Já faz uns dias o Cezar Vicente Jr nutricionista do Genta postou uma lista de lembretes para um final de ano mais feliz e menos neurótico, eu ia adaptar a lista dele totalmente para a nossa realidade de mulher gorda, mas como tenho leitoras de todos os tamanhos e muitas se sentem gordas, mesmo que não estejam eu resolvi usar a lista original e acrescentar apenas imagens para ilustrar alguns itens. As dicas são muito úteis a todas as mulheres, a palavra “Gordas” no título é para realçar a importância do texto para quem se sente insegura por estar ou se sentir Gorda.
Como sabemos com as festas de final de ano é sempre momentos de encontrar familiares, e estes quase sempre estão preparados para destruir a autoestima que conquistamos em 2013 e nos incentivar para que possamos nos cuidar (emagrecer) em 2014.
Desejo de <3 que todos leiam todos os itens e que neste final de ano ninguém se prive de feliz nas festas de família por receio de ser rejeitada, por seu corpo.
1) Você não precisa de um corpo perfeito. Não se prive de ir a encontros legais por conta do seu corpo. Muitas pessoas têm medo de ir a alguns locais por acharem que estão “feias”, “gordas”, “magras demais”, etc. Os referenciais que temos de corpo estão distorcidos! As imagens que vemos frequentemente são de corpos alterados por programas de computador! As pessoas gostam de você por muitos motivos e não porque você é “bonita”, “sarada”, “fitness”… Seu corpo é apenas uma parte de quem você é, não tenha medo do que os outros pensarão dele. Critique mentalmente essa ideia de “corpo perfeito” e troque-a por “corpo real”, ele precisa de cuidados independente da forma e peso!
2) Seu corpo não é público. Muitas vezes, só porque todo mundo consegue ver o seu corpo, acham que ele é público. Não, ele não é. Você pode olhar para o corpo de qualquer pessoa e pensar o que quiser, mas isso não dá o direito de comentar sobre ele, nem lançar olhares depreciativos, nem jogar indiretas… Infelizmente hoje todos os corpos viraram quase que um patrimônio público, todo mundo quer tomar conta. Nessa hora é importante deixar claro o seu limite para que o outro saiba que você não gosta que comentem sobre o seu corpo, afinal, ele é seu e de mais ninguém. Existem várias maneiras de demonstrar isso: falando educadamente que você não gosta daquele assunto, ficando em silêncio, fazendo uma cara feia, desviando do assunto, etc.
3) Não se desculpe pelo seu corpo. Não caia na armadilha de quando aquela tia que não te vê há um ano chegar dizendo “Nossa! Quanto tempo! Como você engordou!” aí você já corre se justificando “Nem fala! É a correria com o trabalho! Estou desesperada! Acredita que já ganhei 5kg nos últimos 6 meses?…”. Geralmente nos desculpamos quando fazemos algo errado. Não há nada de errado com o seu corpo não importa o formato ou jeito que ele é, então não precisa se justificar ou se desculpar.
4) Saia de fininho quando começarem com a sessão de fotos antes e depois (do emagrecimento, da cirurgia bariátrica, da academia…).Essas ocasiões são os lugares preferidos para alguém exibir as fotos do “antes e depois” e com isso começa o ciclo de assuntos inoportunos novamente. Você pode se juntar a outro grupo quando começar essa cena.
5) Roupas: desencane das numerações. As roupas são um dilema à parte nessa época. É importante lembrar que as numerações de roupas não são universais. Isso quer dizer que você pode usar uma calça de uma determinada marca com a numeração 40, e de outra marca usar a 42, sem necessariamente ter alterado nada no seu corpo. Não se obrigue a entrar em uma roupa que estiver se sentindo desconfortável (por conta da numeração). Use o tamanho que for mais confortável pra você, afinal o seu corpo precisa de carinho e cuidado, e as roupas são parte desse cuidado! É muito difícil se sentir bem com uma calça estrangulando sua barriga, ou uma blusa que não deixa nem você abraçar alguém direito! Se você gosta de combinações, estilo, novidades, existem muitos blogs nessa temática para pessoas de todos os tamanhos: homens, mulheres, magros, gordos, etc.
