Autoestima

Quantas de nós nos arrumamos e nos produzimos e antes de sairmos pergutamos: – Ficou bom?, Que tal, estou bonita?. Fazemos estas perguntas primeiramente para o espelho e depois para o crítico de plantão mais próximo. Se concordam com a gente, ficamos satisfeitas mas não sem uma pontinha de dúvida, se não concordam voltamos ao quarto e experimentamos todo o guarda roupa e às vezes pensamos até em desistir do programa para o qual estávamos tão entusiasmadas . Um crítico mais perspicaz deveria responder: _Como vc está se sentindo? E esta, sim, seria a resposta exata ao nosso questionamento. É claro que estou falando de pessoas absolutamente comuns, com uma certa dose de autoestima mas também de insegurança.

Esta é uma introdução para falarmos de uma situação e sentimentos corriqueiros que, entretanto, merecem toda a nossa atenção: a nossa autoestima.

Quantas de nós não sofremos, na escola, a crítica cruel dos colegas como por exemplo:” quatro olhos” (para quem usava óculos), “pau de virar tripas”(caso fossemos magras),” balofa “(caso estivéssemos fora do peso), toin oin oin (cabelos crespos) “Loira azeda”(pras branquinhas) e por aí vai…. As crianças são dotadas de uma crueldade terrível e, é bom que se saiba que esta crueldade (bullyng – definição moderna) era uma forma de se defender do que imaginavam estar errado neles. A melhor defesa é o ataque e cada um se defende como pode…. Ah que vida difícil! No entanto é através destes conflitos que vamos amadurecendo e nos conhecendo melhor. Crescemos e as mesmas questões ainda povoam a nossa mente. Será que a empresa vai me contratar; será que ele vai me telefonar, e aquele gato, está olhando pra mim ???

Pois é, amadas, o que define a nossa aparência, nossa beleza e nossa segurança é nossa autoestima. Gostarmos de nós é o maior tratamento de beleza que podemos nos proporcionar. A alegria, o estar bem com nós mesmas nos dá um brilho ao olhar, uma espontaneidade, elegância e sensualidade no andar que atraem todos os olhares. Um sorriso no rosto faz milagres. Uma autoestima bacana faz de você uma expert em moda e relações interpessoais, transbordando simpatia e muito mais. É o que chamam de beleza interior. Beleza interior não é aquilo que se diz: ela é feinha mas tão simpática! ela é gorda mas tem um rosto lindo! NÃO É ISSO! Beleza interior é o estado de espírito que você transpira e, por isso os outros enxergam. Ninguém pode tirar você do lugar que você escolheu e cuidou para poder habitar. Entretanto se você espera que os outros mostrem o seu lugar, você poderá ocupar muitos lugares, mas nenhum legitimamente seu.
Como diz Caetano Veloso, “… gente nasceu pra brilhar”, e eu acrescento “… e pra ser feliz.

Lenize Freitas

Texto retirado do blog da Anna Joana aqui.