Quando uma pessoa que é oprimida pela sociedade escolhe oprimir milhares de pessoas, é uma coisa muito triste de se ver, ontem eu tive acesso a uma publicação feita por uma moça trans que é modelo e ativista, com isso tem muitas pessoas em seu perfil do Facebook. Alguns amigos (conhecidos/ admiradores) dela a alertaram sobre a gordofobia propagada e ela seguiu achando cool a sua piadinha.
Melhor do que tentar resumir e não ser clara, eu tive um trabalhão para printar tudo e esconder nomes e fotos (deixei o primeiro nome dela). Vejam abaixo o que a Ariel pensa sobre ser magra e sobre não ser.
Ninguém tem direito de ser gordofóbico, mas quando isso vem de uma pessoa que sofre tanto também com as pressões sociais e recentemente foi modelo para uma marca em uma campanha que dizia exatamente que todo corpo deveria ser respeitado, o preconceito se torna ainda mais chocante.
Ariel escolheu ser preconceituosa, no primeiro comentário que ela recebeu mostrando que ela estava dando um baita close errado, ela podia ter apagado e pedido desculpas. Mas não, ela decidiu ser ainda mais cruel e se declara mesmo gordofóbica em um dos comentários.
Mulheres trans são pessoas que enfrentam preconceitos diariamente, assim como mulheres gordas. De acordo com as declarações ao menos para a Ariel, a mulher gorda é uma sub classificação e não tem o direito nem de mandar em si mesma, isso é nó mínimo triste de ler.
Já a marca que ela estampa relatou quando questionamos, não poder interferir na posição da modelo em suas redes sociais, mas eu espero sim que a marca se posicione a respeito, nós gordas merecemos isso.
Eu não entendo por qual motivo as pessoas já esclarecidas como a Ariel, tem dificuldade em desconstruir a gordofobia e negam empatia as gordas.
Quando as gordas serão ouvidas e as pessoas vão parar de caçoar de nossas dores? A Helena falou também sobre isso aqui.
Todas nós precisamos estar juntas, uma lutando ao lado da outra, uma defendendo a outra. Não podemos acordar um dia de mal com a vida e escolher atacar as coleguinhas que são diferentes de nós, vamos nos UNIR e nos fortalecer.
Convido a Ariel e todas que pensem como ela, que repensem seus conceitos.
Nem nós gordas, nem ela trans, devemos ser motivos de piadianhas.
Somos muito mais que isso, somos resistência e luta por direitos, nessa sociedade que não nos aceita.