Aí você chega em casa e vê sua mãe assistindo Além do Peso na rede Record (eu nem sabia que existia esse programa) e vê Ticiane Pinheiro vivendo um dia de gordinha pra saber como se sente um gordo caminhando pelas ruas as dificuldades que passa uma pessoa obesa no dia a dia, pensei vou assistir e vê qual é a do programa, tudo estaria normal até ela ficar perguntando as pessoas na rua se elas gostam de comer porque ela (o ela gorda) adora comer, mas avisando para quem respondia que gostava de comer que se continuasse a comer ficaria igual a ela gorda, também perguntando no metro se as pessoas conheciam alguém mais gordo que ela, ou perguntando se as pessoas se incomodam em sentar ao lado de um gordo porque toma espaço, faz mais calor e coisas parecidas, reforçando a ideia do preconceito e fazendo um papel de gorda louca na rua, alguém ai gordo faz essas coisas na rua?
Afinal todo gordo quer saber como é que “incomoda” o próximo com seu peso não é mesmo? Como se o espaço apertado no trem e as cadeiras minusculas do ônibus fosse culpa nossa e não do capitalismo que diminui os espaços para caber mais cadeiras e lotar mais e mais o espaço visando lucrar mais a cada viagem no lugar de aumentar a frota e manter os espaços dignos para seres humanos, afinal não é só o gordo que fica imprensado ou ocupando espaço além do que possível mente deveria pessoas altas ou com massa muscular também não cabem nesses espaços…. Mas isso é papo de uma gorda pseudo inteligente que acha que entende de capitalismo e coisas do gênero a culpa é mesmo minha que sou mais gorda que poderia ser.
As aventuras da Ticiane gorda, não acabaram por ai em sua visita ao shopping, mas besteiras ditas sobre comprar roupas e não mostrar os braços sem contar entrar numa loja gritando tem roupa pro meu tamanho aqui eu visto 52, não que dizer que veste 52 seja vergonha, mas nunca vi ninguém entrar em uma loja assim aos berros nem quem veste 36 e nem quem veste 60…
a intenção era mostrar que as lojas não tem roupas em numeração grande, mas assim como a viagem do ônibus e metro virou mais uma palhaçada, fortalecendo o preconceito da própria Ticiane e do resto do mundo.
Não tive folego de continuar assistindo comecei a me irritar, devo estar com mania de perseguição normalmente é isso que as pessoas me dizem quando começo a reclamar das bobagens que são ditas relacionadas ao gordo. O importa mesmo com mania de perseguição ou não é que o programa é mais um circo montado com seus macaquinhos adestrados para satisfazer a curiosidade da massa e o prazer em ver os sofrimentos alheios, como disse não sabia da existência do programa até hoje, porem nos poucos momentos em que vi, já conheço o perfil desse tipo de showzinho, é só exibir pra todo mundo como sofre um gordo e o desejo desesperado por emagrecer bastecido de todas as historias “tristes” que eles tem de vida e como sofrem por ser gordos…. E eu morrendo de dó só que não.
Bjo da Gorda Milly Costa