressionada com a campanha do plus size?
GISELE: Eu nunca vou ser plus size. Olha o meu punho, como é fino! Calço 37 e tenho 1,80m. Nasci assim. A minha mãe teve seis filhas, e cada uma é diferente, a minha irmã mais velha tem 1,60m e é linda. Importante é se gostar. Eu não posso querer ser ruiva de cabelo cacheado, se não, vou ser infeliz. E é isso, tem gosto para tudo. (leia a entrevista toda aqui)



Sendo sincera e realista como sempre sou preciso admitir, que não imaginei que já tinha chegado o Dia em que as modelos Magras seriam questionadas sobre o nosso movimento.
Sei que o nosso movimento Fat está super acelerado [há 3 anos eu não fazia idéia que veria tudo que já aconteceu, hoje temos até calçados como mostrei], mais não sabia que já estávamos no patamar de poder causar certo incomodo as Top Models Mundiais.
Eu não consigo expressar em palavras a satisfação que é poder ver os conceitos se mudando, a certeza que o nosso movimento faz sentido. [gordita emocionada mode ON]
Mais eu adoreiii a resposta da Gisele é bem próxima ao que explicamos ao Mundo durante muito tempo, e creio que vindo dela sem dúvida será super aceito que sim TEM GOSTO PARA TUDO.
19.06.10

Ditadura da beleza é ter magreza?

Estava eu cá analisando minhas experiências passadas e também sobre o grande fantasma que assombra 9 entre 10 mulheres: o peso!
Parece que tudo hoje em dia se reflete na balança e consequentemente no humor, trabalho, relacionamentos e etc…
Quando eu tinha uns 9 anos, eu era muito magra, meu apelido na escola era “Carolina perna fina”…hahaha Passado o tempo, e as transformações naturais do corpo de uma garota/adolescente/adulta, em 16 anos meu peso mudou radicalmente, de 57kg quando tinha 16 anos para 90kg com 25 anos e 1,68m!
Ok, houve várias mudanças na minha vida cotidiana, alimentação e ausência de atividades físicas estão inclusas. Quando você ainda mora com os pais, certamente terá uma alimentação mais saudável, a mãe sempre cuida para que você ao menos coma os legumes e verduras todos os dias!! hehehehe E também eu praticava esportes, dançava, jogava basquete na escola, fazia atletismo (revezamento de 4×100).
Quando me tornei adulta, sem tempo, trabalhando muito, universidade e problemas para resolver, me fizeram ter uma alimentação nada balanceada, o que eu sei que é ruim para saúde, e ainda estou tentando melhorar isso!

lindas!
Vivendo em uma cidade onde a beleza é sim “fundamental” é um tanto díficil passar pela barreira da beleza e se mostrar eficiente ou inteligente, como por exemplo: quantos de vocês já viram um anúncio de emprego dizendo: boa aparência?? E o que isso exatamente significa? Ter os cabelos bem cortados, unhas limpas e roupas decentes, ou simplesmente ser uma beldade?

Morar no Rio de Janeiro, onde é uma cidade que respira exercícios físicos, corpos maravilhosos, e sexualidade a flor da pele, não é fácil se encaixar neste “padrão” pré estabelecido. Onde ser alta, magra, com pernas grossas, cabels longos e lisos (não importa se são implates ou se fez a escova progressiva para alisá-los) você terá grandes chances de arranjar um bom emprego e ser muito bem tratada nos lugares mais badalados da cidade. Caso você seja “cheinha” ou tenha cabelos rebeldes, seja baixinha ou simplesmente ser diferente, te enxergam de um modo que não é tão agradável, e simplesmente te rotulam: aquela baixinha ali, ou aquela de cabelo afro lá e etc…E sem contar que existem empresas que pedem que as funcionárias de cabelos cacheados, escovem os cabelos para trabalhar com eles lisos ( quem inventou este padrão????).
Lógico que não estou dizendo que todos na cidade são assim, mas já tive minha porcentagem desta idiotice egocêntrica e fútil dela.
E o pior de tudo, é que há muitas meninas de 13 anos fazendo dietas absurdas, ou se tornando bulímicas por causa desta ditadura, ou tomando remédios perigosos para perder peso, isso é correto?? A cada semana se você prestar atenção nas bancas de revistas há uma dieta nova que promete que vai acabar com a gordura acomulada em 1 mês. Não há fórmulas mágicas, há apenas disciplina, exercícios, muita paciência e uma boa dieta equilibrada receitada por um médico especialista.
Honestamente não sou uma super fã de academias de ginástica, faço caminhada de vez em quando e sempre amei dançar, mas faço isso por prazer e não para me tornar a mais gostosa da cidade, me sinto confortável em ter coxas grossas e bumbum grande. Há até mesmo cobranças dentro da família, me dizendo que tenho que emagrecer e etc, para ser mais bonita (?) como assim????? Para ser mais bonita ou eu teria que contratar um cirurgião plástico fabuloso ou ter que nascer de novo, pois a única coisa que iria mudar se eu emagrecesse seria o manequim da minha roupa, não minha aparência no conjunto total.
Ser saudável e bonita naturalmente é o que me importa, não sofro da crise de querer ser uma manequim de passarela e nem pretendo. Também não vou julgar aquelas que amam cirurgia plástica, cada um com o seu cada um….
Acho sim, que a mulher deve achar sua própria beleza e valorizá-la, mesmo na TPM (quando eu normalmente me sinto um monstro), não é probido ser vaidosa, o que pra mim é proibido é você se deixar levar por “regras” de beleza que não há possibilidades naturais de segui-las e simplesmente enlouquecer e querer “consertar” todo o seu corpo. Fazer exercícios é essencial, para manter uma vida saudável e não para seguir um modelo de beleza. Faça-os por prazer e não porque deve!
Fico feliz que em algumas cidades do mundo, esta história de ser tamanho GG já não seja mais sinonimo de feiura ou de algo nojento, até rola semana fashion em Nova York para modelos GG!!! E elas são lindas, bem-humoradas e fabulosas! O Rio deveria também acolher com respeito e dignidade todas as mulheres que usam manequim acima de 44!!!!!!!
p.s: Até onde eu saiba, a maioria dos homens gostam de carne pra pegar…hahahah e até hoje não ouvi nenhuma reclamação sobre as minhas!!! hahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!!

super hot modelos GG

Encontrei esse texto o mês passado no Blog pessoal da autora, hoje decidi copiar ele aqui para vocês achei muito legal a forma dela se expressar.

Mais um belo depoimento pessoal mostrando que nossa Beleza, não pode e não deve estar idealizada em padrões.