6) O tamanho do seu corpo/peso não definem sua saúde nem o modo como você come. Esse post não é para falar sobre alimentação saudável, mas é muito importante você saber que o seu peso não é um reflexo fidedigno da sua saúde nem de como você come. O peso não é apenas uma regra matemática que diz “se eu me alimento mal sou muito gordo ou muito magro”, e “se eu me alimento bem, sou sarado/em forma”. Todos conhecem pessoas que não se enquadram nisso. Por exemplo, conheço vários pacientes gordos que têm hábitos alimentares e indicadores de saúde melhores do que pacientes magros. E mesmo que o peso/corpo mostrasse fidedignamente a saúde ou alimentação isso não seria da conta de ninguém, apenas da sua.
7) Não foque nas partes que não gosta do seu corpo. Todas as pessoas têm partes do corpo que gostam mais e partes do corpo que gostam menos, isso é normal. Isso significa que não precisa transformar todas as partes do seu corpo que não gosta para amar elas. É muito mais comum colocar o foco sobre as partes corpo que não gostamos, mas você já parou pra pensar quais são as partes do seu corpo que você mais gosta?
8) Desvie de assunto quando ele for dieta. Esse assunto quase sempre começa com: “Isso tem tantas calorias”; “Isso engorda”; “Aquilo emagrece”; “Isso é light”; “Estou fazendo dieta”. Além de todas essas afirmações serem passíveis de contestação técnica e científica, geralmente só tem dois impactos para as pessoas: a) sentir mais culpa ao comer (o que é muito ruim para o comportamento alimentar); b) alimenta-se de uma maneira pior (a proibição de alimentos aumenta a vontade de comê-los, e e cortar grupos alimentares geralmente leva à falta de alguns nutrientes). Por isso, quando alguém começar falar desses assuntos, uma boa alternativa é desviar para o gosto da comida (ou textura, cheiro, temperatura, outras variações da receita). Exemplo: “Nossa quantas calorias deve ter esse pavê?” “Não tenho ideia, mas sei que ele está muito gostoso! Adoro essa receita também com biscoito champagne, ela dá um sabor totalmente diferente, além de ficar levemente mais doce.”
9) Não caia no jogo mental de comparações. É muito comum que as pessoas fiquem comparando mentalmente os seus corpos com os de outras pessoas. Geralmente, esses pensamentos são parecidos com: “Se eu tivesse uma coxa como a dela…”; “Se minha barriga fosse como a da fulana eu estaria feliz”; “Das pessoas que estavam lá, eu era a que mais tinha celulite”… Esse um dos jogos mais perigosos para se jogar, afinal “a grama do vizinho é sempre mais verde”. Ele alimenta inseguranças em relação ao seu corpo, fazendo se sentir cada vez pior, pois dessa perspectiva todos sempre terão alguma coisa melhor que você e você achará que sempre é pior que todo mundo.uilo emagrece”; “Isso é light”; “Estou fazendo dieta”. Além de todas essas afirmações serem passíveis de contestação técnica e científica, geralmente só tem dois impactos para as pessoas: a) sentir mais culpa ao comer (o que é muito ruim para o comportamento alimentar); b) alimenta-se de uma maneira pior (a proibição de alimentos aumenta a vontade de comê-los, e e cortar grupos alimentares geralmente leva à falta de alguns nutrientes). Por isso, quando alguém começar falar desses assuntos, uma boa alternativa é desviar para o gosto da comida (ou textura, cheiro, temperatura, outras variações da receita). Exemplo: “Nossa quantas calorias deve ter esse pavê?” “Não tenho ideia, mas sei que ele está muito gostoso! Adoro essa receita também com biscoito champagne, ela dá um sabor totalmente diferente, além de ficar levemente mais doce.”
10) Evite comentar sobre o peso/corpo alheio. Comentar sobre como a atriz da novela emagreceu/engordou também pode ajudar a reforçar a importância do peso/corpo na sua vida. O mesmo vale para a vizinha, parentes, pessoas que você vê na praia, etc. Fala sério, existem muitos assuntos melhores que você pode comentar com as pessoas que não vê há muito tempo como o trabalho, os filhos, viagens, filmes, receitas, hobbies, política, tempo, festas, etc.